Vivo (VIVT3): Credit Suisse eleva recomendação para compra, mas corta preço-alvo; TIM (TIMS3) é top pick do banco

As ações de Vivo e TIM têm um perfil defensivo e estão com avaliações com desconto, avalia o banco

Felipe Moreira

Acompanhamento de ações no celular (Crédito: Shutterstock)

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Em relatório, o banco Credit Suisse apontou que, diante das perspectivas macro desfavoráveis e baixas expectativas para o mercado acionário, as ações de telecomunicações são investimentos atraentes em 2023, pois Vivo (VIVT3) e TIM (TIMS3) têm um perfil defensivo e estão com avaliações com desconto.

Ambas as ações, conforme estimativas do banco, estão negociando a um múltiplo de EV/Ebitda (EV = enterprise value, ou valor de mercado + dívida líquida; Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 4,0 vezes em 2023 e 3,5 vezes em 2024 e analistas esperam que seus múltiplos em 2024 irão convergir para cerca de 4 vezes ao longo do ano, além de dividend yield de aproximadamente 7%.

A equipe de research ainda estima um crescimento moderado nas receitas, como também prevê uma expansão robusta do fluxo de caixa de 30% em 2023 na comparação com 2022.

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O Credit Suisse reduziu ligeiramente suas estimativas de receita, Ebitda e lucro líquido para Vivo e TIM em 2023 devido a um cenário macroeconômico mais desafiador.

“Em termos práticos, assumimos em nosso caso base um cenário de aumentos tímidos de preços, inflação de custos mais elevada e despesas financeiras elevadas ao longo de todo o ano (taxa Selic estável e inflação de 6% em 2023). Qualquer iniciativa de precificação potencialmente agressiva seria prejudicial às receitas em um cenário tão difícil e implicaria risco de queda em nossas estimativas”, explicam analistas.

Diante disso, o banco suíço decidiu elevar a Vivo de neutro para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), mas reduziu seu preço-alvo para R$ 46 (de R$ 52), um potencial de valorização de 24% frente a cotação de fechamento da véspera (4) de R$ 36,44.

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Para a TIM, o Credit manteve a classificação outperform e reduziu preço-alvo de R$ 16,50 para R$ 15,50, potencial de valorização de 30%, mantendo uma leve preferência pela TIM no setor.

Segundo relatório, as reduções de preço-alvo são consequência de um crescimento ligeiramente menor e um Ke (custo de capital próprio) mais alto de 14,5% (de 14,0%), que reflete taxa de juros real de 6,50%, taxa de inflação estrutural de 4,50% e um beta de 0,70.