Vivo X TIM: qual ação de operadora de tele pode ter melhor desempenho, segundo a XP

As duas têm recomendação de compra da XP e bom nível de pagamentos de dividendos, mas uma delas se sobressai no mercado de telefonia

Augusto Diniz

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Luis Chagas, analista de telecom da XP, participou do Morning Call da XP e fez uma análise entre as duas maiores operadoras de telefonia móvel do país: Vivo (VIVT3) e TIM (TIMS3).

O analista explicou que a XP tem recomendação de compra para as duas ações e vê espaço para as duas em portfólio de ativos do mercado financeiro. Além disso, ressaltou que as duas pagam bom nível de dividendos e possuem certa previsibilidade operacional.

“Quando a gente olha a dinâmica operacional de Vivo versus TIM, a gente vê a receita da Vivo crescendo mais no último ano, quando se compara trimestre contra trimestre, na linha de receita de telefonia móvel”, disse. A telefonia móvel é a principal receita das operadoras.

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Pós-pago

“Quando se quebra isso, tem-se o pós-pago da Vivo melhor do que o da TIM”, ressaltou. No país, o plano pós-pago passou a ser recentemente mais adotado do que o pré-pago.

“Isso é um fator interessante. Quando se compara métricas operacionais como churn (taxa de rotatividade) e adição de base, a Vivo tem ido melhor nesse aspecto”, explicou.

Outro ponto dentro da dinâmica operacional avaliado pelo analista, diz respeito a questão de Opex, custo e despesa para o ano de 2025.

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“A gente está entrando em 2025 com cenário de inflação mais alta, em torno de 6% (previsão para 2025) e quando a gente olha perspectiva de crescimento de receita da TIM versus Vivo esse ano, a gente vê a receita crescendo cerca de 6% e a TIM com a receita subindo 5%”, analisou.

Expansão de margem

“Então, eventualmente para essas duas empresas expandirem margem esse ano, vai depender muito de eficiência operacional. E quando olha a Vivo crescendo 6% de receita, a gente acredita que a Vivo tem um pouco mais de espaço para uma expansão de margem operacional”, explicou.

No aspecto do portfólio de produtos e serviços, Luis chagas aponta que quando se olha a quebra de receita da Vivo e da TIM, verifica-se um portfólio mais defensivo da Vivo.

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Ele explica que a TIM é muito mais exposta ao segmento pré-pago, com 25% da receita proveniente desse segmento. “É um segmento mais exposto e sensível à inflação e também mais sensível a repasse de preço”, destacou.

“A Vivo tem outras fontes de receita, como rede de fibra e outros serviços, como dados, B2B”, complementou. “Quando se olha o tamanho disso e o crescimento dessa linha que isso oferece, vê-se um portfólio da Vivo mais completo e defensivo, e uma perspectiva maior de crescimento do que o da TIM”, analisou.

Dessa forma, o analista aponta preferência relativa pela ação da Vivo.