Vale cai até 5% após ministério falar em multa de 20% da receita bruta, mas logo ameniza; confira mais destaques

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (1)

Lara Rizério

Vale (VALE3, R$ 46,32, -1,66% )

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Os papéis da Vale passaram por um susto na primeira hora do pregão desta sexta-feira. Oscilando entre leves altas e perdas no início do pregão, os ativos passaram a ter forte queda, de até 5,41%, por volta das 10h30 após a fala do secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal de Oliveira. Minutos depois, contudo, os papéis amenizaram e registram baixa de cerca de 2%. 

Oliveira afirmou que as autoridades brasileiras decidiram investigar a Vale em um processo administrativo no qual a empresa pode sofrer multa de até 20% do faturamento bruto de 2018 caso seja considerada culpada.

Ele pediu a abertura do processo para investigar se houve ação da empresa para dificultar a investigação ou fiscalização do governo em barragens de rejeitos de mineração como Brumadinho, que rompeu em 25 de janeiro. 

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O código de mineração tem um limite de pouco mais de R$ 3 mil para multas, mas o caso da Vale poderia ser enquadrado na Lei Anticorrupção. Nesse caso, se condenada, os valores da penalidade cresceriam exponencialmente e poderiam atingir R$ 25 bilhões – baseado em estimativas preliminares dos dados de 2018. Questionada sobre a investigação e a possível multa, a Vale decidiu não comentar.

MRV Engenharia (MRVE3, R$ 13,73, +1,03% )

A MRV Engenharia, maior operadora do Minha Casa Minha Vida (MCMV) e maior construtora residencial do País, obteve lucro líquido de R$ 191 milhões no 4º trimestre de 2018, crescimento de 5,8% ante o mesmo período de 2017. No acumulado de 2018, o lucro líquido totalizou R$ 690 milhões, expansão de 5,6% em relação a 2017.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 273 milhões (+1,2%) e a margem Ebitda caiu 1,7 ponto porcentual, para 17,9%. No ano, o Ebitda totalizou R$ 988 milhões (+10,8%), enquanto a margem Ebitda caiu 0,5 ponto porcentual, para 18,2%.

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O aumento do lucro da MRV está relacionado à evolução dos lançamentos e das vendas, com diluição das despesas operacionais. A companhia tem conseguido tornar a construção mais rápida pelo uso de formas de concreto no lugar das paredes de tijolo. Além disso, foram registrados aumentos nas receitas de ordem financeira no trimestre.

A MRV fechou 2018 com dívida líquida de R$ 435 milhões, elevação de 15,1% em relação ao fim de 2017. Nesse período, as disponibilidades de caixa recuaram 21,5%, para R$ 2,428 bilhões. Com isso, a alavancagem (relação entre dívida e patrimônio líquido) subiu de 6,5% para 8,9%.

“A nossa visão mais positiva para MRV está lastreada em uma combinação atrativa de maior reconhecimento de receita e uma diluição de custos fixos. O resultado do quarto trimestre já começou a dar sinais positivos nessa linha e acreditamos que a tendência deva continuar nos próximos trimestres”, avaliam os analistas do Credit Suisse. 

Cia. Hering (HGTX3, R$ 31,10, -3,01%)

A sessão é de forte volatilidade para as ações da Cia. Hering, que viu seus papéis passarem de queda de 4% para ganhos de mais de 3% durante o pregão. A companhia viu seu lucro líquido subir 11% no quarto trimestre de 2018, chegando a R$ 95,4 milhões, contra R$ 86 milhões um ano antes. No acumulado do ano, a companhia teve uma queda de 9,2% no lucro, passando de R$ 263,7 milhões em 2017 para R$ 239,5 milhões no ano passado.

Já o Ebitda da companhia teve alta de 9% entre outubro e dezembro, chegando a R$ 88,87 milhões, enquanto no acumulado de 2018 o nível ficou praticamente estável em R$ 259,56 milhões.

Enquanto isso, a receita líquida teve leve recuo, chegando a R$ 447,95 milhões no fim do ano passado, caindo 1,5% no anualizado, para R$ 1,54 bilhão.

