Volátil por conta da eleição nos EUA, Ibovespa mostra forte volatilidade

Índice opera próximo da estabilidade, após chegar a subir 0,58% no começo do dia; disputa presidencial entre Obama e Romney está acirrada

Mariana Mandrote

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SÃO PAULO – Poucas horas antes da eleição presidencial dos EUA, nesta terça-feira (5), a bolsa brasileira mostra forte volatilidade no pregão. Após chegar a subir 0,58%, na sua máxima do dia, o benchmark da bolsa brasileira perdeu forças e passa a operar bem próximo da estabilidade – às 10h48 (horário de Brasília), o índice mostrava leve alta de 0,10%, aos 58.265 pontos.

Na ponta positiva, aparecem as ações da Usiminas (USIM3, R$ 11,12, +1,65%; USIM5, R$ 10,43, +1,56%) e das companhias de telecomunicações TIM Participações (TIMP3, R$ 7,70, +1,58%) e Telefônica Brasil (VIVT4, R$ 45,49, +1,56%). Já no outro extremo, os papéis da Eletrobras (ELET3, R$ 10,85, -1,72%; ELET6, R$ 15,18, -1,56%) voltam a aparecer entre as maiores perdas do Ibovespa.

O principal índice da bolsa paulista fechou o pregão de segunda-feira em leve baixa de 0,30%, atingindo 58.209 pontos e registrando uma alta acumulada no ano de 2,56%. O volume financeiro foi de R$ 5,40 bilhões.

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Obama x Romney
A corrida para a Casa Branca está acirrada: pesquisas mostram um empate entre o presidente Barack Obama e o republicano Mitt Romney na votação desta terça. Por conta disso, muitos investidores atuam em compasso de espera de mais clareza sobre o cenário político norte-americano antes de montar grandes posições.

Há também outros eventos relevantes ao longo desta semana, como a reunião de política monetária do BCE (Banco Central Europeu) e a transição de poder na China, que contribuem para “segurar” os negócios em bolsa.

Safra de resultados
No ambiente doméstico, a temporada de balanços corporativos ganha força, com números de empresas como Anhanguera (AEDU3) e Telefônica Brasil (VIVT4) já divulgados, assim como BMFBovespa (BVMF3), BTG Pactual (BBTG11) e Eletropaulo (ELPL4) anunciarão após o pregão, entre outras.

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Do lado econômico, o ICST (Índice de Confiança da Construção), publicado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), mostrou recuo de 5,1% no trimestre encerrado em outubro na comparação com um ano antes. 

Greve em Atenas
Na Grécia, onde as ameaças sobre uma possível saída do país da zona do euro voltaram à cena recentemente, os trabalhadores embarcam numa greve geral de dois dias. O objetivo é protestar contra as novas medidas de austeridade necessárias para a liberação da ajuda internacional, as quais serão voltadas pelo Parlamento na noite de quarta-feira.

Agenda europeia
Na Europa, os investidores também repercutem novos sinais de desaceleração econômica. O PMI (Índice de Gerente de Compras) composto da região passou de 46,1 para 45,7 entre outubro e setembro. O dado fechado de outubro ficou ligeiramente abaixo da preliminar de 45,8. 

Trata-se do nono mês consecutivo abaixo do nível de 50 que divide expansão de contração. Já o PMI para o setor de serviços recuou de 46,1 para 46,0 no mesmo período, contra uma prévia que indicava 46,2.