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A XP Investimentos rebaixou a recomendação para ações da WEG (WEGE3) de compra para neutro, reduzindo o preço-alvo para R$ 46.
Segundo a corretora destacou em relatório, embora a empresa tenha histórico de superar expectativas e seja considerada uma das mais bem geridas do Brasil, a combinação de crescimento mais fraco da receita, cenário macroeconômico desafiador e capacidade produtiva limitada deve restringir a expansão dos lucros no curto prazo.
A XP projeta um lucro líquido de R$ 7,4 bilhões para 2026, 11% abaixo do consenso, o que implica um múltiplo Preço/Lucro de cerca de 24 vezes — próximo aos níveis considerados justos — e limita o potencial de valorização do papel, estimado em 9%.
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A corretora também observa que produtos mais cíclicos da WEG enfrentam um ambiente menos favorável, com queda nas commodities e menor apetite de investimento industrial.
Apesar de perspectivas positivas no segmento de transmissão e distribuição (T&D) e do perfil resiliente da companhia, a XP avalia que, em um cenário de corte de juros e câmbio mais baixo, ações mais voltadas ao mercado interno devem se beneficiar mais, enquanto WEGE3 tende a ter desempenho inferior. Ainda assim, a corretora mantém visão construtiva de longo prazo sobre a ação, destacando seu papel como hedge contra riscos domésticos.
Entre os fatores que poderiam contrariar essa visão, a XP destaca o histórico consistente da WEG em superar projeções, além de possíveis catalisadores de crescimento ligados a megatendências, expansão do mercado endereçável e forte disciplina na alocação de capital.
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Demanda por data centers
O JPMorgan realizou um webinar com um sócio sênior da McKinsey para discutir o crescimento dos data centers e avaliar se a geração de energia pode se tornar o principal gargalo para o setor. Entre os principais destaques da conversa, o banco ressaltou que a demanda por infraestrutura, desconsiderando os equipamentos de TI, representa um terço dos investimentos necessários para suportar o avanço da inteligência artificial. Além disso, apontou que, devido ao rápido ciclo de evolução das novas tecnologias, o aumento da demanda por energia não deve ocorrer de forma linear.
Para o JPMorgan, a WEG está bem posicionada nesse cenário, considerando sua exposição direta ao segmento de data centers nos Estados Unidos por meio de geradores e, de forma indireta, pela demanda por energia e infraestrutura. A instituição reforçou sua visão positiva para a companhia, destacando também as impressões obtidas na recente European Capital Goods Conference.
Segundo o banco, a expectativa é que os projetos de data centers dobrem ou tripliquem nos próximos cinco anos, exigindo investimentos de até US$ 7 trilhões ao se considerar toda a cadeia de valor — do setor imobiliário ao treinamento de IA. A divisão desses investimentos seria da seguinte forma: US$ 2 a 2,5 trilhões em infraestrutura de data centers, US$ 3 a 4 trilhões em equipamentos de TI (como CPUs, GPUs e servidores) e entre US$ 300 e 500 bilhões em geração de energia.

