Vale pode ter dificuldade operacional, Gol vai ajustar voos, Yduqs tem queda na receita e alta no lucro; veja mais destaques

Confira os destaques corporativos desta sexta-feira

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – A temporada de balanços prossegue nesta sexta-feira. Na noite de ontem, a Yduqs, segundo maior grupo de educação privada do país, publicou balanço e informou um lucro líquido de R$ 684,4 milhões em 2019, uma expansão de 6,1% sobre o ano anterior.

A operadora de planos de saúde Qualicorp (QUAL3) e a Kepler Weber (KEPL3) também divulgaram balanços. Taesa (TAEE11) e Light (LIGT3) publicam os resultados de 2019 na manhã de hoje.

Além disso, a mineradora Vale e a empresa aérea Gol fizeram anúncios importantes. Confira:

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Vale (VALE3)

A Vale informou que pode enfrentar dificuldades operacionais relacionadas à força de trabalho e pode ter que adotar medidas de contingência ou eventualmente suspender operações por conta da pandemia de coronavírus, segundo comunicado ao mercado.

A empresa depende de uma extensiva cadeia de logística e de fornecedores que inclui Ásia e Europa; todas as viagens de negócios e eventos não-essenciais foram cancelados ou postecipados até novas orientações.

“Em escritórios em países onde a covid-19 tem apresentado um impacto mais severo, a Vale implementou a rotina de trabalho remoto (home office)”, disse a companhia.

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Gol (GOLL4)

A Gol informou que a programação de voos será ajustada para garantir equilíbrio entre o novo cenário de demanda e a qualidade e amplitude da nossa malha aérea, em meio à queda das viagens por conta do coronavírus.

Yduqs (YDUQ3)

A Yduqs (YDUQ3), o segundo maior grupo de educação privada do Brasil, reportou um lucro líquido de R$ 684,4 milhões em 2019. Segundo a empresa, o lucro avançou 6,1% sobre 2018. Houve uma pequena queda no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), que recuou 1,2% em 2019, sobre 2018, para R$ 1,14 bilhão.

De acordo com a empresa, a queda ocorreu porque a empresa ofereceu descontos maiores em bolsas como uma estratégia para manter alunos. A receita operacional líquida também recuou, 1,5% sobre 2018, para R$ 3,54 bilhões.

A Yduqs conseguiu reduzir as despesas gerais e administrativas em 4,3% no ano passado, para R$ 586 milhões. A empresa informou que distribuirá dividendos de R$ 153,5 milhões aos acionistas, em data a ser definida na próxima Assembleia Geral Extraordinária.

Os investimentos foram de R$ 366,4 milhões em 2019 e envolveram a expansão dos cursos de saúde; novos laboratórios odontológicos; um sistema de digitalização de documentos; e renovação do sistema de ar-condicionado.

Qualicorp (QUAL3)

A administradora de planos de saúde Qualicorp publicou ontem balanço e comunicou um lucro líquido de R$ 66,7 milhões no quarto trimestre de 2019. Houve queda de 30,2% em comparação ao quarto trimestre de 2018.

O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) também recuou no quarto trimestre do ano passado, 47,2%, para R$ 126,4 milhões. A empresa teve um avanço na receita líquida no período, de 8,8% para R$ 521,2 milhões.

O lucro líquido consolidado de 2019 foi de R$ 392,8 milhões, leve queda de 0,6% na comparação com 2018, quando o resultado foi de R$ 395 milhões.

O Bradesco BBI avaliou como positivo o balanço de 2019 divulgado ontem pela operadora de planos de saúde Qualicorp. Segundo o BBI, lucro e receita líquida da operadora vieram acima das projeções no quarto trimestre de 2019 e a Qualicorp ainda tem espaço para entregar uma margem maior aos acionistas. O banco mantém a recomendação “outperform” para a ação QUAL3 e fixa preço-alvo de R$ 50,00 para o papel em 2020, uma alta de 73% sobre os R$ 28,60 no fechamento de ontem na B3.

Kepler Weber (KEPL3)

A Kepler Weber informou em balanço que obteve um lucro líquido de R$ 37,6 milhões em 2019, numa expansão de 354% sobre 2018. A empresa, fornecedora de equipamentos agrícolas e de armazenagem de grãos, informou que sua receita líquida no ano passado cresceu 1,2% para R$ 583 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 144,6% para R$ 92,5 milhões no ano passado – sobre 2018.

