Viveo (VVEO3) registra lucro líquido ajustado de R$ 66,3 milhões no segundo trimestre, alta de 2%

Empresa reportou crescimento nas linhas de varejo e serviços, com R$ 2,5 bilhões em receita, com crescimento de 30%

Rikardy Tooge

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A Viveo (VVEO3), empresa de produtos e serviços hospitalares, registrou lucro líquido ajustado de R$ 66,3 milhões no segundo trimestre deste ano, com crescimento de 1,8% em relação a igual período de 2022. A receita líquida saltou 30,2% no mesmo comparativo, para R$ 2,5 bilhões.

Já a geração de caixa também avançou 10%, com o Ebidta (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 251,1 milhões. Os indicadores ajustados da Viveo desconsideram despesas não-recorrentes.

O CEO da Viveo, Leonardo Byrro, destacou que as verticais de varejo e serviços puxaram o resultado trimestral. Enquanto o faturamento com venda de produtos a consumidores, como produtos de cuidados pessoais até bandagens esportivas, cresceu 11% no trimestre. A linha de serviços, como a venda de bolsas de medicamento para hospitais, cresceu mais de cinco vezes em um ano e já representa 10% da receita total da empresa.

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“A vertical de serviços nos possibilita trabalhar com produtos de maior valor agregado e margens maiores. É o resultado da nossa estratégia de se criar um ecossistema de saúde”, afirma Byrro ao InfoMoney.

O executivo lembrou que esse é o 8º trimestre desde a oferta pública inicial (IPO, em inglês), em 2021, com resultados acima do esperado. “Isso pode ser visto no nosso follow-on. Agora o mercado sabe qual é nossa entrega e conseguimos trazer sócios de qualidade para a nossa base”. Encerrada no dia 4 de agosto, a oferta subsequente da Viveo movimentou R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 778 milhões direto para o caixa da companhia.

O recurso será importante para reforçar a estrutura de capital. A alavancagem da Viveo (indicador que calcula a dívida líquida pelo Ebitda ajustado) encerrou o segundo trimestre em 2,7 vezes – com covenants (compromisso com os bancos credores) em 3,5 vezes. Mas, com o follow-on, a alavancagem proforma ficou em 1,8 vez.

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“Com a previsão de um ciclo de queda de juros, vamos adequar nossa estrutura para economizar nas despesas financeiras e nos prepararmos para uma nova agenda de aquisições”, diz  Leonardo Byrro.

Com 25 aquisições nos últimos três anos, a Viveo reportou R$ 18,7 milhões em sinergias capturadas no segundo trimestre – em todo o ano, o valor chega a R$ 44,1 milhões. A última aquisição concluída foi da Neve Hospitalar, que custou R$ 66,5 milhões aos cofres da Viveo, em transação feita há cerca de um ano.

Rikardy Tooge

Repórter de Negócios do InfoMoney, já passou por g1, Valor Econômico e Exame. Jornalista com pós-graduação em Ciência Política (FESPSP) e extensão em Economia (FAAP). Para sugestões e dicas: rikardy.tooge@infomoney.com.br