Veja imagem que explica o “efeito Cunha” na Bolsa e no dólar

Bolsa recua 1,53% da mínima para a máxima e dólar tem alta de mais de 1% com rompimento do presidente da Câmara com o governo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompeu com o governo nesta sexta-feira (17) e os mercados despencaram com a notícia. Cunha disse que vai defender que o PMDB vá para a oposição e que vai olhar para os pedidos de impeachment com base na lei. As falas do peemedebista aumentam ainda mais a tensão política, que já crescia depois das notícias de que o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está sendo investigado pela procuradoria do Distrito Federal. 

O impacto da saída de Cunha da base do governo fez com que a Bolsa caísse 1,53% da máxima para a mínima do dia. Das 11h20 (horário de Brasília), quando o presidente da Câmara começou a falar, até agora, o índice já caiu 0,35%, saindo de um patamar próximo a 52.740 para 52.557 às 12h37.

Em Brasília, Cunha disse: “eu, como político, vou pregar que o PMDB rompa com o governo”. Ele afirmou ainda: “estou rompido pessoalmente com o governo. O presidente da Câmara a partir de hoje é oposição. Já avisei a Temer”.

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A revolta do peemedebista ocorreu depois que ele foi acusado pelo delator da Operação Lava Jato, Julio Camargo, de ter exigido o pagamento de US$ 5 milhões para que a empresa de Camargo, a Toyo Settal, ganhasse um contrato na Petrobras (PETR3; PETR4). 

Para entender melhor o “efeito Cunha”, basta ver este gráfico do Ibovespa a partir do momento em que o presidente da Câmara começou a falar: 

Também dá para ver o mesmo “efeito Cunha”, no dólar, que subiu 0,31% em pouco mais de uma hora depois que o peemedebista começou a falar. 

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