Vibra Energia: joint venture e FII tornam empresa mais competitiva e permitem criação de valor, segundo analistas

Anúncios foram bem recebidos pelo mercado financeiro; ainda assim, ações operam próximas da estabilidade na Bolsa

Mariana Zonta d'Ávila

Bomba de gasolina

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SÃO PAULO – A Vibra Energia (BRDT3), antiga BR Distribuidora, anunciou nesta segunda-feira (30) uma joint venture (JV) de comercialização de etanol com a Copersucar e a criação de um fundo imobiliário de postos de combustíveis.

Para analistas do mercado financeiro, as notícias são positivas para a companhia. Na Bolsa, as ações BRDT3 operavam próximas da estabilidade nesta segunda, com alta de 0,15% por volta das 13h20 (horário de Brasília), negociadas a R$ 27,16.

Na avaliação do Credit Suisse, a joint venture deverá gerar sinergias logísticas no lado da distribuição de combustíveis do negócio, bem como melhorar o abastecimento de etanol da Vibra.

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Segundo informou a empresa nesta segunda, a Vibra vai adquirir da Copersucar ações representativas de 49,99% do capital social da comercializadora de etanol (ECE) pelo valor da ordem de cerca de R$ 5 milhões, mantendo a Copersucar participação de 50,01%, em uma sociedade que será constituída com capital social de R$ 10 milhões de reais, por determinação regulatória.

O Credit Suisse tem recomendação outperform (performance acima da média do mercado) para as ações da companhia e preço-alvo de R$ 39, ou potencial de alta de 44% em relação ao fechamento de sexta-feira (27).

Em relatório, o Morgan Stanley escreve que o time de administração da Vibra tem feito esforços para tornar a companhia mais competitiva em termos de custos e participação de mercado.

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Para os analistas, a JV engloba essas questões, com a empresas assumindo uma postura mais proativa na comercialização de etanol com uma quantidade significativa de volumes iniciais, o que pode trazer benefícios de escala para o negócio.

A notícia também é avaliada como positiva pela Guide Investimentos. “Vemos a criação da JV com bons olhos, pelo potencial sinérgico que deve ser criado, por meio de ganhos com escala, melhores controles operacionais e maior capacidade de carregos de estoque.”

O Itaú BBA avalia, por sua vez, que a notícia é neutra para o valuation, mas positiva para o momentum. “Acreditamos que a ECE proporcionará uma visão melhor de um dos componentes de maior custo da Vibra, já que a joint venture provavelmente gerará não apenas ganhos de escala, mas também proporcionará maior capacidade de transporte de estoques de etanol, capacidade de monitoramento e visão mais ampla dos processos na cadeia do açúcar e do etanol”, apontam os analistas.

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Além disso, o anúncio mostra que a nova gestão está saindo do “status quo”. Os analistas do BBA também esperam por novos anúncios na próxima quarta-feira (1), quando é o primeiro Vibra Investor Day.

Fundo imobiliário

Outro anúncio feito pela companhia nesta segunda diz respeito à criação de um fundo imobiliário de postos de combustíveis com bandeira Petrobras em parceria com a Prisma Capital.

De acordo com a Vibra, a operação engloba o aporte e gestão de uma carteira de até 238 imóveis.

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O “valuation” de entrada implícito na transação, segundo a empresa, avalia a totalidade dos imóveis em R$ 643,8 milhões.

Para o Credit Suisse, a transação permite a criação de valor com uma melhor gestão dos contratos de imóveis, bem como a possibilidade de futura rentabilização com o fundo listado em Bolsa.

A iniciativa também é tida como positiva pela equipe do Morgan Stanley, que vê a mudança permitindo o desinvestimento de ativos não essenciais ao mesmo tempo em que contribui para liberar capital para aumentar o retorno aos acionistas, bem como, acelerar os investimentos de transição energética.

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“Acreditamos que a criação deste fundo imobiliário é uma forma inovadora de permitir à Vibra monetizar rapidamente seu portfólio de propriedades, o que tem sido uma opção no radar desde o IPO da empresa, no final de 2017”, escrevem os analistas.

O Morgan Stanley tem recomendação overweight (acima da média do mercado) para os papéis da companhia e preço-alvo de R$ 33, ou potencial de alta de 22% em relação ao fechamento de sexta. “A equipe de gestão da Vibra está a todo vapor para transformar o negócio em uma estrutura de capital aprimorada”, completa.

Já o BBA tem recomendação outperform para os ativos com preço-alvo de R$ 34, ou potencial de alta de 25% em relação ao fechamento de sexta.

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