Vale anuncia venda de planta de níquel, Carrefour é excluído de índice de governança, IPO da Rede D’or e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quarta-feira (9)

Equipe InfoMoney

(Divulgação)

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O grupo de hospitais Rede D’Or São Luiz precificou na terça oferta inicial pública de ações em R$ 112,5 bilhões, o maior valor de uma empresa brasileira desde 2013. Assim, o grupo fica entre as 10 empresas mais valiosas da B3, à frente o Banco do Brasil.

Após o assassinato de um homem negro por espancamento em uma unidade em Porto Alegre, o Carrefour Brasil foi retirado pela S&P Dow Jones Indices de um índice que reúne ações de empresas comprometidas com boa governança.

Já a Vale anunciou a venda de sua planta de níquel na Nova Caledônia a um consórcio neocaledônio e internacional, com participação da empresa Trafigura, que comercializa matérias-primas, o que gerou uma forte oposição do movimento independentista.

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Veja mais destaques do noticiário corporativo:

Vale (VALE3)

A Vale informou na terça à noite que sua subsidiária Vale Canada assinou um acordo vinculante de opção de venda de sua participação na planta de níquel na Nova Caledônia. A Vale afirma que uma reserva de US$ 500 milhões destinadas à proposta, com execução prevista para o primeiro trimestre de 2021, será incluída em suas demonstrações financeiras consolidadas.

A Nova Caledônia é um arquipélago no sul do Oceano Índico, pertencente à França. Em novembro, a Vale havia anunciado um período de exclusividade para negociações com um consórcio formado em uma nova empresa chamada “Prony Resources”. A empresa é apoiada pelas autoridades de França e Nova Caledônia, e liderada pela atual administração e funcionários da Vale Nouvelle-Calédonie. A Trafigura é acionista minoritária.

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“A Vale e todos os envolvidos no processo de desinvestimento – incluindo a Província do Sul da Nova Caledônia, o Estado francês e os funcionários e a administração da VNC – podem se orgulhar do fato de que esses esforços produziram um resultado tão positivo”, destacou Mark Travers, diretor executivo de metais básicos da Vale, em comunicado ao mercado.

A Vale afirma que a transação está sujeita a consulta ao conselho de trabalhadores da Vale Nouvelle-Calédonie, aprovações pelas autoridades de Nova Caledônia e França, entre outras.

O Credit Suisse disse avaliar a venda da Vale Nouvelle-Calédonie como positivo para a Vale, já que se trata de um ativo que foi, historicamente, desafiador e de alto custo de gestão, gerando Ebitda negativo nos últimos 5 anos, de US$ 128 milhões negativos em média por ano.

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O acordo representa um passo importante para a Vale, no sentido de reduzir sua perda de recursos, já que a alternativa seria continuar a pagar pela manutenção do ativo nos próximos anos. Segundo o banco, a Vale vinha buscando formas de deixar o negócio há tempos, e concordou em contribuir com US$ 500 milhões para dar suporte à transição.

O banco avalia que o preço do minério de ferro e a produção da Vale devem continuar atrativos em 2021. O Credit mantém avaliação em outperform para a Vale, com perspectiva de ganhos atrativos no futuro, com perspectiva de reavaliação dos papéis e mantém preço-alvo de US$ 18 para os papéis da Vale negociados na Bolsa de Nova York, frente os US$ 16,19 atuais.

Ainda no radar, a Vale tem nova audiência nesta quarta-feira sobre Brumadinho. Em meados de novembro, o governo de Minas Gerais e instituições do sistema de Justiça não aceitaram proposta financeira da mineradora para um acordo global relacionado a reparações pelo desastre de janeiro de 2019.

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Rede D’or

O grupo de hospitais Rede D’Or São Luiz precificou na terça-feira oferta inicial de ações a R$ 57,92 por papel, no maior IPO de uma companhia brasileira desde 2013, de acordo com informações no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A operação avalia o grupo em R$ 112,5 bilhões , o que o coloca entre as 10 empresas brasileiras com maior valor de mercado listadas na B3, à frente do Banco do Brasil. A faixa de preço estimada para o IPO era de R$ 48,91 a R$ 64,35 por papel.

A empresa de private equity Carlyle e o fundo soberano de Cingapura GIC, foram vendedores na oferta secundária, que movimentou R$ 2,95 bilhões. O início das negociações dos papéis no segmento Novo Mercado da B3 está previsto para a quinta-feira com o código “RDOR3”.

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A companhia deve usar R$ 8,44 bilhões da oferta primária para construir novos hospitais, expandir unidades existentes, além de comprar ativos que permitam desenvolver novas linhas de negócios.

Com 51 hospitais no Brasil, a Rede D’Or foi fundada em 1977 por Jorge Moll Filho como um laboratório. A família Moll ainda controla o grupo. Veja mais clicando aqui. 

