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O conselho de administração da Vale (VALE3) aprovou nesta quinta-feira a distribuição de remuneração aos acionistas de R$ 3,58 por ação, acima do esperado pelo mercado.
Com isso, nesta sexta-feira (28), as ações VALE3 subiram 1,61%, a R$ 67,40.
Considerando a base de ações da empresa, o total a ser pago deve somar cerca de R$ 15,3 bilhões, entre janeiro e março.
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Em fato relevante, a mineradora afirmou que os dividendos e JCP foram declarados com base no balanço de 30 de setembro de 2025 e correspondem à antecipação da destinação do resultado do exercício de 2025, contemplando a remuneração mínima prevista na Política de Remuneração aos Acionistas. Nos nove primeiros meses do ano, a Vale registrou lucro líquido de US$ 6,2 bilhões.
A empresa detalhou que em 7 de janeiro será pago o valor de R$ 1,24 por ação, sob a forma de dividendos, e em 4 de março R$0,77 por ação, sob a forma de dividendos, além de R$1,57 por ação, sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP).
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O Morgan Stanley ressaltou que o pagamento de proventos, de US$ 0,67 por ação em dólar, é 63% superior à estimativa do Morgan Stanley de US$ 0,41 por ação para o 1T26 e 92% superior ao consenso da Vale de US$ 0,35 por ação.
“Embora a administração já tivesse sinalizado a possibilidade de dividendos extraordinários devido aos elevados preços das commodities, acreditamos que o tamanho do pagamento anunciado não era esperado pelo mercado”, apontou, destacando que esperava que as ações tivessem um desempenho superior à média do mercado no pregão pós-anúncio.
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A XP Investimentos destacou, em relatório, considerar o anúncio como marginalmente positivo. Com base nas projeções para o 4º trimestre de 2025, o anúncio implica um dividendo extraordinário de aproximadamente US$ 1 bilhão (rendimento de cerca de 1,9%), valor acima de suas expectativas de US$ 500 milhões e no limite superior da faixa de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão que os investidores esperavam, de acordo com nossas conversas recentes.
A XP vê este anúncio reforçando a abordagem simplificada de alocação de capital da Vale, sem grandes mudanças previstas. “Embora parcialmente antecipada pelo mercado, a medida sinaliza confiança na geração de caixa no futuro, em nossa opinião”, aponta.
XP e Morgan Stanley, contudo, seguem com recomendação equivalente à neutra para os ativos da Vale.
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Já o Bradesco BBI tem recomendação equivalente à compra para as ações da Vale, avaliando que os investidores deveriam receber bem o anúncio, que se situa no limite superior das expectativas do mercado, de US$ 0,5 a 1 bilhão (veja o relatório [bradescobbi.bluematrix.com]). Acreditamos também que isso reforça a confiança da administração no sólido desempenho operacional da empresa e destaca que a remuneração dos acionistas continua sendo uma prioridade fundamental. Por fim, observamos que o dividendo implica um rendimento anualizado de 10%.
(com Reuters)