Wells Fargo vê o mundo dividido em 3 blocos comerciais: China, União Europeia e EUA

O Brasil, segundo o banco, estaria alinhado ao bloco dos Estados Unidos

The New York Times

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A era de poucas barreiras comerciais e maior interdependência econômica entre países está chegando ao fim – e a agressiva guerra comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está alimentando ainda mais essa tendência.

Economistas do Wells Fargo esboçaram um cenário em que o mundo estaria dividido em três blocos comerciais liderados pelos EUA, China e União Europeia.

O fato é que a globalização começou a recuar antes mesmo de o presidente Donald Trump chocasse o mundo com sua agressiva guerra comercial no início deste ano.

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Embora Trump tenha recuado em suas taxas mais altas, as tarifas, de alguma forma, não parecem que vão desaparecer tão cedo. Na quinta-feira (3), aliás, ele sugeriu que os EUA imporão unilateralmente tarifas de até 70% nos próximos dias.

Divisão

O bloco americano inclui a maior parte do Hemisfério Ocidental, incluindo o Brasil, além de aliados tradicionais na Ásia e no Oriente Médio. O bloco chinês inclui a Rússia, grande parte do Leste Asiático e da Ásia Central, as principais economias da África, bem como alguns países da América Latina (como a Bolívia e Venezuela) e do Oriente Médio. O bloco da União Europeia é o menor grupo, abrangendo a União Europeia, o Reino Unido, a Islândia, a Noruega, a Suíça, a Turquia e a Ucrânia.

“A desglobalização tem suas raízes na competição geopolítica e econômica entre os Estados Unidos e a China”, disse o Wells Fargo. “Eventos recentes levantam a possibilidade de uma maior clivagem na ordem econômica global. Especificamente, a possibilidade de a União Europeia seguir sua própria direção geopolítica e econômica não é mais inimaginável.”

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O Wells Fargo presume que as contestações legais às tarifas de Trump fracassarão, com a alíquota efetiva se fixando em torno de 14%. Embora esteja bem abaixo de algumas das alíquotas mais altas divulgadas por Trump no “Dia da Libertação” (2 de abril), ainda representa um aumento acentuado em relação à alíquota efetiva de 2,3% no final de 2024.