Vulcabras (VULC3) vê risco de desabastecimento de importados no 2º semestre por China

Risco de desabastecimento, entretanto, não deverá impactar a cadeia de insumos, já que 90% deles são nacionais, diz empresa

Equipe InfoMoney

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O presidente da Vulcabras (VULC3), Pedro Bartelle, disse nesta quarta-feira (4) que é possível faltar produtos do exterior por conta do lockdown chinês. Segundo ele, para o 2º trimestre, não há expectativa de problemas, pois os pedidos foram feitos com antecedência.

“Pelo nosso mapeamento, pode faltar produtos no 2º semestre. Nesse (trimestre) agora estamos vindo alinhados com o que planejamos”, disse, durante teleconferência com analistas para comentar o balanço do primeiro trimestre da Vulcabras, que apontou alta de 269% no lucro, para R$ 53,9 milhões.

Segundo ele, possível desabastecimento, entretanto, não deverá impactar a cadeia de insumos, já que 90% deles são nacionais. “Temos uma quantidade de fornecedores no Brasil suficientes para evitar desabastecimento (de insumo)”, acrescentou.

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Aumento de custos e repasses

Em relação aos custos, Bartelle destacou que se elevaram, mas a maior parte aconteceu ao longo de 2021. “Repassamos (os custos aos produtos) aos preços o que conseguimos, adaptando nossas coleções, e diluindo custos”, disse.

Conforme ele, por conta da antecipação das compras, os custos estão controlados. “Ganhamos margem no primeito trimestre com a adaptação dos produtos, mas também porque existe uma demanda reprimida, que conseguimos transformar em ganhos de mercado”, acrescentou.

Vulcabras vê ritmo forte em abril

Sobre o desenvolvimento do segundo trimestre, a Vulcabras (VULC3) diz que abril mantém bom ritmo do 1º trimestre, com carteiras de pedido “cheias”

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Segundo o presidente da companhia, Pedro Bartelle, após os problemas do início do ano, por conta da nova onda da Covid, há tendência de manutenção de ganhos de rentabilidade.

“Até abril estamos com as carteiras cheias e o ritmo do primeiro trimestre segue no segundo trimestre”, disse, durante teleconferência com analistas.

Conforme o CFO da companhia, Wagner Dantas, os problemas com a Ômicron trouxeram desorganização da produção nas fábricas.

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Análise dos resultados

O Bradesco BBI manteve a recomendação neutra para as ações da Vulcabras, apesar de avaliar que resultados superaram expectativas

A equipe de análise do Bradesco BBI observa que o crescimento de margens e receitas teve impulso, principalmente, do mercado internacional, em vez do doméstico.

Ainda assim, as receitas no Brasil cresceram aproximadamente 50% em relação a 2019 o que, na visão dos analistas, mostra que a Vulcabras está saindo da pandemia mais forte do que quando as restrições começaram.

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A análise destaca também que as as margens estão nos níveis mais altos em muitos anos, o que mostrar uma boa gestão de volumes maiores e uma execução forte, de maneira geral.

“O fato de a Mizuno estar operando com velocidade total vai dar suporte às margens nos próximos trimestres”, escreveram os analistas.

O preço-alvo do BBI para Vulcabras é R$ 12. No pregão desta quarta-feira (4), as ações da empresa registravam alta na reta final do pregão, às 16h25, de R$ 10,09.

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