Veterano do setor de cobre destaca cenário sombrio do setor

Mercado está preocupado com a queda da demanda alimentada pela guerra comercial EUA-China

Bloomberg

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(Bloomberg) — Como chefe de vendas da gigante de mineração de cobre Freeport-McMoRan, Javier Targhetta tem muitos argumentos sobre por que as perspectivas do metal são animadoras.

No entanto, mesmo o veterano de metais, há cinco décadas no setor e sempre otimista sobre os preços do cobre, reconhece o clima sombrio que se infiltrou no encontro anual da indústria em Londres esta semana.

Por enquanto, qualquer conversa sobre restrições à oferta ou maior consumo à medida que as cidades do mundo se expandem é abafada pelas preocupações com a queda da demanda alimentada pela guerra comercial EUA-China.

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É uma mudança dramática em relação há um ano, quando praticamente todos no setor estavam otimistas com o metal usado em canos e fios.

“Os fundamentos do mercado são muito positivos a curto, médio e longo prazos, mas o clima não é tão bom”, disse Targhetta em entrevista.

Por cerca de US$ 5.900 a tonelada, o cobre negociado na Bolsa de Metais de Londres está perto do limite de um intervalo apertado desde que a guerra comercial começou em meados de 2018.

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As evidências crescentes de um colapso na produção industrial ajudaram a controlar os preços, mesmo quando os problemas de oferta se acumulam.

O sentimento sombrio da LME Week deste ano não se limita ao cobre. Na terça-feira, a consultoria de commodities CRU Group fez uma avaliação negativa sobre as perspectivas de metais industriais no próximo ano. A demanda global por cobre, alumínio, zinco e chumbo deve cair este ano, segundo estimativas da CRU.

Há até dúvidas de que o níquel – a estrela do desempenho este ano – pode ter dificuldades para manter os ganhos diante da deterioração da demanda. O rali do níquel foi alimentado por uma proibição das exportações de minério bruto da Indonésia e por uma queda acentuada nos estoques da LME.

O choque na oferta de níquel foi grande demais para os traders ignorarem, mas os operadores ficaram mais contentes em descontar os problemas no principal produtor de cobre do planeta, o Chile, onde a maior agitação social em décadas levou a interrupções em vários grandes portos e minas.

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