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(Bloomberg) — Vale, a maior exportadora do Brasil, está jogando água fria sob o temor de que a forte retórica do candidato Jair Bolsonaro contra a China possa atrapalhar as relações comerciais entre as duas potências do mercado emergente.
O CEO da empresa, Fabio Schvartsman, disse que Bolsonaro, se eleito, provavelmente terá a chance de se aprofundar no tema e que a questão irá se encaminhar bem.
“O que a China precisa o Brasil tem e o que o Brasil precisa é o que a China tem”, disse ele em um evento no Rio de Janeiro.
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Schvartsman estava respondendo a perguntas sobre o risco de Bolsonaro romper os laços econômicos com a China. Na semana passada, o capitão da reserva disse em uma entrevista de rádio que “a China não está comprando no Brasil, ela está comprando o Brasil” e perguntou se os brasileiros deveriam deixar o país “na mão da China”.
A Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, não tem preferência por quem será eleito presidente em 28 de outubro, disse Schvartsman. Uma vez terminada a eleição, porém, a empresa certamente tentará transmitir ao próximo presidente a importância das relações comerciais com seu parceiro asiático.
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A China, país de maior produção siderúrgica e maior consumidor de minério de ferro do mundo, é o cliente mais importante da Vale, comprando bilhões de dólares da matéria-prima a cada ano.
Recentemente, como a China tem procurado limpar seus céus de poluição, sua indústria de aço deu uma importância ainda maior ao minério de alta qualidade da Vale, gerando enormes prêmios e receita adicional para a mineradora brasileira.