Vale, siderúrgicas e bancos seguem rali; Petrobras zera ganhos

Confira a atualização dos principais destaques de ações da Bovespa nesta quarta-feira

Paula Barra

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11h15: Equatorial (EQTL3, R$ 35,91, +2,72%)
A companhia de eletricidade Equatorial Energia teve lucro líquido de R$ 80 milhões no terceiro trimestre ante resultado positivo um ano antes de R$ 282 milhões. A empresa teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) societário consolidado de R$ 365 milhões no período, queda de anual de 18,9%.

Para o Credit Suisse, o resultado foi bom, com Ebitda muito acima das expectativas, apesar dos volumes terem desacelerado muito. No trimestre, os analistas ressaltaram que o destaque foi a recuperação relevante da Celpa, que teve um resultado desastroso no trimestre passado, mostrando que o segundo trimestre foi realmente impactado pela proximidade com a revisão tarifária e que o case de “turnaround” do ativo continua. 

11h05: Marcopolo (POMO4, R$ 2,07, +5,08%)
A fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo teve lucro líquido de R$ 8 milhões no terceiro trimestre, queda de 86% sobre sobre o resultado positivo obtido um ano antes. A produção da empresa despencou 49%, para 2.601 ônibus, entre julho e setembro. 

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Segundo o Credit Suisse, o resultado foi fraco, refletindo o difícil ambiente para o setor automotivo no Brasil. No entanto, a resiliência do Ebtida veio como uma surpresa positiva, já que os analistas estavam esperando queda na margem. As perspectivas para a venda de onibus continua desafiador, reforçada pelos dados da Fenabrave de outubro que mostraram mais deterioração. 

O resultado foi divulgado no mesmo dia em que a companhia informou que está mantendo tratativas para incorporar os 55% restantes da rival Neobus, em uma operação em ações avaliada em cerca de R$ 30 milhões segundo os preços de fechamento desta terça-feira. A empresa também cancelou mais uma etapa de pagamento de juros sobre capital próprio a acionistas.

10h55: Multiplus (MPLU3, R$ 35,39, +1,20%)
A Multiplus, empresa de programas de fidelidade controlada pela TAM, registrou no terceiro trimestre lucro líquido de R$ 144,75 milhões, uma alta de 66,9% se comparado com o mesmo período de 2014. Já a receita líquida subiu 20,5% para R$ 384,5 milhões, enquanto a receita bruta avançou 21,3% para R$ 649,145 milhões. Os pontos emitidos entre julho e setembro recuaram 9,6%, enquanto os resgates cresceram em 2%.

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Segundo o BTG Pactual, o resultado veio forte, com lucro impactado positivamente por um resultado financeiro robusto. O banco reiterou recomendação de “compra” da ação. 

O Credit Suisse também ressaltou que os números foram fortes, mas trouxeram incertezas, como: a sustentabilidade da combinação de altas taxas de burn-earn (total de pontos acumulados no período sobre o total de pontos resgatados) com alto breakage (receita dos pontos expirados e não resgatados); depreciação do real começando a pressionar o crescimento de emissão de pontos para parceiros financeiros; aumento na diferença entre os preços da Multiplus e Smiles, em que a Multiplus está com preços 27% maiores do que a concorrente. Na Bolsa, as ações da sua concorrente Smiles (SMLE3) disparam 6,23%, a R$ 32,38 – na maior alta do Ibovespa.

10h50: BR Malls (BRML3, R$ 12,46, +3,83%)
Segundo informações do Valor, a BR Malls está em negociação para vender shoppings que integram a carteira da holding da empresa, enquanto a área de shoppings da Cyrela Commercial Properties (CCPR3) sondou empresas para negociar a venda de ativos da carteira ou buscar sócias, em conversas correndo desde o ano passado. 

10h45: Valid (VLID3, R$ 45,79, +3,50%)
A Valid fechou o terceiro trimestre do ano com crescimento de receitas e Ebitda, e um lucro relativamente estável. No período, a companhia viu sua receita crescer 31,7%, para R$ 451,3 milhões em relação ao igual período de 2014. Na mesma comparação, o lucro líquido ajustado teve queda de 1,8%, para R$ 43,5 milhões e o Ebitda ajustado cresceu 5%, para R$ 82,2 milhões. 

Segundo o Goldman Sachs, o balanço da companhia veio forte, guiado por melhores volumes fora do Brasil combinado com aumento do ticket médio no País e exterior. O banco reiterou recomendação de compra das ações, com preço-alvo de R$ 61,25 por ação.

