Vale avalia pagar US$ 1 bi em JCP, data do balanço da Petrobras, empresa X e mais no radar

Petrobras diz que publicará balanço dia 22 e esclarece notícia sobre venda de ativos; Santander revisa setor de papel e celulose

Lara Rizério

(Divulgação/Vale)

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SÃO PAULO – Após um início de semana bastante movimentado na Bovespa, o mercado deve seguir agitado com as novidades de grandes empresas. E, em destaque, após muita especulação após a data de divulgação do balanço, a Petrobras (PETR3;PETR4) informou na segunda-feira que seu Conselho de Administração vai se reunir no dia 22 de abril para apreciar as demonstrações contábeis auditadas do 3º trimestre e do ano de 2014, ambas com publicação atrasada em meio a investigações sobre esquema de corrupção envolvendo a estatal.

“A companhia espera divulgar essas demonstrações contábeis ao mercado, após a decisão do Conselho de Administração”, disse em fato relevante. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a PwC já está auditando balanço da Petrobras e, de acordo com informações do Valor Econômico, a companhia pode usar dois tipos de ajustes e as estimativas apuradas indicam um intervalo entre R$ 14 bilhões e R$ 28 bilhões de impacto total. 

E, em esclarecimento sobre notícia de que a Petrobras teria a intenção de vender participação bilionária na petroquímica Braskem, a estatal afirmou no início da noite de ontem que a “carteira de desinvestimento é prospectiva, pois o desenvolvimento das transações dependerá das condições negociais e de mercado”. A estatal afirmou ainda que os ativos a serem vendidos dependem da “análise contínua dos negócios da companhia”.

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Chama a atenção ainda a disputa por uma vaga no Conselho de Administração da estatal. A apresentação de indicação própria pelo Bradesco Asset Management (Bram) para as duas vagas reservadas aos minoritários no conselho de administração da Petrobraspegou de surpresa investidores estrangeiros e brasileiros reunidos na Associação de Investidores do Mercado de Capitais (Amec). O grupo já havia fechado consenso em dois nomes, na semana passada. A Amec e o braço de investimentos do banco Bradesco vão disputar os votos dos acionistas da estatal na assembleia marcada para o dia 29.

Segundo o vice-presidente da Amec, André Gordon, o Bram participou dos encontros nos quais foram escolhidos os nomes de indicação da Amec. “Não sei dizer por que o Bradesco se destacou dos demais. Poderia ter votado conosco ou indicado nomes para serem avaliados. São duas indicações (feitas pelo Bram) que não devem ter problema curricular. A pergunta é: por que um grupo se destacou, resolveu fazer sua escolha individual?”, avaliou Gordon.

Vale
Nesta terça-feira, o conselho de administração da Vale (VALE3;VALE5) deve analisar proposta da diretoria executiva de pagamento da primeira parcela de remuneração mínima aos acionistas, no valor total bruto de US$ 1 bilhão, conforme já anunciado em 30 de janeiro. A remuneração será paga integralmente sob a forma de JCP e refere-se à antecipação da destinação do resultado e reservas de 2015.

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A proposta equivale ao pagamento do valor bruto de US$ 0,194047593 por ação, considerando a quantidade de ações em circulação em 27 de fevereiro. Caso a proposta seja aprovada, a Vale fará o pagamento no dia 30 de abril.

Ambev 
A Ambev (ABEV3) reajustou em 13%, na média, os preços para a aquisição de cevada destinada à produção de malte cervejeiro em 2015, segundo informações do jornal Valor Econômico. Segundo o jornal,  a tabela varia de acordo com a qualidade da matéria-prima, a produtividade, os custos dos agricultores e a distância dos centros de beneficiamento.

Cesp e Taesa
O Morgan Stanley informou à Cesp (CESP6) que atingiu uma fatia de 6,6% das ações PN classe B. As posições consolidadas das subsidiárias do Morgan contemplam 3.622.910 ações adquiridas e 14.464 ações alienadas.

Já o Santander reduziu a participação na Taesa (TAEE11) para 4,95% do capital.

