89% dos freios automáticos em carros não funcionam com crianças, mostra estudo

Estudo mostra que o detector de pedestres ainda não funciona com eficiência

Giovanna Sutto

Carro autônomo tentando parar quando uma criança atravessa a rua

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SÃO PAULO – Recursos de segurança de alta tecnologia são praticamente itens de fábricas na produção de novos carros. No entanto, um estudo recente da Associação Automobilística Americana (AAA) mostra que detectores de pedestres ainda não funcionam como deveriam – principalmente quando se trata de crianças.

Nos testes, feitos com manequins, a frenagem automática impediu uma colisão com um adulto em 40% das vezes testadas. Para as crianças, uma colisão foi evitada em apenas 11% das vezes a 32 km/h. Ou seja, o acidente teria acontecido em 89% das ocasiões.

A AAA usou quatro carros, todos fabricados em 2019: um Chevrolet Malibu, um Honda Accord, um Tesla Model 3 e um Toyota Camry. Todos os carros possuem a tecnologia específica de frenagem automática de seus fabricantes.

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Os sedãs foram conduzidos em ruas fechadas em uma estrada na Califórnia, onde os pesquisadores dirigiam os carros e bonecos do tamanho de pedestres se moviam pela rua como pessoas de verdade.

O pedal de freio não foi acionado mesmo depois que o carro entrou em contato com o manequim do tamanho de uma criança na maioria das vezes. Os pesquisadores monitoraram as luzes de aviso e qualquer redução de velocidade provocada pela frenagem automática.

Os sistemas tiveram um desempenho ainda pior durante a noite, quando há menos luz. Os pesquisadores observaram, no entanto, que a maioria dos fabricantes de veículos alertam que os sistemas podem não funcionar tão bem durante esse período.

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Adultos estão mais protegidos

Quando testado em manequins de tamanho adulto, o relatório diz que “todos os veículos forneceram uma notificação visual de colisão iminente durante todas as execuções de testes realizados a 30 km/h” e evitaram a colisão 40% das vezes, reduzindo a velocidade de impacto em cerca de 9 km/h.

O resultado foi positivo em linha reta, mas, ao dobrar uma esquina, “nenhum dos veículos diminuiu a velocidade do impacto durante as cinco execuções feitas”, segundo dados da associação.

É verdade que mesmo no caso dos adultos, a sistema de segurança ainda deixa a desejar e mostra que ainda há um longo caminho para implementar de forma 100% eficiente esse tipo de tecnologia e prova que os carros autônomos são realidade ainda mais distante para o público em geral – pelo menos por enquanto.

A AAA concluiu que “nunca se deve confiar nos sistemas de detecção de pedestres para evitar colisões”. A instituição alerta os motoristas: “esses sistemas servem como um backup, e não como um meio primário para evitar acidentes”.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.