Vale (VALE3): produção de minério de ferro soma 86,24 milhões de toneladas no 3º tri, queda anual de 3,9%

Mineradora divulgou seu relatório de produção e vendas nesta terça-feira.

Equipe InfoMoney

Mineração da Vale em Carajás (Pictures Ltd./Corbis/Getty Images)

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A produção de minério de ferro da Vale (VALE3) somou 86,24 milhões de toneladas no terceiro trimestre, queda de 3,9% ante o mesmo período do ano passado, informou a mineradora em seu relatório de produção e vendas nesta terça-feira.

Segundo a mineradora, a produção de minério de ferro caiu principalmente devido à menor produção de run-of-mine (minério bruto, sem tratamento) do complexo de Paraopeba e à menor produção de Serra Norte.

O resultado de produção também foi afetado por uma falha no sistema de correia transportadora no S11D, em agosto, com impacto de 2 milhões de toneladas, que levou à redução de 1,5 milhão de toneladas no Sistema Norte. Na comparação com o trimestre anterior, a produção de minério cresceu 9,5%.

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A qualidade geral, entretanto, melhorou com o teor de ferro aumentando 87 pontos-base na comparação anual, com produção na mina de S11D, no Pará, e da maior produção de “pellet feed” de Brucutu, em Minas Gerais, com o comissionamento da barragem de Torto.

“Isso é resultado da maior produção no S11D e da maior produção de pellet feed de Brucutu com o comissionamento da barragem de Torto, aumentando a produção de pelotas em 11% ao ano”, informou.

As vendas de minério de ferro, por sua vez, cresceram 6,6%, atingindo 69,1 milhões de toneladas, já que a empresa afirmou ter se beneficiado de condições de mercado favoráveis.

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As vendas de finos e pelotas de minério de ferro aumentaram 4,4 milhões de toneladas na comparação anual, com a venda de estoques do primeiro semestre e aproveitando as condições favoráveis do mercado.

Já a produção de cobre aumentou 9,8% na mesma base de comparação, totalizando 81,6 mil toneladas, principalmente devido ao contínuo ramp-up de Salobo III, com o complexo de Salobo atingindo, em setembro, o maior nível de produção mensal desde julho de 2019. As vendas de cobre aumentaram 8%, seguindo os maiores volumes de produção.

Apesar da crescente produção de cobre durante o trimestre, a Vale reduziu sua previsão de produção do metal em 2023 para entre 315 mil e 325 mil toneladas. A empresa atribuiu a revisão em baixa às mudanças em sua mina Coleman, no Canadá, bem como à manutenção adicional na mina Salobo.

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A produção de níquel diminuiu 19% ao ano, em linha com o planejado, principalmente devido à transição contínua de Voisey’s Bay para operações subterrâneas e manutenção adicional na refinaria de Sudbury no 3T. As vendas de níquel diminuíram 12%, em linha com a produção.

Sistema sul e produção de pelotas

A produção do Sistema Sul diminuiu 2,6 milhões de toneladas, principalmente devido à menor produção de ROM e às vendas do Complexo Paraopeba, além da parada temporária das operações de Viga devido à manutenção pontual do rejeitoduto.

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A produção de pelotas foi de 9,17 milhões de toneladas, aumento de 11% na comparação anual, impulsionada por um aumento no fornecimento de pellet feed de Brucutu e Itabira. Na comparação com o trimestre anterior, o avanço foi de 0,7%.

Em agosto, a Vale iniciou os testes de comissionamento da primeira de duas plantas de briquete de minério de ferro em Tubarão. Após o ramp-up, a capacidade combinada atingirá 6 milhões de toneladas por ano.

As vendas do pelotas somaram 8,6 milhões de toneladas no terceiro trimestre, aumento de 1,1% na comparação anual, mas recuo de 2,2% na sequencial.

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O preço realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 105,1 por tonelada, alta de 13,5% ante igual período do ano passado, incremento em grande parte atribuído a preços de referência mais altos de minério de ferro (US$ 10,7/t maior na comparação anual) e a um impacto positivo de ajustes de preços (US$ 2,1/t na comparação anual).

O preço realizado das pelotas, por sua vez, foi de US$ 161,2 a tonelada no trimestre, queda de 17% ante igual período do ano passado e suave avanço de 0,5% na comparação sequencial.

O prêmio all-in totalizou US$ 3,8 por tonelada, US$ 2,8 menor na comparação anual, principalmente devido aos menores prêmios de pelotas. Trimestre contra trimestre, o prêmio all-in foi ligeiramente menor, impulsionado por prêmios de mercado mais baixos, uma vez que as usinas siderúrgicas têm preferido finos de menor qualidade devido à redução nas margens de aço. Isso foi parcialmente compensado por um mix de vendas de portfólio de produtos superior, com uma participação maior dos volumes do Sistema Norte.

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(com Estadão Conteúdo e Reuters)