Vitória de Biden pode marcar mudança para ações, diz JPMorgan

“Uma possível vitória de Biden não deve ser vista como negativa para os mercados", disseram estrategistas

Bloomberg

Joe Biden (crédito: Facebook)

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(Bloomberg) — Uma vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos EUA pode indicar o início de uma mudança com foco em segmentos que foram deixados para trás no rali, segundo estrategistas do JPMorgan Chase.

“Precisamos primeiro passar pelo risco do evento eleitoral nos EUA, mas pode haver uma ampliação em estilos e performances regionais depois disso”, disseram estrategistas do JPMorgan liderados por Mislav Matejka, em relatório na segunda-feira. “Uma possível vitória de Biden não deve ser vista como negativa para os mercados e pode, na verdade, levar a uma rotação interna.”

Analistas, que há meses têm preferido ações de crescimento, defensivas e dos EUA, dizem que se preparam para uma possível mudança após as eleições nos EUA. Eles destacam que ações de valor, ou mais baratas, tiveram desempenho “drasticamente” inferior aos papéis de empresas com maior crescimento de lucros nos últimos meses, enquanto ações europeias “não vão a lugar nenhum” há quatro meses.

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Estrategistas avaliam o dilema que preocupa muitos investidores depois que o índice Nasdaq 100 fechou o mês passado com a pior queda desde março, em meio à onda vendedora de ações de empresas de tecnologia de grande capitalização.

A alta de 50% do mercado acionário dos EUA nos últimos seis meses e altos valuations de líderes da retomada e dos vencedores na pandemia levam investidores como Eaton Vance e BlackRock a preferirem ações europeias.

O JPMorgan não está sozinho nessa visão. Estrategistas do Goldman Sachs, como Sharon Bell e Peter Oppenheimer, disseram na sexta-feira que uma vitória dos democratas nos EUA favoreceria ações cíclicas europeias, de valor, expostas à China e de renováveis.

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A equipe de Matejka tem preferido posições compradas em setores defensivos e de crescimento, como saúde, tecnologia, produtos básicos e concessionárias em detrimento de papéis de finanças, consumo discricionário e energia, mas agora avalia uma mudança após as eleições.

Além da maior clareza política após a votação de 3 de novembro, estrategistas citam fatores como um ambiente cada vez mais reflacionário, possível estímulo adicional e notícias positivas sobre a Covid-19.

“É improvável que uma possível vitória de Biden proporcione aumentos de impostos significativos, com probabilidade de serem atenuados e, além disso, poderia haver maior foco em estímulos e apoio ao consumidor”, disseram estrategistas do JPMorgan, que também incluem Prabhav Bhadani e Nitya Saldanha.

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