Youtuber Logan Paul é alvo de ação por promover projeto NFT

Ação alega que influenciador encorajou seguidores a comprarem NFTs de jogo que nunca chegou a ser lançado

CoinDesk

Logan Paul participa do The Future of Everything, do Wall Street Journal, em Nova York (Steven Ferdman/Getty Images)

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O lutador, youtuber e influenciador digital Logan Paul é alvo de uma ação coletiva movida nos Estados Unidos por ter promovido tokens não-fungíveis (NFTs) de um jogo chamado CryptoZoo que nunca saiu do papel.

“[Os] réus promoveram os produtos da CryptoZoo usando as plataformas online do Sr. Paul para consumidores não familiarizados com produtos de moeda digital, levando dezenas de milhares de pessoas a comprar esses produtos”, diz o documento.

“Sem o conhecimento dos clientes, o jogo não funcionou ou nunca existiu, e os réus manipularam o mercado de moeda digital de Zoo Tokens a seu favor”, acusam os investidores.

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O processo vem depois de uma série de acusações do jornalista norte-americano conhecido como “CoffeeZilla”, que descreveu em vários vídeos no YouTube por que ele acredita que o projeto é fraudulento.

O advogado do autor alega que Paul e seus associados executaram um “rug pull”, um termo do mundo cripto em que um desenvolvedor de criptomoedas atrai compradores de token ou NFT prometendo certos benefícios, mas o projeto nunca se materializa ou os desenvolvedores abandonam o projeto logo após o lançamento e fogem com os recursos dos investidores.

“Como parte do esquema NFT dos réus, os réus comercializaram NFTs CryptoZoo para compradores, alegando falsamente que, em troca da transferência de criptomoedas para comprar os CryptoZooNFTs, os compradores receberiam posteriormente benefícios, incluindo, entre outras coisas, recompensas, acesso exclusivo a outros ativos de criptomoedas, e o suporte de um ecossistema online para usar e comercializar NFTs CryptoZoo”.

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Em vez disso, alega o processo, os réus transferiram milhões de dólares em criptomoedas para carteiras controladas pelos réus. Os autores alegam que Paul e seus associados aplicaram fraude porque sabiam que o jogo não funcionava e tinham a obrigação de divulgar suas “falhas materiais” aos compradores.

“O mal feito ao autor pelos réus foi acompanhado por conduta fraudulenta, maliciosa, intencional, voluntária, arbitrária ou imprudente que evidenciou um desrespeito consciente pelos direitos do autor. Portanto, o autor busca danos punitivos em um valor a ser comprovado no julgamento”, diz o documento.

A ação coletiva proposta inclui qualquer um dos 20.000 detentores de tokens de NFTs do CryptoZoo.

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