Carrefour Brasil (CRFB3)

A S&P Dow Jones Indices excluiu o Carrefour Brasil de um índice que reúne ações de empresas comprometidas com boa governança e padrões mais rígidos de postura social e ambiental. A medida ocorre semanas após a morte de um homem negro em uma loja do grupo em Porto Alegre (RS), após ter sido espancado por seguranças que atuavam na unidade.

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Notre Dame (GNDI3)

A Notre Dame Intermédica anunciou a aquisição do hospital Lifecenter, em Belo Horizonte (MG), por R$ 240 milhões, equivalente a aproximadamente R$ 1,2 milhão por leito. O valor será pago à vista, descontado o endividamento líquido e uma parcela retida para contingências.

O Hospital Lifecenter opera uma estrutura de alta complexidade com 205 leitos, sendo 40 de UTI, 13 salas cirúrgicas e 12 consultórios de pronto socorro, além de ressonância magnética, tomografia, ultrassonografia, endoscopia, radiografia e laboratório de análises clínicas. Em 2019, o Hospital Lifecenter apresentou faturamento líquido de R$ 153,9 milhões.

De acordo com o comunicado da Notre Dame Intermédica, o hospital está entre as instituições mais reconhecidas de Belo Horizonte, certificado pela Joint Comission International (JCI) e ONA3. A companhia passará a deter, de forma indireta, 100% das ações do Hospital Lifecenter.

O plano de integração prevê sinergias operacionais e administrativas com as demais operações adquiridas no Estado de Minas Gerais, em especial Belo Horizonte, afirma a Notre Dame, e irá aumentar a oferta comercial de produtos de planos de saúde GNDI verticalizados na região, segundo informou a empresa em nota. A consumação da Transação está sujeita à aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O Credit Suisse afirmou que a aquisição do Hospital Lifecenter em Belo Horizonte pela Notre Dame é positiva. A empresa gastou o equivalente a R$ 1,2 milhão por leito, em meio ao aumento da competição por hospitais. O banco diz que o hospital serve a vários tipos de clientes, incluindo os de maior poder aquisitivo, e afirma que está entre os dez melhores da microrregião.

PetroRio (PRIO3)

A PetroRio divulgou seus dados operacionais do mês de novembro, quando produziu 27.293 barris de óleo equivalente por dia (boepd), ante 30.942 boepd em outubro, uma queda de 11,8%.

Em relação ao mês anterior, a maior queda na produção ocorreu no campo de Polvo, de 9.049 para 6.391 boepd, recuo de 29,3%. Segundo explica a PetroRio em comunicado, a produção em Polvo foi impactada por um vazamento na caldeira do terminal, o que provocou a interrupção das atividades por nove dias.

Houve queda também na produção no campo de Frade, onde a PetroRio tem participação de 70%, de 12.331 para 11.654 boepd. Em Tubarão Martelo, a produção caiu de 7.369 para 6.919 boepd. Houve aumento somente no campo de Manati, onde a companhia tem fatia de 10%, de 2.193 para 2.330 boepd.

As vendas de óleo pela PetroRio totalizaram 906.375 barris em novembro, ante 993.619 barris em outubro.

Ômega Geração (OMGE3)

A Omega Geração concluiu a aquisição de 50% das ações dos Complexos Eólicos Ventos da Bahia 1 e Ventos da Bahia 2, atualmente detidos pela EDF Renewables do Brasil. Os dois complexos eólicos têm capacidade de geração de 182,6 megawatts.

O valor final da operação foi de R$ 680,3 milhões (R$ 661,7 milhões, ajustado pelo capital de giro), dos quais R$ 360,5 milhões foram pagos em caixa e R$ 319,8 milhões assumidos em endividamento líquido.

“Os valores mencionados poderão sofrer ajustes em função de diferenças de endividamento líquido e capital de giro dos ativos entre a projeção para a data do fechamento e o balanço efetivo da data de fechamento”, afirmou a companhia.

Qualicorp (QUAL3)

A Qualicorp Consultoria e Corretora de Seguros informou na terça que fechou, junto com a subsidiária Qualicorp Administradora de Benefícios, a aquisição de contratos de planos privados de planos de saúde celebrados entre a Muito Mais Saúde Administradora de Benefícios e as operadores da planos de saúde Grupo Notre Dame Intermédica, Assim Saúde e Amil.

O negócio tem valor de R$ 176 milhões, e foi celebrado com a Muito Mais Saúde Administradora de Benefícios e com a Soma Corretora de Seguros. A Qualicorp adicionará a seu portfólio cerca de 55 mil novos clientes, no segmento coletivo por adesão, localizados nos Estados de Rio de Janeiro e de São Paulo e atendidos pelas operadoras.

