Verde: investidores estão obcecados com política e ignoram a força que pode impulsionar o mercado

"Um bom resultado do processo reformista viria para estender e dar longevidade a esta força cíclica", avalia a Verde

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A Verde Asset, comandada pelo famoso Luis Stuhlberger, conseguiu surfar na onda de otimismo do mercado brasileiro em janeiro e registrou ganhos em praticamente todas as suas estratégias, com destaque para a posição comprada em ações no Brasil, e para a exposição em juros reais.

O fundo Verde encerrou janeiro com um rendimento de 3,77%, ante alta de 0,54% do CDI.

Em relatório de estratégia sobre o mês passado, a equipe da Verde destaca que o início de ano foi bastante construtivo para os mercados globais, com destaque para o Brasil. Segundo eles, após um dezembro de cautela, com os investidores mantendo posições pequenas no mercado, 2019 começou com a percepção de que as coisas não estavam tão ruins.

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“A onda de otimismo, ainda incipiente, privilegiou os mercados emergentes, e nesse contexto o Brasil tem uma história particularmente positiva”, afirma a Verde, reforçando que o movimento foi liderado pelos investidores locais, enquanto os estrangeiros permanecem céticos, tanto com o novo governo quanto com as reformas que precisam ser aprovadas.

“Vemos a maioria dos investidores ainda ancorada no modus operandi de 2018, obcecada com vaivéns políticos, e por isso acreditamos que a força cíclica da economia brasileira está (por enquanto) sendo ignorada”, avalia a equipe da Verde.

Segundo os gestores, o fato de os agentes econômicos estarem pouco endividados e de haver a expectativa de aumento do crédito deve garantir uma aceleração do crescimento ao longo do ano. Com isso, a Verde diz estar posicionada de forma otimista baseada em dois pilares, um cíclico e outro estrutural.

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“Enquanto todos estão obcecados com o estrutural (e este obviamente é muito importante), o pilar da recuperação cíclica vai ganhando momentum, e deve se refletir ao longo do ano no crescimento do lucro das empresas, e ato contínuo, na valorização do mercado acionário. Um bom resultado do processo reformista viria para estender e dar longevidade a esta força cíclica”, conclui a carta da Verde.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.