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O interesse por ações avançou entre clientes atendidos por assessores ligados à XP, em um cenário de melhora no sentimento em relação à bolsa, segundo pesquisa divulgada pela empresa nesta quarta-feira (26), feita com sua rede de assesoria de investimentos. Mesmo assim, a intenção de ampliar a exposição a renda variável diminuiu, e a renda fixa continua liderando as preferências.
O levantamento indica que 39% dos assessores relatam maior procura por ações, alta de 3 pontos percentuais no mês. Os fundos imobiliários também registraram avanço, chegando a 35%, enquanto multimercados e fundos de renda variável subiram para 15% e 9%, respectivamente. O aumento do apetite por produtos ligados à bolsa ocorre em paralelo à queda no interesse por investimentos internacionais, que recuaram para 36%.
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O otimismo com o mercado acionário ganhou força. A parcela que atribui nota 7 ou mais para a bolsa alcançou 66%, cinco pontos acima do mês anterior. A média das avaliações subiu de 6,5 para 6,9, reforçando a percepção mais favorável. Ainda assim, a projeção média para o Ibovespa no fim de 2025 ficou em 151 mil pontos, abaixo dos níveis atuais próximos de 155 mil pontos.
A tendência acompanha os seguidos recordes da Bolsa brasileira, que opera de novo em forte alta nesta quarta em meio ao maior otimismo com cortes de juros nos EUA em dezembro, e com o arrefecimento da inflação no Brasil.
Inclinação para renda variável recua
Apesar da melhora no humor e do avanço do interesse, a disposição para aumentar posições em renda variável recuou para 29%, queda de 3 pontos. Já 9% dos investidores planejam reduzir a exposição e 62% pretendem manter as alocações como estão.
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Os dados mostram que o nível efetivo de alocação em ações começa a subir. A faixa entre 10% e 25% de exposição passou a representar 39% dos clientes, um salto de 10 pontos. A participação daqueles com alocação entre 25% e 50% avançou para 11%. Em contrapartida, o grupo com até 10% de renda variável caiu para 44%, uma redução de 13 pontos.
A renda fixa permanece como a classe de maior preferência, mencionada por 70% dos assessores, alta de 8 pontos. As preocupações fiscais perderam intensidade, mas seguem como principal risco para a bolsa, citadas por 56%. Em seguida aparecem juros domésticos mais altos (14%) e instabilidade política (12%).
A pesquisa também mostra que a recente volatilidade no mercado de crédito privado não influenciou o apetite por risco para 51% dos assessores. Outros 29% reportaram redução e 20% apontaram aumento. A maioria afirma ainda que uma Selic em 10% seria o gatilho mais provável para ampliar a alocação em renda variável.
