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SÃO PAULO – Do lado das divulgações de indicadores econômicos, esta sexta-feira (5) tem poucas mas importantes referências a serem avaliadas: por aqui, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de agosto – que ficou abaixo do esperado – e, nos EUA, o Relatório de Emprego, que mostrou um cenário complicado para o mercado de trabalho do país.
Com relação à cena corporativa, embora as notícias também sejam escassas, elas não deixam de influenciar o desempenho de alguns papéis no mercado doméstico. Nesse sentido, destaque para os setores de mineração e siderurgia.
Vale
Os investidores devem ficar atentos às referências relativas à Vale (VALE3,VALE5), especialmente em relação aos rumores sobre o reajuste extra de 20% no preço do minério de ferro acordado com as siderúrgicas chinesas.
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Na edição desta sexta-feira, o jornal chinês Shanghai Daily afirmou que a mineradora já notificou as companhias chinesas sobre um aumento iminente nos preços. Embora a Vale negue os rumores, caso o reajuste extra seja confirmado, o minério de ferro ficará de 86% a 92% mais caro do que em 2007, variação esta que se dá de acordo com a região na qual é extraído.
Outro ponto a ser levado em consideração é a paralisação das operações da subsidiária da mineradora na França, a Rio Doce Manganèse Europe (RDME), devido a um vazamento de metal no forno elétrico. De acordo com a empresa, o retorno é previsto para fevereiro de 2009, o que significa um corte de produção em torno de 45 mil toneladas de ligas.
Siderurgia
Em relação às siderúrgicas, é importante ressaltar as previsões da Steel Business Briefing, agência estrangeira especializada no setor de siderurgia e mineração. Após ouvir distribuidoras brasileiras de aço inox, a agência projetou um declínio de 8% no preço do produto até o final do ano.
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Segundo a agência, no ultimo mês, a queda já é de 4%, sendo que a redução do preço acumulada no ano atinge quase 16%. Cabe lembrar que um dos insumos principais para a produção do aço inoxidável é o níquel, cujo preço vem despencando desde o início do ano, pressionado por especulações acerca da redução do consumo e aumento dos estoques.