75% acham que preços dos imóveis estão “altos” ou “muito altos”, aponta pesquisa

Percentual de quem vê preços atuais como "razoáveis" caiu de 19% no fim de 2021 para 15% no fim de 2022; para 3% preços estão "baixos" ou "muito baixos"

Equipe InfoMoney

São Paulo mostrou a desaceleração mais forte na leitura do IPC-S (Paulo Fridman/Corbis via Getty Images)

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Três em cada quatro pessoas (75%) têm a percepção de que os preços dos imóveis estavam “altos” ou “muito altos” no quarto trimestre de 2022, aponta pesquisa FipeZAP divulgada nesta quinta-feira (9). É o maior patamar para o período desde 2015.

O percentual de pessoas que responderam ao levantamento e enxergavam os preços atuais como “razoáveis” caiu de 19% no quarto trimestre de 2021 para 15% no último trimestre — o menor patamar da série histórica, iniciada em 2015.

Já a percepção de que os preços se encontram em níveis “baixos” ou “muito baixos” oscilou de 4% para 3% na mesma base de comparação. Outros 7% não souberam opinar (eram 5% no fim de 2021).

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A pesquisa é feita trimestralmente com usuários ativos dos sites ZAP+ e Viva Real, com o objetivo acompanhar 3 grupos:

  1. Quem comprou imóvel nos últimos 12 meses (compradores);
  2. Quem pretende comprar um imóvel nos próximos 3 meses (compradores em potencial);
  3. Quem é dono de imóveis adquiridos há mais de 12 meses (proprietários).

Nesta edição, foram coletadas as respostas de 801 pessoas, entre os dias 10 e 31 de janeiro de 2023.

Em relação à expectativa de preços para os próximos 12 meses, caiu o percentual de pessoas que projetam alta nominal no valor dos imóveis (sem considerar a inflação), de 41% no quartro trimestre de 2021 para 33% no mesmo período de 2022.

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A participação de quem acredita na manutenção dos preços atuais oscilou negativamente de 27% para 26%, e os que apostam na queda dos preços subiu marginalmente de 12% para 14%).

Os mais otimistas são os compradores que adquiriram imóveis recentemente (eles acreditam que os preços vão subir 5,7% nos próximos 12 meses), enquanto os proprietários acreditam em uma valorização de 2,5% e os compradores potenciais, em uma leve querda de 0,4%). Na média, a expectativa é que os os preços subam 1,0% nominalmente.

A participação dos compradores na pesquisa foi de 9%. A grande maioria deste grupo (73%) disse ter preferência por imóveis usados, e 61% disseram que o imóvel foi adquirido para moradia (contra 39% dos que compraram para investir).

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Entre aqueles que compraram imóvel nos últimos 12 meses, 73% compraram um usado e apenas 27%, um novo (a média histórica da pesquisa é de 60% a 40%). Além disso, 63% conseguiram um desconto, e o desconto médio foi de 9%.

Já a proporção das pessoas que declararam intenção de adquirir imóveis nos próximos 3 meses oscilou marginalmente para 44%. A maior parte diz ser indiferente se o imóvel é novo ou usado (52%), enquanto 39% preferem usados e só 9%, um imóvel novo.

A pesquisa “Raio-X FipeZAP+: perfil da demanda de imóveis” é desenvolvida em conjunto pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo ZAP+ desde 2014, para investigar tópicos do mercado imobiliário, com foco em compradores e investidores de imóveis residenciais.

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Desde o início da pesquisa, em 2014, foram coletadas 113,4 mil respostas – uma média de 3,2 mil participantes por trimestre (cerca de 13 mil por ano).