“Embora os resultados tenham sido relativamente fracos, os esforços da empresa para fortalecer a marca renderam alguns resultados positivos, principalmente com crescimento das vendas nas mesmas lojas”, ressalta o Bradesco BBI.  Além disso, destacam que uma parte do sell-in mais fraco deve-se ao foco na prevenção do excesso de estoque das franquias, ressaltam os analistas.

Eles também veem positivamente a reestruturação corporativa, com Thiago Hering passando a exercer a função de diretor executivo de negócios, “o que provavelmente dará ao mercado uma confiança adicional de que o ímpeto por trás das iniciativas destinadas a colocar a empresa em um patamar mais forte continuará e potencialmente se acelerará”. Porém, com baixa visibilidade nos resultados, os analistas do banco seguem com recomendação neutra para os ativos. 

Já o Credit Suisse ressaltou que a empresa reportou um resultado morno para o quarto trimestre, mas avalia que a empresa vai se beneficiar da recuperação da economia em 2019, devido principalmente à sua alta exposição para o canal multimarcas (41% do total das vendas).

Sabesp (SBSP3, R$ 29,67, -1,72%)

A Sabesp informou por meio de Fato Relevante que a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) indeferiu os pedidos de reconsideração sobre a segunda revisão tarifária ordinária e de revisão dos cálculos do Fator X, sobre o ajuste compensatório pelo atraso na aplicação da 2ª Revisão Tarifária Ordinária e do cálculo do componente financeiro referente a fundos municipais.

A companhia também informou durante a madrugada desta sexta-feira que havia pedido esclarecimentos sobre motivos que levaram a agência a promover uma “redução significativa” nas projeções finais de investimento da empresa de 2017 a 2020 e requerido uma revisão dos cálculos do Fator X, do ajuste compensatório pelo atraso na aplicação da segunda revisão tarifária e “do cálculo do componente financeiro referente a fundos municipais”.

A companhia informou ao mercado que a Arsesp decidiu aprovar uma nota técnica referente ao pedido de esclarecimentos e revisão, “devendo as correções dos erros e imprecisões apresentadas serem realizadas quando da aplicação do reajuste tarifário anual, em maio deste ano, com índice de 0,8408 por cento, que já contempla a compensação pelo período transcorrido”.

Petrobras (PETR3, R$ 29,62, -0,80%; PETR4, R$ 26,94, -0,44%)

A Petrobras anunciou alta de 1,98% no preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias, válido para esta sexta-feira (1), para R$ 1,6865. O preço do diesel, por sua vez, ficou inalterado em R$ 2,1224, conforme tabela disponível no site da empresa.

Já segundo Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o FIP Sondas e a Petrobras, controladoras da Sete Brasil, receberam uma proposta para vender a empresa de investimentos pelo valor de R$ 1. O Comitê de Investimentos do FIP irá deliberar sobre a proposta no dia 26.

Banco Pine (PINE4, R$ 2,52, -8,36%)

O Banco Pine registrou um prejuízo líquido de R$ 40 milhões no 4º trimestre de 2018, contra lucro de R$ 4 milhões no mesmo período de 2017. O prejuízo contábil no trimestre foi de R$ 75 milhões e o resultado líquido da intermediação financeira foi negativo em R$ 21 milhões. Em dezembro, a carteira de crédito expandida do banco totalizou R$ 4,1 bilhões, um recuo de 33,4%.

Transmissão Paulista (TRPL4, R$ 79,51, +2,99%)

A Transmissão Paulista apresentou um lucro líquido de R$ 708,1 milhões entre outubro e dezembro de 2018, alta de 355,7% em relação ao mesmo período de 2017. A receita líquida cresceu 93,6%, para R$ 1,02 bilhão, enquanto o Ebitda (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em inglês) somou R$ 769,6 milhões (+187,2%).

No acumulado do ano, a companhia apurou um lucro de R4 1,88 bilhão (+37,8%), a receita líquida ficou em R$ 3,2 bilhões (+17,9%) e o Ebitda somou R$ 2,47 bilhões (+20%).

“Apesar dos fluxos de caixa constantes decorrentes da natureza do negócio de transmissão, a tese de investimento da empresa continua sendo a mais arriscada dentre as empresas de transmissão sob nossa cobertura. No entanto, estamos mantendo nosso rating inalterado, pois a dívida da empresa permanece sob controle, levando-nos a acreditar que ela deve manter pagamentos de dividendos generosos”, escrevem os analistas da Brasil Plural.