LIGHT (LIGT3) 

A Light, distribuidora de energia elétrica no Estado do Rio de Janeiro, passou do lucro para o prejuízo no quarto trimestre de 2019: a empresa fechou no vermelho em R$ 48 milhões. Em igual período de 2018, a Light lucrou R$ 92 milhões. A empresa explicou no seu balanço que o prejuízo ocorreu por causa da deterioração do resultado financeiro, decorrente do fato de parte das dívidas das Light estarem em dólares. No consolidado de 2019, porém, o lucro líquido da empresa cresceu 7,4% para R$ 178 milhões.

O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente avançou 7,9% no quarto trimestre, para R$ 464 milhões. Já o Ebitda ajustado do período (que incorpora a variação cambial) mostra prejuízo de R$ 82 milhões.

A carga fio da Light caiu 1,6% no quarto trimestre de 2019, para 9,7 GHw, principalmente pelo menor consumo dos clientes de siderurgia. Segundo a empresa, a carga fio avançou 1,6% no ano passado, sobre 2018, para 37.3 GHw. A Light fechou 2019 com uma dívida líquida de R$ 6,7 bilhões, que segundo a empresa é administrável, com uma relação dívida líquida sobre Ebitda em 2,9 vezes (2,9X). Em 2018, a relação era de 3,63 vezes (3,63x).

Unidas (LCAM3) 

A Unidas, segunda maior locadora de carros do país, informou um lucro líquido recorrente de R$ 96 milhões no quarto trimestre de 2019, um avanço de 54,2% sobre igual trimestre do ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 331,6 milhões, um crescimento de 20,5% sobre igual trimestre do ano anterior. Os resultados trimestrais mostram um crescimento expressivo, que aconteceu nos aluguéis de carros na rede do varejo e nas vendas de carros semi-novos nas revendas da bandeira.

Os resultados da Unidas, vale lembrar, incluem os da mineira Locamerica, com quem a empresa paulista fez uma fusão em 2018. A empresa publicou balanço com os números atualizados pelo IFRS 16. O lucro líquido recorrente no consolidado de 2019 avançou 75,7% sobre 2018, para R$ 338,1 milhões. Como lado negativo, houve um forte avanço de 25,6% na depreciação em 2019 sobre 2018, para R$ 468,3 milhões. O Ebitda recorrente cresceu 24,4% em 2019 sobre 2018, para R$ 1,26 bilhão. A margem Ebit recorrente caiu a 36,9% em 2019, ante 39,5% em 2018. O endividamento líquido da Unidas-Locamerica avançou 36,8% em 2019 para R$ 2,6 bilhões.

Mas a empresa explicou que como realizou com sucesso uma oferta pública primária e secundária de ações na B3 em dezembro de 2019, fechou o ano com caixa líquido de R$ 2 bilhões, suficiente para cobrir com tranquilidade os vencimentos da dívida por pelo menos três anos. Segundo a Unidas, 97% das dívidas são de longo prazo. A proporção dívida líquida sobre o Ebitda fechou 2019 em 2,08 vezes (2,08x).

Invepar (IVPR3B)

A concessionária Invepar comunicou ao mercado que vendeu a sua participação na Concessionária Rota do Atlântico (CRA), em Pernambuco, para o fundo Monte Equity Partners. A empresa não revelou quanto será pago na transação. A Odebrecht, em recuperação judicial, é sócia da Invepar e do Monte Equity Partners na CRA.

Recomendações

O Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) e das units do Santander Brasil (SANB11) de neutra para outperform (desempenho acima da média) do mercado, após o sell-off das últimas sessões. A equipe de análise avalia que os bancos privados podem ser uma das melhores opções para investidores se protegerem.

“Apesar de ainda enxergarmos problemas estruturais no setor para o longo prazo, com margens financeiras pressionadas por juros baixos e uma queda nas taxas de serviços devido à competição mais acirrada, enxergamos queda limitada às estimativas de deterioração e riscos de alta com valuations atrativos – acreditamos que os bancos privados são defensivos no momento atual e entre as melhores opções para os investidores”, avaliam os analistas.

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