Vale teme prisão de alto executivo nesta semana, diz colunista; privatização da Eletrobras só em 2020 e mais destaques

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira (19)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é bastante movimentado, com o mercado atento, além da crise política, às falas sobre a Eletrobras, o resultado da Linx, o dividendo do Itaúsa, entre outros destaques. Além disso, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, informa que o alto comando da Vale espera para breve, mais precisamente para esta semana, um pedido de prisão para alguém da alta cúpula. Confira os destaques desta terça-feira (19):

Eletrobras (ELET3;ELET6)

De acordo com fala da secretária-executiva do MME (Ministério de Minas e Energia), Marisete Pereira, à Folha de S. Paulo, a venda das ações da Eletrobras no mercado financeiro, processo que levará a União a deixar o controle da companhia, não deve ocorrer neste ano, como previa o governo federal. A mudança de rota levou o Tesouro Nacional a rever a sua previsão orçamentária.

Segundo a secretária. o governo está reavaliando o modelo de capitalização da Eletrobras e, com isso, não deve dar tempo de realizar a operação financeira ainda neste ano. “O ministro já afirmou que o processo está mantido. O que estamos discutindo é o modelo, como fazer. Pelo que vejo, deve ficar para 2020”, afirmou ela ao jornal.

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Cabe ressaltar que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ao Valor que deve liberar no início do mês que vem a ação que trata das privatizações de empresas públicas para votação em plenário. Segundo o ministro, o voto está praticamente pronto e terá cerca de 30 páginas, nas quais trará elementos para corroborar a liminar que concedeu em junho do ano passado, proibindo o governo de privatizar estatais sem prévia autorização do Congresso.

Vale (VALE3)

Segundo informa a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o alto comando da Vale espera para breve, mais precisamente para esta semana, um pedido de prisão para alguém do seu alto comando. 

“A dúvida é se o pedido do MPF seria feito para toda a diretoria ou apenas para Peter Poppinga, diretor-executivo de Ferrosos, que já responde na Justiça pela tragédia de Mariana”, informa a publicação. 

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Além disso, o Ministério Público de Minas Gerais recomendou à Vale que adote medidas emergenciais para resgate e proteção dos bens culturais móveis existentes nas áreas sujeitas à ruptura das barragens B3 e B4, da Mina Azul, em Nova Lima, a 45 quilômetros de Belo Horizonte. No sábado (15), por determinação do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 170 moradores que vivem nos arredores da mina foram retirados da região.

Petrobras (PETR3;PETR4)

Segundo informa o Valor Econômico, ao mesmo tempo em que promete lançar ao mar 13 novas plataformas até 2023, a Petrobras se prepara para começar a enxugar a sua frota. A companhia pretende aposentar uma série de plataformas antigas a partir deste ano.

Isso ocorre, informa o jornal, em meio a lacunas nas regras ambientais, em um momento sensível para a indústria extrativa, no Brasil, depois da tragédia envolvendo os planos de desativação da barragem da Vale em Brumadinho (MG). Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), 41% das plataformas que operavam no Brasil em 2018 tinham 25 anos ou mais de operação. São mais de 60 unidades com esse perfil. Só a Petrobras tem planos para desmobilizar oito unidades até 2021, sobretudo no sul da Bacia de Campos.

Itaúsa (ITSA4)

A Itaúsa divulgou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 0,0081 por ação. O pagamento, que tomou como base a posição acionária no último domingo (17), será feito em 7 de março.

O braço de investimentos do Itaú também anunciou que pagará JCP e dividendos adicionais sobre 2018. Os juros sobre o capital próprio adicionais serão de R$ 0,3111 por ação, enquanto os dividendos adicionais serão de R$ 0,4532 por ação.

Linx (LINX3

A Linx registrou um lucro líquido ajustado de R$ 18,5 milhões no quarto trimestre de 2018, 16,3% superior frente o mesmo período do ano anterior, enquanto o Ebitda ajustado foi de R$ 45,7 milhões no trimestre, alta de 16,3% na mesma base de comparação. Já a receita operacional líquida avançou 15,7%, a R$ 182,1 milhões. 

