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Com os preços do minério de ferro acima de US$ 100 a tonelada, sustentados por interrupções na oferta, alta utilização de alto-forno e potenciais estímulos na China, o Itaú BBA reiterou recomendação de compra Vale (VALE3) e tem preço-alvo de R$ 75, o que representa um potencial de valorização de 22%. Somado ao rendimento de dividendos estimado em 7% para 2026, o retorno total ao acionista pode atingir 29%. O preço-alvo para o ADR (recibo de ações negociados nos EUA) subiu de US$ 13 para US$ 14.
O banco também elevou em 4% a estimativa de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2026 e projeta um rendimento médio anual de fluxo de caixa livre (FCF), excluindo desembolsos para Mariana e Brumadinho, de 10% entre 2026 e 2028, o que poderia se traduzir em um rendimento médio de dividendos de 7%.

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Em termos de valuation, o BBA vê as ações sendo negociadas com um múltiplo EV/Ebitda (Valor da empresa em relação ao Ebitda) atraente para 2026 de 4,0 vezes.
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No entanto, analistas avaliam que há espaço limitado para dividendos e recompras extraordinários no curto prazo, considerando o potencial aumento da dívida líquida expandida da empresa devido à oferta pública em andamento para as debêntures participativas.
CSN Mineração (CMIN3)
O banco ainda elevou a recomendação de CSN Mineração (CMIN3) de underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para marketperform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro), com preço-alvo passando de R$ 4,80 para R$ 6,50.
A empresa mantém estrutura de capital saudável, mas o BBA projeta geração negativa de fluxo de caixa (FCF) de cerca de R$ 3,2 bilhões entre 2026 e 2028, já considerando a renovação dos acordos de pré-pagamento. Isso se deve principalmente ao intenso investimento (capex) no projeto P15.
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Embora o crescimento estimado de cerca de 40% nos embarques após o P15 possa justificar múltiplos mais altos, o banco considera que o EV/EBITDA de 6,3 vezes para 2026 é elevado demais para sustentar uma visão mais otimista sobre o papel.
Gerdau é preferia em siderurgia
Enquanto isso, analistas ressaltam que a indústria siderúrgica brasileira pode enfrentar um novo ciclo de medidas antidumping, com diversas investigações antidumping se aproximando de decisões finais, incluindo uma decisão importante sobre aço laminado a frio prevista para 18 de novembro.
Apesar desse cenário, o BBA manteve preferência por Gerdau (GGBR4), que seria menos favorecida no novo cenário, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 24, devido à recuperação no Brasil e forte geração de caixa em 2026.
O banco vê uma proposta de risco-retorno atraente, com os resultados de 2026 sustentados pelo forte desempenho nos EUA e uma potencial recuperação no Brasil.
Segundo relatório, essa recuperação é impulsionada pelo início da operação do empreendimento de mineração e pelo ramp- up completo do projeto de HRC em Ouro Branco. A recuperação esperada no Ebitda e os menores desembolsos de capital justificam uma geração de fluxo de caixa livre mais forte (e maior do que a dos concorrentes) em 2026 em comparação ao que a empresa registrou em 2024-2025.