WEG (WEGE3) pode se beneficiar com altos preços de energia na Europa, apontam analistas

Necessidade de eficiência energética deve se traduzir em aumento da demanda por motores e acionamentos de baixa tensão

Felipe Moreira

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A guerra na Ucrânia e a aproximação do inverno levaram os preços da energia a níveis recordes na Europa, o que pode acelerar a necessidade de eficiência energética, traduzindo-se em uma possível alta da demanda por motores e acionamentos de baixa tensão (motores industriais representam cerca de 25% do consumo de energia na União Europeia).

A equipe de research do Itaú BBA acredita que isso possa sustentar um impulso positivo para a WEG (WEGE3) na região (aproximadamente 10% da taxa de crescimento anual de 5 anos em dólar; 15% da receita total), permitindo assim que a empresa ganhe participação em um grande mercado.

A necessidade de eficiência energética, juntamente com uma tendência de eletrificação já forte, tem se traduzido em um fluxo recorde de pedidos para a maioria dos fabricantes situados na Europa. A Siemens e a ABB, por exemplo, registraram altos níveis históricos de consumo e também preveem um segundo semestre de 2022 e próximo ano positivo com margens melhores.

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Nesse sentindo, segundo analistas do BBA, a WEG está bem posicionada para atender a crescente demanda. A WEG tem forte presença na Europa, com 7 plantas, principalmente focadas em EEIE (motores de baixa, média e alta tensão). As receitas vêm crescendo a uma taxa anual de 10% nos últimos 5 anos em dólar, atingindo US$ 700 milhões nos últimos 12 meses (15% da receita total da WEG).

Analistas ainda enxergam espaço para crescimento, pois o tamanho do mercado é enorme e a participação da WEG é baixa: i) baixa tensão é um mercado de US$ 3,5 bilhões (WEG tem 8% de participação); e ii) drives é um mercado de US$ 4,0 bilhões (WEG tem 1% de participação).

Tendências ESG da WEG

“O tema ESG está naturalmente no centro da tese de investimento da WEG devido à sua exposição a temas como eletrificação (incluindo VEs), Indústria 4.0, geração de energia renovável e saneamento”, escreveram analistas do Credit Suisse. O banco acredita que a WEG e seus produtos terão um papel fundamental para ajudar indústrias e governos a atingir a ambição do Acordo de Paris de 2015 de chegar a zero líquido até 2050.

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Na terça-feira (30), a WEG aprovou programa de Carbono Neutro que define as metas globais de descarbonização (redução das emissões de GEE – Gases de Efeito Estufa), que incluem reduzir 52% das emissões de GEE até 2030; e atingir emissões líquidas neutras até 2050.

A WEG se une aos seus pares globais na definição de metas de descarbonização. A ABB e a Siemens, por exemplo, se comprometeram a tornar as operações neutras em carbono até 2030 nos escopos 1 e 2. Em 2021, as emissões dos escopos 1 e 2 da WEG totalizaram 151kton de CO2eq, abaixo dos 405kton de CO2eq da ABB e 595kton de CO2eq da Siemens.

Tanto Itaú BBA quanto Credit Suisse possuem visão positiva para a companhia tendo vista a forte tendência de eletrificação. Sendo assim, BBA mantém classificação outperform (desempenho acima da média do mercado, ou equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 36, o que representa potencial de alta de 26,8% frente a cotação de fechamento de terça-feira (30) de R$ 28,39. Credit Suisse também mantém recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 43,00, o que significa potencial de valorização de 51,5%.

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