Ação sobe 132% no ano: como esta empresa conseguiu sair da recuperação judicial e planeja pagar dividendos

CEO e COO companhia participaram de live do InfoMoney e comentaram sobre projetos atuais, preços dos materiais de construção e a subsidiária Solv

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Mais do que os números do segundo trimestre, o resultado mais recente da incorporadora Viver (VIVR3) veio junto com a aguardada notícia de que a companhia deixou a recuperação judicial após seis anos de luta. Com isso, agora é hora da empresa entrar em uma nova fase.

“Nós estamos bem animados para os próximos tempos, mas estamos sendo bem criteriosos, por outro lado. O foco hoje da companhia é muito mais direção do que velocidade. Nós queremos lançar alguns projetos nesse e no próximo ano, mas o foco é colocar a empresa operacional, começar a dar os resultados sobre os novos projetos, para, aí sim, eventualmente acelerar em uma estratégia ou outra”, afirmou Ricado Piccinini, CEO e diretor de Relações com Investidores da Viver, em live do InfoMoney.

Apesar do novo momento, o executivo destacou que a mudança estrutural dentro da empresa já vinha ocorrendo há dois anos. “Uma das coisas que nós nos preocupamos muito foi não ficar fazendo muita propaganda de mudança sem trazer resultado antes. Eu não gosto de mudança do dia para a noite, eu gosto de mudança construída”, explicou.

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A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

Durante a live, Arthur Marin, diretor vice-presidente de operações da companhia explicou ainda que o processo de recuperação judicial serve como uma proteção da empresa, para que ela consiga se reestruturar e voltar a operar melhor e que apesar de ainda ser um momento da Viver em se reerguer, eles entenderam que ela já estava madura o suficiente para sair do processo, o que foi entendido da mesma forma pela Justiça.

Sobre as ações, os espectadores questionaram muito sobre a recente queda de preço, e Piccinini lembrou que desde o começo do ano houve um forte aumento no volume negociado dos papéis da Viver, levando a uma forte alta. Em 2021, os ativos VIVR3 sobem 132%.

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Porém, o executivo destacou que parte desse capital recebido no mercado é muito especulativo, o que gera a volatilidade. “Por outro lado, alguns investidores entram na companhia já olhando para o futuro, acreditando nela e em tudo que estamos fazendo. Nós sabemos que é do jogo ter o capital especulativo, mas queremos mesmo é atrair o investidor de longo prazo”, afirma.

Além disso, o CEO da companhia reforçou que o foco é pagar dividendos, mas alertou que ainda deve demorar mais um pouco de tempo. Isso porque a Viver acabou de passar por um longo processo de mudança e precisa voltar a crescer, sendo que no segmento de incorporação, os ciclos não são tão curtos, entre 30 e 36 meses.

“Temos que ter o primeiro ciclo para avaliar os dividendos, mas o foco é voltar a pagar dividendos o quanto antes possível”, conclui.

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Os executivos ainda comentaram o impacto da alta do material de construção e da Selic no negócio da companhia, a venda de ações por parte de seus acionistas majoritários, a estratégia da Solv, braço da Viver focado em terminar obras inacabadas, entre outros temas. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.