Veículos automotores tiveram influência negativa sobre indústria de SP, diz IBGE

Em março, a produção da indústria paulista recuou 1,3% ante fevereiro, mesma variação verificada na média nacional

Estadão Conteúdo

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Com a queda de março, o nível da produção industrial de São Paulo, principal parque fabril do País, está 21,6% abaixo do pico da série histórica, registrado em março de 2011, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados nesta quarta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em março, a produção da indústria paulista recuou 1,3% ante fevereiro, mesma variação verificada na média nacional, conforme divulgado pelo IBGE semana passada. Em relação a março de 2018, a queda foi de 7,3%. No primeiro trimestre fechado, a indústria paulista caiu 2,6% ante igual período do ano passado.

Com isso, o nível de produção da indústria paulista está mais distante do pico do que na média nacional – a produção industrial nacional está em patamar 17,6% abaixo do pico, registrado em maio de 2011.

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Segundo Bernardo Almeida, analista da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, a indústria automobilística exerceu o maior peso de baixa sobre a produção paulista.

Além de fatores gerais, como a demanda fraca e as perdas de exportação para a Argentina, que enfrenta crise econômica, a indústria automobilística paulista foi atrapalhada por greves, chuvas que prejudicaram o armazenamento e uma antecipação da produção para fevereiro, como estratégia industrial para driblar o carnaval.

Como São Paulo responde por 34% da indústria nacional, teve o segundo maior impacto negativo na queda da produção na média nacional, atrás apenas do Pará. A indústria paraense tombou 11,3% em março ante fevereiro, mas ali os motivos foram pontuais. Segundo Almeida, uma parada de produção numa planta de mineração, que atingiu a indústria extrativa – sozinho, esse segmento industrial responde por 86% da indústria paraense.

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Questionado se a parada de produção na planta do Pará teria relação com o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração da Vale em Brumadinho (MG), em janeiro, Almeida respondeu: “A parada é consequente da própria planta industrial.”