Via Varejo investiga fraude em balanços após denúncia; ações chegam a cair 9%, mas fecham em baixa de 1%

Companhia apontou que a primeira fase de investigações sobre as supostas irregularidades contábeis não confirmou as alegações de irregularidades

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após ter a negociação suspensa entre 11h56 (horário de Brasília) e 12h16 desta quarta-feira (13), a ação da Via Varejo (VVAR3) chegou a operar com queda superior a 9% no começo da tarde, em meio à notícia de investigação sobre fraude contábil no balanço da companhia. Ao longo da sessão, contudo, os ativos foram diminuindo as perdas e fecharam em baixa de 0,99%, a R$ 7,02.

Em comunicado de esclarecimento ao mercado, a Via Varejo afirmou que está averiguando irregularidades na elaboração e divulgação de informações financeiras da companhia, depois de denúncia sobre possíveis práticas ilícitas.

Segundo a a dona das marcas Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.com, a primeira fase de investigações sobre as supostas irregularidades contábeis não confirmou as alegações contidas nas denúncias anônimas.

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Já a 2ª e última fase da investigação ainda se encontra em andamento, mas a administração da companhia, até então, não teve acesso a nada que altere os resultados da fase anterior.

A empresa confirmou que as denúncias foram recebidas entre o final de setembro e começo de outubro.

As investigações são realizadas por um comitê, que se reporta ao Conselho de Administração da companhia e é assessorado por consultores independentes e de renome, destacou a Via Varejo.

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Além disso, a companhia concluiu preliminarmente que, tendo em vista que até o momento não houve confirmação do quanto alegado nas denúncias, não existem efeitos materiais às informações trimestrais que serão divulgadas na presente data em decorrência do apurado até o momento no âmbito da Investigação.

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De acordo com informações da Suno Notícias, executivos da companhia teriam contabilizado despesas como capex (investimentos em bens de capital) como se o montante fosse destinado a investimentos para a melhoria da operação; mas, na verdade, o dinheiro teria sido destinado a gastos de opex (despesas operacionais).

Essa mudança teria ocorrido pela possibilidade de transformar as despesas de capex em receita e diminuir as provisões da companhia. Com isso, o retorno sobre investimento da empresa seria maior que o real.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.