Multiplus (MPLU3, R$ 26,62, -0,19%)

Está disponível o edital da oferta de aquisição de ações (OPA) para cancelamento de registro e saída do segmento Novo Mercado da Multiplus, lançada pela controladora Latam. O documento se segue à concessão de registro pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) da oferta, inicialmente anunciada em setembro, e informa que o leilão ocorrerá em 1º de abril, ao preço de R$ 27,22 por ação.

Conforme o edital, o preço é de R$ 26,84, após ajustes por pagamento de dividendos (de R$ 0,36 por ação) e juros sobre capital (R$ 0,02 por ação). Ainda assim, o preço da OPA segue acima da faixa indicada no laudo de avaliação, elaborado pelo Credit Suisse, pela metodologia de fluxo de dividendos descontados, de R$ 15,99 por ação.

Portanto, “no julgamento do Ofertante, conforme previsto no artigo 16, inciso I da Instrução CVM 361, o Preço da OPA é justo, pois o preço por ação é superior ao piso da faixa do preço por ação da companhia indicado pelo avaliador no laudo de avaliação”, como consta no edital.

A Latam pretende comprar até a totalidade das ações em circulação, 44.030.136, que são representativas de 27,14% do capital da Multiplus, e 26.552 de titularidade dos administradores, de modo que a OPA pode atingir R$ 1,18 bilhão.

A realização da OPA foi anunciada pela Latam, controladora da Multiplus, em setembro do ano passado. Por causa da perda de market share do programa de fidelidade, o grupo aéreo decidiu não renovar ou estender seu acordo operacional com a Multiplus após o fim de 2024 e propôs a aquisição total das ações ordinárias da empresa, a fim de deslistá-la do Novo Mercado e cancelar seu registro na B3 para administrar internamente o programa.

Copasa (CSMG3, R$ 61,25, -1,13%)

A Copasa fechou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 178 milhões, uma alta de 18% sobre os R$ 150 milhões de um ano antes. Enquanto isso, no acumulado de 2018, a companhia atingiu R$ 578,7 milhões de lucro, contra R$ 560,4 milhões no ano anterior.

A receita líquida da companhia ficou em R$ 4,1 bilhões no ano, 4,4% a mais do que em 2017, quando ficou em R$ 3,9 bilhões. Entre outubro e dezembro, por sua vez, a receita chegou a R$ 1,09 bilhão, alta de 3,3% em um ano.

O Ebitda registrou R$ 399,3 milhões nos três últimos meses do ano, praticamente estável sobe o montante do fim de 2017. Já no acumulado do ano, o valor atingiu R$ 1,4 bilhão, queda de 2% em relação ao ano anterior, quando a empresa registrou Ebitda de R$ 1,5 bilhão.

“O trimestre da Copasa foi positivo e ficou acima das nossas expectativas. O grande destaque foram os custos abaixo do esperado que acabaram ofuscando um volume um pouco mais baixo”, destaca o Credit Suisse. IOs analistas do banco seguem com uma leitura positiva para o papel e acreditam que as margens devem avançar nos próximos trimestres pela combinação de melhores tarifas e volumes em alta.

São Martinho (SMTO3, R$ 19,03, -1,33%)

O Itaú BBA revisou suas estimativas para São Martinho, aumentando o preço-alvo estimado para 2020 para R$ 26/ação (ante R$ 22 em 2019) e mantiveram a recomendação de compra para o papel.  “Vemos a companhia com uma combinação de sólida geração de caixa e crescimento considerável. Além disso, esperamos melhores resultados olhando para frente, impulsionado por melhores preços de açúcar e etanol e uma maior diluição de custos”, escrevem os analistas.

BR Pharma (BPHA3, R$ 1,49, +0,68%)

A BR Pharma, em recuperação judicial,comunicou a suspensão pela Justiça dos procedimentos de venda da rede de drogarias Farmais e, com isso, os leilões que seriam realizados neste mês.

A BR Pharma disse em comunicado que tomou conhecimento ontem da decisão da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. O teor e o efeito da decisão e eventuais medidas cabíveis serão avaliados pela administração da empresa.

(Com Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.