Três passos para alcançar a saúde financeira, segundo o professor Lauro Araújo

Enfrentar o medo e encarar os próprios gastos é o primeiro passo para uma vida financeiramente mais equilibrada

Laís Martins

View this post on Instagram

A post shared by InfoMoney (@infomoney)

Publicidade

SÃO PAULO – “A gente fala muito sobre saúde espiritual, mental e física, mas vemos pouquíssimas coisas sobre saúde financeira. Ela envolve a tomada de decisões no presente para ter conforto no futuro.” É assim que o professor Lauro Araújo, economista e especialista financeiro, alerta sobre a importância da organização financeira no cotidiano.

Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em fevereiro de 2021, o percentual de famílias com dívidas atingiu 66,7%.

Para as famílias com renda de até dez salários mínimos, o percentual das que se encontram endividadas ficou em 67,9%. Já para as famílias com renda acima dessa quantia, a proporção do endividamento atingiu 60,7%.

Exclusivo para novos clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Em live no Instagram no InfoMoney conduzida pela especialista em finanças Ana Laura Magalhães (a Explica Ana), Araújo apresentou três passos para os brasileiros contornarem esse cenário e alcançarem a saúde financeira:

1°) Descubra quais são seus principais gastos

Como primeira estratégia para alcançar a saúde financeira, Araújo alerta para a organização das despesas. Durante a conversa com Magalhães, o professor explicou que o grande medo das pessoas é encontrar um problema desagradável na hora de encarar o orçamento.

“De onde vem [o dinheiro], a pessoa sabe, principalmente se é assalariada. Por outro lado, psicologicamente, as pessoas têm uma resistência em fazer esse reconhecimento de finanças pessoais. A pessoa não quer encarar o problema para não ter que lidar com ele”, opina.

Continua depois da publicidade

Para organizar os gastos, Araújo desenvolveu para o InfoMoney uma planilha de controle financeiro. Com ela é possível separar os gastos fixos e essenciais, que garantem o mínimo de qualidade de vida, daqueles que são variáveis e não necessários.

“Com uma planilha de gastos você vai saber exatamente quanto precisa para manter o seu padrão de vida aceitável. É necessário fazer ajustes e não esbanjar para organizar sua vida financeira”, aconselha.

2°) Reduza despesas para

Além disso, de acordo com Araújo, o segundo passo rumo à saúde financeira é reduzir gastos não essenciais. Como exemplo, o professor cita pessoas que possuem o hábito de ler livros ou pais que precisam comprar materiais para o novo ano escolar dos filhos.

Continua depois da publicidade

“Que tal comprar livros já usados? Ou reutilizar o material do ano passado? É uma forma de reduzir e melhorar a forma como você gasta o seu dinheiro. Ajustes e esforços precisam ser feitos”, pontua o professor.

3°) Encontre meios viáveis de aumentar a renda

O desemprego no Brasil atingiu o patamar de 13,9% no quarto trimestre de 2020. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Por conta do número alto, Araújo também alerta para a importância de as pessoas começaram a achar fontes alternativas de renda para complementar a renda mensal. “Em época de pandemia, isso é mais difícil, mas tem gente que consegue fazer doces, ovos de páscoa, vender coisas em bom estado que não usa mais”, explica.

Publicidade

Por fim, o professor aconselha usar a internet para difundir o produto, impulsionar as vendas e, consequentemente, aumentar a receita.

Laís Martins

Analista de Conteúdo no InfoMoney. Formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e com passagens pela Globo e UOL. Cria conteúdos sobre investimentos, finanças, economia, mercados e tecnologia