Volume dos IPOs em 2013 deve ser ao menos cinco vezes maior que em 2012

Acumulado de ofertas no mundo movimentou US$ 112 bilhões em 2012, o pior valor desde a crise financeira de 2008

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após um ano fraco em relação aos IPOs (oferta inicial de ações, em inglês), a projeção dos analistas é que 2013 seja bem melhor para a bolsa. Entre as companhias que devem abrir seu capital no próximo ano na BM&FBovespa estão a BB Seguridade, Atacadão, Votorantim Cimentos, Telefónica Latinoamérica e GVT, caso essa última não seja vendida.

Neste ano que está terminando, o total movimentado pelas ofertas iniciais de ações somou apenas R$ 4,3 bilhões, o pior resultado desde 2005. Porém, caso os IPOs citados acima ocorram, o valor movimentado pode chegar a R$ 20 bilhões segundo estimativas do jornal Valor Econômico.

Ao contrário deste ano, que ficou marcado por incertezas tanto no Brasil quanto no mundo e por forte volatilidade na bolsa, 2013 deve começar com uma economia mais tranquila no Brasil e volatilidade reduzida, com isso, a expectativa é que investidores se arrisquem mais em novas oportunidades.

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Com esse cenário mais conturbado, em 2012 apenas três ofertas iniciais de ações ocorreram: BTG Pactual (BBTG11), Locamérica (LCAM3) e Unicasa (UCAS3). Além disso, algumas empresas que planejavam a emissão de ações tiveram que esperar, caso da Vix, da PagueMenos e da AutoBrasil.

Ano fraco não só no Brasil
Não foi apenas no Brasil que as ofertas iniciais de ações movimentaram valor reduzido. De acordo com o portal norte-americano Bloomberg o giro financeiro em todo mundo em IPOs foi de US$ 112 bilhões, o pior valor desde a crise financeira de 2008. Além dos problemas enfrentados na zona do euro e nos EUA principalmente, a oferta do Facebook, em maio, desapontou bastante os investidores norte-americanos.

As vendas na Europa caíram a níveis abaixo de um terço do nível do ano passado, enquanto as preocupações com a economia da China ajudaram a evitar um processo maior de cortes de gastos. Nos EUA, o valor dos IPOs ficaram próximos de US$ 41 bilhões, sem muita alteração em relação à 2011.

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Mesmo com os temores do abismo fiscal marcando este final de ano, 2013, assim como no Brasil, deve mostrar uma recuperação em ofertas iniciais de ações pelo mundo. De acordo com a Bloomberg, a carteira de IPOs deve ser a melhor desde 2007.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.