Klabin, Suzano e Fibria
O Santander revisou o setor de papel e celulose, com a Klabin (KLBN11) sendo rebaixada de compra para manutenção pelo banco, enquanto o preço-alvo foi elevado de R$ 18 para R$ 20. Já a Fibria (FIBR3) tem recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado), enquanto o preço-alvo foi elevado de R$ 26 para R$ 40. Já a Suzano (SUZB5) teve a recomendação elevada de mautenção para compra, enquanto o preço-alvo subiu de R$ 10,50 para R$ 17,00. 

Kroton
O presidente da Kroton Educacional (KROT3), Rodrigo Galindo, afirmou na segunda-feira, 13, que a empresa espera finalizar a venda da Uniasselvi até o mês de setembro. “Está em processo avançado, esperamos concluir em junho a assinatura e em agosto ou setembro o fechamento do negócio”, afirmou antes de participar do Fórum da Liberdade, na capital gaúcha. A Kroton foi obrigada a se desfazer deste ativo após a fusão com a Anhanguera, por exigência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Galindo não adiantou os valores que vêm sendo negociados, mas disse que o processo envolve “vários players” nacionais e internacionais. “Estamos na penúltima fase. A negociação está avançada e competitiva, o que nos dá um conforto de que faremos uma boa venda”, disse.

Marfrig
De acordo com informações da Bloomberg, a Moy Park, da Marfrig (MRFG3), pretende captar 100 milhões de libras, a uma taxa de 6,55%. Segundo pessoa familiarizada com o assunto, que não está autorizada a falar publicamente e pediu para não ser identificada, os recursos serão usados para fazer distribuição de dividendos e habilitar a companhia a pagar algumas dívidas e despesas gerais. 

MMX e Eneva
A MMX (MMXM3) informou na segunda-feira que assinou distrato de contratos de fornecimento de energia elétrica acertados com a comercializadora da Eneva (ENEV3), que pagará à mineradora 40 milhões de reais. O fornecimento havia sido acertado por 15 anos a partir de janeiro do ano passado.

“As administrações da MMX e da Eneva entendem que a celebração do distrato nas condições pactuadas reflete uma alternativa equilibrada e necessária a fazer frente às situações atuais das companhias”, afirmou a MMX em comunicado ao mercado.

A MMX informou em outubro passado que a controlada MMX Sudeste entrou com pedido de recuperação judicial seguindo o mesmo caminho de outras empresas do empresário Eike Batista e a Eneva, antiga MPX, teve plano de recuperação aprovado em fevereiro.

OSX
Falando em ex e atuais empresas do grupo EBX, de Eike Batista, o empresário teve prazo postergado em processo relacionado à OSX Brasil (OSXB3) pela CVM.  A CVM postergou para 25 de maio o prazo de defesa em processo que apura eventual responsabilidade de Eike Batista e Luiz Eduardo Carneiro, segundo despacho publicado no Diário Oficial.

 O processo refere-se à competência de o conselho de administração fiscalizar gestão de diretores e examinar livros e papéis da companhia e também sobre manifestação sobre contas da diretoria.

Triunfo
O tráfego de veículos em rodovias administradas por concessionárias da Triunfo (TPIS3) Participações caiu 5,5 por cento no primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, informou a companhia nesta segunda-feira.

A redução foi impactada por quedas de tráfego em todas as rodovias administradas pela empresa, com destaque para recuo de quase 15 por cento no volume de veículos que transitaram pela Concer, que opera 180,4 quilômetros de estrada entre os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Segundo a Triunfo, a queda da Concer já era esperada devido à mudança de praça de pedágio, e parte da queda foi compensada por reajuste de 12,5 por cento aprovado em agosto passado.

General Shopping
A controlada da General Shopping (GSHP3) Levian Participações e Empreendimentos celebrou contrato com Zahav Empreendimentos Imobiliários para alienar 100% do imóvel do Shopping Light, segundo comunicado.

 

O valor é sujeito a ajustes previstos no compromisso de compra e venda. “Operação somente será consumada após o cumprimento de determinadas condições precedentes comuns a este tipo de operação previstas no Compromisso de Compra e Venda, incluindo a extinção de direito real de uso sobre o Imóvel atualmente detido pelo Consórcio Shopping Light, do qual participa a própria Levian”. 

“Caso as condições precedentes previstas no Compromisso de Compra e Venda venham a se verificar e a operação acima referida seja consumada, a Companhia deixará de deter qualquer participação direta ou indireta no Imóvel e no empreendimento comercial denominado Shopping Light”.

(Com Agência Estado e Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.