Vale projeta queda de dívida este ano; Braskem nega conversão de ações e mais notícias no radar

Confira as principais notícias corporativas da noite desta quarta-feira (20)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo da noite desta quarta-feira (20) chama atenção o relatório de projeções publicado pela Vale, enquanto a Ultrapar realocou seu orçamento de olho em futuros negócios para a Ipiranga. Confira os destaques:

Vale (VALE3; VALE5)
A mineradora Vale divulgou uma apresentação em que projeta que deve fechar o ano com dívida líquida entre US$ 14 bilhões e US$ 16 bilhões, ante US$ 22,1 bilhões registrados ao final do segundo trimestre. Segundo a empresa, a desalavancagem, que tem sido feita por meio de desinvestimentos e cortes de despesas, entre outros, é uma alavanca importante para impulsionar a revalorização da Vale.

De acordo com a apresentação, a Vale está adotando medidas para melhorar a realização de preços do minério de ferro, que devem resultar em ganho adicional de US$ 400 milhões a US$ 600 milhões no Ebitda ajustado do segundo semestre de 2017.

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A empresa afirmou ainda que a geração de fluxo de caixa livre será forte o suficiente para dar a opcionalidade de distribuição de dividendos, além de reduzir a dívida. Para 2017, a companhia manteve a estimativa de Capex de US$ 4,2 bilhões , ante US$ 5,5 bilhões em 2016. A empresa projetou ainda investimentos de US$ 3,5 bilhões a US$ 4 bilhões em 2018 e de US$ 3,2 bilhões a US$ 3,7 bilhões em 2019.

Ultrapar (UGPA3)
O conselho de administração da Ultrapar aprovou um orçamento adicional de investimento em 2017 de R$ 355 milhões para oportunidades de expansão da Ipiranga. Foi aprovada ainda a realocação da verba de R$ 123 milhões, originalmente destinada a aquisições pela Ultrapar, para compor o investimento total das atividades operacionais da Ipiranga em 2017.

Braskem (BRKM5)
A Braskem divulgou um comunicado ao mercado para comentar os rumores de que iria anunciar em breve uma decisão de converter suas ações preferenciais em ordinárias. Segundo a companhia, ela está constantemente analisando operações que tenham o potencial de agregar valor à empresa, mas que não existe, até o momento, nenhum estudo aprofundado acerca da alegada reestruturação acionária.

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Sabesp (SBSP3)
A IFC (International Finance Corporation) foi contratada pela Sabesp para realizar estudos de capitalização. Para auxiliá-lo no processo, o IFC contratou o Banco Itaú BBA, segundo esclarecimento da compahia. “A Companhia não teve participação no processo de contratação deste consultor, ou de quaisquer outros consultores que o IFC tenha contratado ou venha a contratar para auxiliá-lo no projeto”, diz o comunicado.

A Sabesp afirma, ainda, que a estrutura de implementação da holding ainda não foi definida e, por isso, não há estimativa de montante envolvido na venda de participação ou capitalização.

SulAmérica (SULA11)
O conselho de administração da SulAmérica aprovou a emissão de até R$ 500 milhões em debêntures simples, não conversíveis em ações, em oferta pública com esforços restritos.

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A operação será feita em duas séries, com vencimentos em outubro de 2022 e de 2024, e a remuneração será definida em procedimento de bookbuilding. A primeira série, de 2022, terá remuneração limitada a 108% do CDI, enquanto na segunda série o teto será 110% da taxa de referência.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.