10h40: TIM (TIMP3, R$ 8,68, +1,05%)
A companhia de telefonia TIM Participações reportou um lucro líquido de R$ 356,47 milhões no terceiro trimestre, ficando praticamente estável com os R$ 348,33 milhões de um ano antes. Apesar disso, a receita líquida da companhia recuou 15,2%, passando de R$ 4,85 bilhões para atuais R$ 4,12 bilhões. Já o Ebitda teve leve queda de 2,7%, atingindo os R$ 1,30 bilhão, contra R$ 1,33 bilhão no mesmo período de 2014. 

Segundo o Credit Suisse, a TIM entregou um trimestre fraco, com receita de serviços declinando em ritmo mais forte em relação ao ano anterior e com crescimento de Ebitda no campo negativo mesmo com um grande esforço de corte de custo. 

“Com a pressão do cenário macroeconômico, o atingimento de um nível próximo à saturação no número de linhas de voz no país e a substituição acelerada de voz por dados e mensagens, confirmamos a nossa previsão quanto ao início de um processo significativo de consolidação no número de múltiplos SIM cards pré-pagos”, disse o CEO da companhia, Rodrigo Abreu.

10h29: Cetip e BM&FBovespa
As ações da Cetip (CTIP3, R$ 37,30, +0,95%) renovam máxima histórica e BM&FBovespa (BVMF3, R$ 12,71, +2,50%) segue rali depois de notícias de que as companhias negociam uma fusão. Ontem, no entanto, a Cetip informou que são “inverídicas” informações publicadas pela imprensa de que a companhia está em negociações avançadas com a BM&FBovespa e que uma fusão das duas empresas deverá ser anunciada em breve. 

O comunicado veio depois da Cetip ter divulgado no início da terça-feira uma mensagem curta ao mercado afirmando apenas que foi contatada pela BM&FBovespa para “iniciar tratativas visando a alguma negociação entre as companhias”, mas que não existia até então “qualquer proposta sobre os termos e condições de uma eventual associação”. Ontem, as ações da Cetip e BM&FBovespa dispararam 8,36% e 8,77%, respectivamente, em meio à possibilidade de fusão.

10h28: Petrobras (PETR3, R$ 10,55, 0,0%; PETR4, R$ 8,45, -0,35%)
As ações da Petrobras perdem força e viram para queda, depois de ter disparado 10% na véspera com a arrancada do petróleo. Nesta sessão, o petróleo brent era negociado acima de US$ 50 o barril, com o mercado atribuindo o movimento à greve de trabalhadores da estatal brasileira. 

A Petrobras estima que a greve de trabalhadores da estatal reduzirá em 8,5% a produção de petróleo do país na terça-feira e que 13% de gás deixará de ser disponibilizado na comparação aos níveis de produção diária anteriores à paralisação. O movimento coordenado pelas entidades sindicais interrompeu ou reduziu a produção de petróleo em diversas plataformas desde domingo. A Petrobras garantiu que não há previsão de desabastecimento de combustíveis no mercado.

Anteriormente, o Sindipetro-NF havia estimado que a greve reduziu a extração em 500 mil barris de petróleo entre domingo e segunda-feira, o equivalente a cerca de 25% da produção diária da estatal. Em relação ao impacto na segunda-feira, a Petrobras disse que houve queda de produção de 273 mil barris de petróleo, o que corresponde a 13% da produção diária no país.

Além da greve, a companhia anunciou ontem a renúncia de Clóvis Torres ao cargo de conselheiro suplente de Murilo Ferreira, presidente do conselho da estatal que pediu licença do cargo em setembro. Clóvis também renunciou à presidência do conselho da BR Distribuidora.

10h08: Vale e siderúrgicas
As ações da Vale (VALE3, R$ 18,19, +2,48%; VALE5, R$ 14,79, +2,71%)  e siderúrgicas Usiminas (USIM5, R$ 3,04, +3,75%), Gerdau (GGBR4, R$ 6,04, +2,72%) e CSN (CSNA3, R$ 5,33, +5,34%) seguem disparada de ontem, em meio a notícias vindas da China. O governo chinês anunciou seu plano de 5 anos para estimular a economia local. O Banco Central chinês, sem intenção, acabou impulsionando a alta das bolsas asiáticas ao divulgar plano já existente há 5 meses de ligação entre as bolsas de Xangai e Hong Kong previsto para começar em 2015.