XP revisa projeção de dólar para o fim de 2023 de R$ 5,30 para R$ 5

Os economistas da casa apontam que as condições econômicas globais trouxeram um viés de apreciação ao real.

Equipe InfoMoney

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A XP revisou para baixo as suas projeções para o dólar para 2023 e 2024, conforme relatório da equipe de macroeconomia da casa. Os economistas Rodolfo Margato e Alexandre Maluf, que assinam o relatório, reduziram a sua projeção para o dólar de R$ 5,30 para R$ 5 ao final de 2023 e de R$ 5,40 para R$ 5,15 ao final de 2024.

Os economistas apontam que as condições econômicas globais trouxeram um viés de apreciação ao real. “O dólar americano  deve continuar se enfraquecendo, em nossa visão, como reflexo do provável fim do aperto monetário do Federal Reserve e uma recessão iminente nos Estados Unidos”, apontam.

Além disso, espera-se que os preços das commodities se estabilizem, após a correção baixista observada nas últimas semanas (principalmente para produtos agrícolas). Nesse sentido, o balanço de pagamentos do Brasil deverá permanecer robusto, com exportações crescente e entrada líquida significativa de Investimento Direto no País (IDP).

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Por outro lado, no âmbito interno, persistem as incertezas sobre a condução da política econômica, embora o chamado “novo arcabouço fiscal”, aprovado nesta semana pela Câmara dos Deputados e que seguirá para o Senado, permita alguma redução nos prêmios de risco, o que levou assim a uma visão de dólar mais enfraquecido.

Com o câmbio mais forte e preços de commodities mais baixos (petróleo, alimentos), Margato e Maluf ainda reduziram a projeção de inflação medida pelo IPCA em 2023 de 6,2% para 5,4% para 2023.

“Reduzimos as estimativas para os preços de alimentação no domicílio (de 3,5% para 2,2%), bens industrializados (2,9% para 2,6%) e serviços (de 6,4% para 6,0%)”, apontam.

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As revisões para baixo do IPCA também se estenderam para 2024, de 5,0% para 4,7%, reflexo da menor inércia inflacionária de 2023 e do câmbio mais forte. “Vemos chances crescentes de que o Conselho Monetário Nacional (CMN) – em sua reunião de junho – opte pelo alongamento do horizonte de convergência da inflação, não alterando a meta em si (3,0%). Na prática, tal decisão permitiria uma inflação mais elevada ao final de 2024”, avaliam.