XP eleva RD para compra e destaca momento positivo e tendências estruturais claras

XP vê potencial de valorização de 35% das ações da companhia

Felipe Moreira

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A XP Investimentos elevou a recomendação para ações da RD (RADL3) de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 31, o que representa um potencial de valorização de 35,5% frente a cotação de fechamento da última sexta-feira de R$ 22,88. Segundo analistas, a rede de farmácias é nome de alta qualidade, defensivo e líquido, com sólido momento de resultados e tendências estruturais claras.

Eles destacam o GLP-1 – medicamentos que ajudam a reduzir os níveis de açúcar no sangue e promovem a perda de peso – como um evento transformacional que deve sustentar fortes tendências de crescimento por pelo menos dois anos. O tema ganhou protagonismo na tese de RD após contribuir de forma relevante para o desempenho projetado em 2025.

Os analistas afirmam ainda que a companhia está realizando ajustes estratégicos em HPC (higiene pessoal e cosméticos) para melhorar sua proposta de valor com mais competitividade e melhor sortimento. Na avaliação da XP, há espaço para os medicamentos prescritos (RX) continuarem crescendo conforme a oferta melhora, enquanto o lançamento de genéricos deve sustentar uma nova onda de expansão a partir de 2027.

Não perca a oportunidade!

HPC

O forte foco de marketplaces digitais na categoria de HPC, dado seu perfil de alta recorrência, levantou preocupações sobre o ambiente competitivo e levou a RD a repensar a estratégia do segmento. A empresa agora atua em três frentes: competitividade — ampliando-a e aproveitando o relacionamento próximo com a indústria; sortimento — com a inclusão de mais marcas e categorias; e proposta de valor — fortalecendo a marca própria e explorando um novo formato de loja.

Forte momento

Para a XP, há espaço para revisões positivas de lucro, com estimativas de lucro líquido para 2025 e 2026 cerca de 5% acima do consenso e potencial ainda maior a partir de 2027, com os genéricos como fator adicional de alta. A corretora acredita ainda na possibilidade de reprecificação em direção aos níveis históricos — múltiplos preço/lucro na casa de 30 vezes —, uma vez que espera receita sustentada em níveis saudáveis e taxa de crescimento anual composta (CAGR) do lucro por ação em três anos de 26%.