“Essas evoluções são explicadas pelo início da alavancagem operacional dos investimentos ocorridos durante os trimestres anteriores na Linx Pay Hub e Linx Digital, que seguem aumentando o seu mercado endereçável em novos mercados e geografias”, conforme ressaltou a empresa em seu release de resultados. 

JBS (JBSS3)

O Ministério Público Federal em Brasília, trabalha na denúncia criminal contra alvos da operação Bullish e mapeou um dano superior a R$ 2 bilhões causados pela JBS ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social).

Enquanto a denúncia criminal deve ter como alvo os irmãos Batista, os ex-ministros Guido Mantega e Antônio Palocci e funcionários do banco, uma ação civil vai cobrar o dano superior a R$ 2 bilhões da empresa do setor de alimentos e proteína animal. A informação foi antecipada pelo jornal O Globo e confirmada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

 Aéreas

A Justiça de São Paulo suspendeu ontem (18) a proibição imposta à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) de cancelar matrículas de aeronaves operadas pela Avianca, que está em recuperação judicial. De acordo com a decisão do desembargador Ricardo Negrão, da 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial, a agência poderá voltar a exercer integralmente suas atribuições legais, inclusive fazendo o cancelamento de matrículas da Avianca, até o julgamento colegiado do caso.

Smiles (SMLS3)

 A Smiles deve investir mais de R$ 50 milhões em sua operação na Argentina, incluindo o lançamento de um site exclusivo para as atividades no país. Segundo a empresa, os 300 mil clientes argentinos já cadastrados na plataforma brasileira poderão migrar suas milhas para a conta argentina. O site local permitirá a emissão de passagens da Gol e outras 17 companhias aéreas com 100% de milhas ou milhas e pesos.

Recomendações

A Cosan (CSAN3) teve a recomendação reduzida para neutra pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 47, enquanto a Arezzo (ARZZ3) foi elevada para compra pelo Citi. Já o ADR (American Depositary Receipt) da Vale foi reiniciado com recomendação neutra pelo Goldman Sachs. 

Gafisa (GFSA3)

Em meio à crise, GWI fecha todos os seus fundos para resgates. A gestora de recursos GWI, do investidor coreano Mu Hak You, fechou seus quatro fundos para resgates por tempo indeterminado.

Randon (RAPT4)

A Randon divulgou seus dados operacionais referentes a janeiro de 2019, apresentando receita bruta total, sem eliminação e com impostos, de R$ 491,6 milhõe no mês, alta de 28,6% ante os R$ 382,2 milhões observados no mesmo período do ano passado.

Já a receita líquida consolidada foi de R$ 347,4 milhões, 26% superior frente os R$ 275,6 milhões de janeiro de 2018. 

De acordo com o Itaú BBA, os números foram positivos e mostraram um forte começo de ano, o que leva a reafirmar a recomendação outperform para os ativos, com preço-alvo de R$ 10 para 2019. 

Taurus Armas (FJTA3;FJTA4)

A fabricante brasileira de armas Taurus anunciou ter assinado um memorando de entendimento para estudar a viabilidade uma joint venture com um grupo siderúrgico indiano para desenvolver a indústria bélica do país.

O objetivo da joint venture é fabricar e vender armas no território indiano, em conformidade com o programa local “Make in India”, informa o comunicado. “A partir da assinatura do MoU, as partes terão até 180 dias para concluir os estudos de criação da joint venture e o plano de negócios a ser desenvolvido”, destaca a empresa no documento. 

O acordo, aprovado pelo conselho de administração da Taurus em 14 de fevereiro, engloba uma estratégia global da fabricante brasileira para reestruturação dos negócios visando melhora de indicadores financeiros e operacionais, acrescentou a empresa.

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(Com Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.