Vale é elevada para compra; Petrobras e mais 8 notícias agitam o radar

Confira os principais destaques corporativos desta quarta-feira

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – O noticiário corporativo aparece movimentado nesta quarta-feira, em meio à temporada de balanços corporativos e recomendações de ações. Ontem, a Petrobras (PETR3; PETR4confirmou para 12 de novembro a divulgação de seu resultado referente ao terceiro trimestre, após o fechamento do pregão.

Na véspera, o conselheiro independente da estatal, Segen Estefen, disse que a estatal não pode fazer política de governo no momento. “Igual a quando estamos no avião, tem primeiro que colocar a máscara em você e, depois, em quem está ao lado. A Petrobras precisa colocar a máscara nela primeiro”, disse a jornalistas no Rio de Janeiro.

Ainda no radar, a Petrobras ameaça cortar fornecimento para a Eletrobras, que continua atrasando pagamentos de uma dívida com a estatal de mais de R$ 11 bilhões, segundo informações do Estado. A empresa de energia elétrica não estaria conseguindo honrar repactuação acertada em agosto deste ano de R$ 3,3 bilhões em dívidas – programadas para serem pagas em 18 parcelas mensais.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Vale
O HSBC elevou a recomendação das ações da Vale (VALE3; VALE5) para compra, com preço-alvo de R$ 22,60, assim como os papéis da Bradespar (BRAP4), holding que detém participação na mineradora, que foram revisados para compra, com preço-alvo de R$ 14,00.  

CCR
A companhia de concessões de infraestrutura CCR (CCRO3) teve queda de 28,6% no lucro líquido do terceiro trimestre na comparação anual, a R$ 247 milhões, em resultado em linha com a média das previsões de analistas e pressionado pelo aumento do custo de sua dívida. 

A companhia obteve melhora no resultado operacional no período, mas o avanço de 67 por cento da despesa financeira, para R$ 365,8 milhões, levou a empresa a divulgar lucro menor. A média das previsões de analistas compiladas pela Reuters apontava lucro líquido de R$ 244 milhões.

Continua depois da publicidade

Segundo o BTG Pactual, o resultado veio em linha, com impacto neutro, mas a recomendação ainda é de compra tendo em visto o cenário de longo prazo para a Selic.

Embraer
O BTG Pactual divulgou relatório analisando o balanço da Embraer (EMBR3) do terceiro trimestre divulgado ontem. A fabricante de aviões teve prejuízo líquido atribuível a acionistas de R$ 387,7 milhões no terceiro trimestre ante resultado negativo um ano antes de 24,3 milhões. Apesar do resultado, a companhia teve alta de 62% na receita líquida do período, para R$ 4,577 bilhões. Segundo o BTG Pactual, o balanço veio melhor do que o esperado e deve seguir para 2016. O banco reiterou compra para as ações.

Bancos
A Moody’s rebaixou a perspectiva dos bancos ABC Brasil (ABCB4), Alfa, BBM e Daycoval (DAYC4) para negativa.  

Ainda no radar dos bancos, o BTG Pactual divulgou relatório hoje apontando que, apesar da desaceleração do crédito, os dados do Banco Central reportados ontem indicam que, em geral, essa deterioração está “sob controle”. 

Papel e celulose
Segundo o BTG Pactual, a demanda segue forte no setor de papel e celulose e indica que os primeiros sinais de piora no verão estão começando a ter fim. Na bolsa, as ações do setor são: Suzano (SUZB5), Fibria (FIBR3) e Klabin (KLBN11) .   

Vendas de ações
A Verde Asset Management, gerida por Luis Stuhlberger, informou ontem que alienou sua participação no Paraná Banco (PRBC4). Segundo informações do site da BM&FBovespa, em 22 de outubro, a Verde Asset tinha 5,64% das ações preferenciais do banco, o que representa 1,93% do capital total da companhia.

General Shopping
O Fundo Fator Energia alienou todas as ações que detinha da General Shopping (GSHP3).

Ontem, a Moody’s afirmou, em nota, que a oferta de aquisição da companhia para seus US$ 250 milhões de bônus perpétuos seniores sem garantia é uma renegociação de dívida, que deve ser entendida como um evento de “default”. Em 22 de outubro, a General Shopping anunciou a conclusão da oferta de aquisição, que, espera-se, deve retirar cerca de US$ 85 milhões do valor de face dos bônus seniores sem garantia. A agência disse, no entanto, que essa constatação não anuncia uma ação de rating de crédito. 

Eztec
Segundo reportagem do Valor com o fundador e presidente do conselho de administração da Eztec (EZTC3), Ernesto Zarzur, a companhia vai desovar estoques e só vai lançar em 2016. Nesta semana, a companhia divulgou seus dados do terceiro trimestre, quando não houve nenhum lançamento, impactando em uma queda de 80% das vendas da construtora na comparação com o mesmo período do ano passado.

(Com Reuters)