Venda de ativos da Petrobras, dança das cadeiras na PDG e mais 4 balanços do 3° tri agitam esta noite

Confira as principais notícias corporativas que ganharam destaque após o fechamento do pregão

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário seguiu agitado na noite desta quinta-feira, marcada pela volta do feriado no Brasil. Além da temporada de balanços do 3° trimestre, com 3 empresas divulgados seus números, mais seis destaques corporativos chamaram atenção após o fechamento deste pregão. Entre eles, a Petrobras informou que as negociações com a Alpek para venda de participação na Suepe/Citepe estão avançadas; e a PDG comunicou a troca de CEO, CFO e presidente do conselho de administração. 

Confira abaixo os principais destaques corporativos desta noite:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras informou que as negociações com a empresa mexicana Alpek para a venda de sua participação na Companhia Petroquímica de Pernambuco (Petroquímica Suape) e na Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) encontram-se em estágio avançado. 

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A estatal anunciou em julho que estava em negociação com a Alpek. Uma fonte com conhecimento direto do assunto disse à Reuters, na época, que a oferta da companhia mexicana poderia chegar a 700 milhões de dólares. 

“Após atendidas as etapas previstas na sistemática de desinvestimento da Petrobras, os termos e condições finais da operação serão submetidos à deliberação dos órgãos estatutários da companhia e, caso aprovados, serão tempestivamente divulgados ao mercado”, acrescentou a empresa.

Vale (VALE3; VALE5)
O maior rali dos preços do minério de ferro em anos está dando uma oportunidade de pausa para a Vale, que avalia venda de ativos. Com os desinvestimentos ainda representando o melhor caminho para uma rápida redução de dívida, a alta de 50% nos preços de minério de ferro faz a empresa “progredir com um pouco mais de cautela” na venda de alguns de seus melhores ativos, disse Luciano Siani, diretor de finanças e relações com investidores da Vale, em entrevista concedida no escritório da Bloomberg no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira. 

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De acordo com ele, a mineradora busca reduzir a dívida de US$ 26 bilhões no fim do último trimestre para até US$ 15 bilhões no fim do próximo ano. Não gostaríamos de estar em uma situação em que você faz qualquer coisa para chegar a um determinado ponto, disse Siani.

Eletrobras (ELET3; ELET6)
GIC Private Limited, fundo soberano de Cingapura, passou a deter uma participação relevante no capital da estatal Eletrobras, segundo comunicado da elétrica brasileira ao mercado divulgado nesta quinta-feira.

De acordo com a Eletrobras, o fundo passou a deter 4,33 por cento das ações preferenciais tipo B da companhia e seus correspondentes negociados na bolsa de Nova York em nome do governo de Cingapura, além de outros 1,25 por cento em nome da autoridade monetária do país.

O fundo soberano possui ainda 0,195 por cento das ações ordinárias da Eletrobras, informou a companhia no comunicado.

PDG Realty (PDG3)
A construtora e incorporadora PDG Realty informou nesta quinta-feira que seu conselho de administração aprovou a substituição do diretor-presidente, do diretor financeiro e de relações com investidores, além de receber o pedido de renúncia do presidente do conselho e de mais um membro do órgão. 

Assim, Vladimir Ranevsky foi eleito pelo conselho para ocupar o cargo de diretor-presidente no lugar de Márcio Trigueiro e também o de diretor financeiro e de relações com investidores, em substituição a Maurício Teixeira. Gilberto Sayão da Silva deixou o cargo de presidente do conselho e será substituído por Rafael Grisolia. Pedro Cerize também renunciou ao cargo de membro do conselho de administração da PDG, que agora também terá Ranevsky entre os membros do colegiado.

O conselho da PDG aprovou ainda a contratação da RK Partners como assessora financeira da empresa, que tem sido alvo de intensos rumores de que está perto de pedir recuperação judicial. Segundo uma fonte com conhecimento do assunto disse à Reuters, essa opção está sendo considerada e pode ser usada, caso credores da empresa se neguem a refinanciar dívidas da empresa.

