“Vamos lançar em breve uma nova marca voltada ao segmento de baixa e média renda”, diz CEO da MRV

"A gente acha que o mercado de habitação como um todo pode aumentar duas vezes de tamanho", afirmou Rafael Menin em live do InfoMoney

Anderson Figo

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SÃO PAULO — A demanda por empreendimentos da MRV (MRVE3) se manteve aquecida no terceiro trimestre deste ano, assim como foi visto nos três meses anteriores, graças a alguns fatores, como os juros baixos, a maior poupança da população, que reduziu seus gastos na pandemia, e os preços mais atraentes. A avaliação é de Rafael Menin, co-presidente da empresa.

“Estamos vendo uma captação recorde da poupança há vários meses consecutivos, é um indicador importante para a manutenção da atividade econômica, não só no nosso setor”, disse. “A demanda futura também será enorme, haja visto que temos um cenário diferenciado. A taxa de juros para o setor continuará muito positiva. O funding do Minha Casa Minha Vida, independentemente do ajuste para o Casa Verde-Amarela, está dado. A casa passou a ter mais importância para as pessoas.”

Ele participou nesta quinta-feira (12) de uma live no InfoMoney da série Por Dentro dos Resultados, onde executivos de importantes empresas da Bolsa apresentam os principais destaques financeiros do terceiro trimestre, comentam os números e falam sobre perspectivas.

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Menin confirmou que a MRV irá lançar em breve uma nova marca voltada ao segmento de baixa e média renda. “Será lançada muito em breve. Internamente hoje, por sinal”, disse o executivo, sem dar detalhes sobre como será esse novo negócio. O CEO da MRV se mostrou bastante otimista em relação ao mercado. “A gente acha que o mercado de habitação como um todo pode aumentar duas vezes de tamanho”, afirmou.

Ricardo Paixão, CFO do grupo, comentou sobre a perspectiva de crescimento de outros dois negócios da MRV, a URBA, de loteamentos, e a Luggo, de empreendimentos para aluguel para fundos imobiliários. “A URBA a gente considera ela como uma semi-startup. (…) Já adianto o seguinte: para o ano que vem, a gente deve multiplicar a companhia por três ou quatro vezes. (…) E em um prazo de cinco a seis anos a gente pretende multiplicar por quinze a companhia, chegando a 15 mil lotes por ano”, disse.

“No caso da Luggo, a nossa meta é crescer ela o mais rápido que a gente conseguir. É uma companhia que vai dobrando e vai crescer em projeção geométrica nos próximos anos. A gente teve quatro obras no ano passado, este ano foram oito e já temos mais de 15 previstas para o ano que vem”, completou o CFO da MRV.

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Paixão e Menin falaram ainda sobre a subsidiária da companhia nos Estados Unidos, a AHS, a qual seria um “hedge” natural para o grupo, já que ela reage ao mercado americano, desconectada das perspectivas brasileiras. “Não vamos ter um turn around no modelo de negócios da AHS porque o atual modelo tem se provado ser o certo. Vamos expandir as operações. Recentemente fomos para o Texas e Geórgia, por exemplo”, disse Menin.

Os executivos falaram ainda sobre o nível de endividamento do grupo, a decisão de segurar o pagamento de dividendos por causa da pandemia e quais as perspectivas futuras de remuneração dos acionistas, além de possíveis impactos da inflação maior na decisão sobre juros no Brasil, o fim do auxílio emergencial sobre o consumo, entre outras coisas. Assista à live acima.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.