XP não espera deterioração estrutural do atacarejo apesar de temores dos investidores

XP ressalta preferência por Grupo Mateus e visão positiva para Assaí

Felipe Moreira

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Em relatório, a XP destacou as 4 principais preocupações recentes dos investidores com o varejo/atacarejo de alimentos: i) dinâmica pressionada das vendas mesmas lojas; ii) alternativas de pagamento mais agressivas; iii) alavancagem versus taxas de juros mais altas por mais tempo; e iv) revisão de lucros para baixo à frente.

Apesar da preocupações do investidores com as tendências estruturais do formato do atacarejo, a equipe da XP não espera uma deterioração estrutural do formato, uma vez que os pares do Atacadão, controlada do Carrefour (CRFB3) não estão seguindo sua estratégia, possivelmente devido a um retorno sobre capital investido (ROIC) pouco atrativo de aproximadamente 9%.

Por outro lado, analistas esperam que as tendências de vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) sejam ligeiramente melhores no segundo semestre de 2024, com base de comparações mais fáceis e inflação de alimentos marginalmente mais alta.

Ainda assim, a XP espera uma recuperação mais lenta do volume, enquanto o aumento das taxas de juros deve levar a outra revisão dos lucros para baixo para Assaí (ASAI3) e Carrefour (CRFB3). No entanto, Grupo Mateus (GMAT3) se destaca de seus pares, com nosso número ligeiramente acima do consenso.

Nesse sentido, analistas comentam que um dos ventos favoráveis esperados pelos varejistas alimentares para 2024 e 2025 era o alívio do ônus da taxa de juros dado seu declínio. Como agora a perspectiva é de um ciclo de alta à frente, a desalavancagem deve ser mais lenta, enquanto os varejistas podem precisar usar outras estratégias para ajudar a lidar com o nível de alavancagem atual.

Entre os nomes listados, a instituição disse que o Grupo Mateus é sua escolha preferida, com base em uma dinâmica sólido de resultados à frente, aliado a um valuation atrativo, enquanto continua construtiva com Assaí, devido ao seu sólido histórico de execução e à narrativa de desalavancagem.

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Já com relação ao Carrefour, a XP disse continuar cautelosa devido à recente estratégia de parcelamento de 3 vezes da empresa e às perspectivas do formato hiper.