CCR (CCRO3)
Dando continuidade à temporada de balanços corporativos, a
 operadora de concessões de infraestrutura CCR informou que teve lucro líquido de R$ 1,15 bilhão no terceiro trimestre, um salto de 366% sobre um ano antes, após a receita extraordinária oriunda da conclusão da venda da STP, que opera o serviço de pagamento de pedágios Sem Parar. Em termos recorrentes, porém, o lucro da CCR no período caiu 1,7% na comparação anual, para R$ 268 milhões, refletindo a queda de 1,5% no tráfego das rodovias administradas pelo grupo.

“Considerando os números de tráfego do período, ainda não dá pra dizer que há sinais de recuperação da economia”, disse à Reuters o diretor financeiro e de relações com investidores da CCR, Arthur Piotto Filho. “Nossa expectativa é de que pelo menos não deve piorar mais”.

O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) em termos ajustados e recorrentes foi de R$ 1,04 bilhão, aumento de 3,2% ano a ano. A margem Ebitda nessa comparação subiu 0,8 ponto percentual.

A CCR anunciou em março a venda de sua fatia de 34% do capital da STP por R$ 1,4 bilhão para uma controlada da norte-americana FleetCor Technologies. Na época, a CCR afirmou que a operação lhe permitiria reduzir a alavancagem e ampliar sua capacidade de investimentos.

Eletropaulo (ELPL4)
AES Eletropaulo teve prejuízo líquido de R$ 32,5 milhões no terceiro trimestre, ante resultado também negativo de R$ 5,2 milhões em igual período de 2015. O Ebitda somou R$ 134,4 milhões, queda de 47,8% ante mesma etapa do ano passado.

Segundo a companhia, a queda deveu-se principalmente à retração do mercado e ao aumento de custos adicionais com o programa de recuperação dos indicadores de qualidade. “O resultado neste trimestre ainda reflete os desafios que o país enfrenta desde 2015”, afirmou a companhia no relatório.

A empresa fechou setembro com um nível de endividamento líquido equivalente a 2,94 vezes o Ebitda Ajustado, ante 3,43 vezes no terceiro trimestre de 2015.

Multiplus (MPLU3)
A Multiplus, empresa de programa de fidelidade controlada pela Latam, teve lucro líquido de R$ 134,1 milhões no 3° trimestre, um ganho 7,4% menor que o apurado em igual período de 2015. A média das estimativa dos analistas consultados pela Bloomberg era de R$ 132,2 milhões. Na mesma base de comparação, a receita líquida recuou 7,5%, para R$ 542,2 milhões.

Os pontos emitidos pela companhia no período aumentaram 4,1%, para 21,9 bilhões, resultado alimentado pelo crescimento anual de 5,1% em volume de pontos acumulados. Já os resgates caíram 11%, para 17,2 bilhões, dado a uma redução de 11,7% na retirada de passagens aéreas quando comparado com o mesmo período de 2015.  

AES Tietê (TIET11)
A geradora de energia AES Tietê, da norte-americana AES, teve lucro líquido de R$ 97,8 milhões no terceiro trimestre, queda de 38,6% ante mesmo período do ano passado, informou a companhia nesta quinta-feira. O Ebitda somou R$ 213,8 milhões no período, queda de 36% na comparação anual.

Grupo Pão de Açúcar (PCAR4)
O conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar autorizou a diretoria a avaliar alternativas estratégicas envolvendo o investimento na Via Varejo (VVAR11), de acordo com ata da reunião do colegiado nesta quinta-feira. 
Segundo o documento, iniciativa está alinhada com a estratégia de continuar “priorizando o desenvolvimento do negócio alimentar, principal atividade da CBD”.

A Via Varejo atua no mercado de eletroeletrônicos e móveis, com as marcas Casas Bahia e Pontofrio, e tem pressionado os resultados do GPA, o maior varejista do país, controlado pela francesa Casino. No terceiro trimestre, a Via Varejo teve prejuízo de 90 milhões de reais, quase duas vezes maior que no mesmo período de 2015, enquanto a receita ficou quase estável.

Em fato relevante separado, o GPA disse que “não estabeleceu um cronograma para concluir o processo e não fará comentários adicionais até que haja uma nova deliberação sobre o tema pelos seus órgãos societários competentes.”

(Com Bloomberg e Reuters)