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SÃO PAULO – O calote da OGX Petróleo (OGXP3), cada vez mais provável, de US$ 3,6 bilhões em títulos de dívida deverá alimentar a indústria de assessoramento de reestruturação de dívidas. A possível falência da OGX pode impactar toda a indústria de petróleo off-shore, como os fornecedores.
Com isso, grupos de assessoria financeira estão “em alta” no Brasil – com ganhos 10% maiores. É o caso da Angra Partners, Lazard, Blackstone e Quinn Emanuel Urquhart Sullivan – as empresas contratadas pela OGX para trabalhar na reestruturação de dívidas. “Quando uma empresa grande entra em default, tem efeitos sobre muitas outras, pois muitos fornecedores e credores são afetados, do que resulta trabalho para os assessores”, disse Fernando de Almeida Prado, sócio na Pinheiro Neto Advogados, o escritório que assessora os credores das companhias de Batista, a Bloomberg.
Os pedidos de recuperação judicial no País cresceram 72% de 2011 para cá, atingindo 662 de janeiro a setembro de 2013 – de acordo com a Serasa Experian. 101 dessas empresas eram empresas de grande tamanho, com faturamento superior a R$ 50 milhões – mais do que o dobro de empresas que pedirão a recuperação em 2011.
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A OGX deverá pedir recuperação judicial no final de outubro, caso não consiga resolver o imbróglio que se encontra após o não-pagamento de US$ 45 milhões. Eike ainda tenta evitar o mesmo destino com a OSX Brasil (OSXB3), mas o mais provável é que ela também tenha que passar por uma recuperação judicial.
Nova lei de falência brasileira
A lei de falências nacional é bastante jovem – entrou em vigência em 2005. Ela é tida como boa por preservar a atividade econômica da empresa durante o pedido de recuperação judicial, garantindo que a empresa consiga se recuperar enquanto tenta reestrurar-se para poder voltar a pagar as dívidas. Com a recuperação judicial, os credores e os sócios das empresas precisam de disciplina para encontrarem soluções comuns para as empresas.