BRF (BRFS3)

A BRF comunicou na terça que criou uma vice-presidência de relações institucionais, reputação e sustentabilidade, que se tornará efetiva a partir de 2021, e será liderada por Grazielle Tallia Parenti. A executiva ocupa, desde 2019, o cargo de diretora de relações institucionais na BRF.

Segundo a BRF, Parenti é formada em administração de empresas na FGV, com MBA com ênfase em marketing pela FIA e pós graduação em políticas públicas na FGV. Ela tem mais de 25 anos de experiência na indústria de alimentos, com passagem pela Diageo e Mondelez. Ela acumula os cargos de presidente da Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), diretora do Instituto BRF e é membro de conselhos de administração de “diversas associações de classe”.

Na terça, a BRF divulgou seu plano de crescimento para os próximos dez anos. A empresa afirmou que pretende dobrar seu lucro Ebitda até 2023, e mais do que triplicá-lo até 2030, levando a valorização de seus papéis acima da média do mercado na terça.

O Bradesco BBI afirma que o anúncio marca uma mudança do foco da BRF em reestruturação para crescimento, o que pode melhorar a avaliação de investidores sobre seus papéis. O banco diz acreditar que, caso a empresa seja capaz de efetivar seu plano de investimentos, há espaço para valorização relevante das ações.

O Bradesco diz avaliar que o segmento de comida processada deve ganhar nos próximos trimestres espaço nos negócios da empresa, em comparação com o de comida fresca. Isso pode levar a uma reavaliação do rating (classificação) das ações.

No momento, o banco manteve avaliação das ações em outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado, e não alterou o preço-alvo, de R$ 28, frente os R$ 23,13 atuais, por avaliar que é necessário obter mais informações sobre os principais pontos a levarem crescimento, e as oportunidades de aquisição da empresa.

O Credit Suisse avaliou que o plano apresentado pela BRF em seu dia do investidor é “ousado”, com foco em refeições prontas, carne vegetal e suína, que devem crescer entre as vendas da empresa. O

As vendas entre 2027 e 2030 devem atingir R$ 100 bilhões, e o lucro Ebitda deve crescer 3,5 vezes, a R$ 17,2 bilhões. Neste cenário, a margem Ebitda deve se manter acima de 15%, e a margem líquida deve ficar acima de 6%. O retorno sobre capital investido deve se elevar a 16%.

Segundo o Credit Suisse, esse desempenho deve ser impulsionado por investimentos “agressivos”, de R$ 55 bilhões em dez anos. A primeira fase deve ter capex de R$ 6 bilhões ao ano, três vezes mais alto do que o dos últimos cinco anos.
A empresa pretende crescer 25% no mercado internacional ao ano nos próximos seis anos. No mercado nacional, espera crescer 8% ao ano no período.

O Credit Suisse afirma que a empresa apresentou planos ambiciosos de crescimento no mercado internacional no passado, mas sem o sucesso pretendido, o que o torna cético quanto à promessa mais recente. No mercado doméstico, a empresa deve enfrentar o provável fim do auxílio emergencial.

O banco diz avaliar que os desafios de crescer no mercado internacional e ampliar a participação da comida processada nos negócios não são tarefas simples, especialmente com os desafios esperados em 2021. Por isso, mantém avaliação neutra para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 22, frente os R$ 23,13 atuais.

TIM (TIMS3), Oi (OIBR3) e Vivo (VIVT3)

O Bradesco BBI diz avaliar que há um cenário positivo para as empresas brasileiras de telecomunicações, com o crescimento da conexão de internet FTTH (sigla em inglês de da fibra ao lar), em que a conexão de internet é fornecida por meio de um cabo de fibra óptica que vai do operador até o cliente. É uma internet mais rápida e segura.

O banco avalia que a Oi deve ter aumento de receita com a expansão da rede FTTH, com adição de 140 mil lares por mês. O plano da empresa é atingir 14 milhões em 2021. A Oi também se beneficia de uma receita média por unidade maior do que o esperado, o que pode levar a aumento de 9% na receita em 2021. O banco espera que o plano de recuperação judicial se encerre em 2021, e o Ebitda cresça 31% no ano. Isso deve levar mais investidores a buscarem as ações na B3. O banco mantém preço-alvo de R$ 3,40, frente os R$ 2,33 atuais.

Leia mais: Afinal, a Oi vai se recuperar? Veja por que os leilões e a fibra óptica podem redimir a operadora

A TIM teve queda de 6% em sua base de clientes no ano até o momento, com, no entanto, aumento da receita por unidade. O Bradesco espera que a receita cresça 5,4% em 2021. A TIM Live deve ter crescimento de 27% em 2021, na previsão do banco, compensando pela retração em 11% de outros serviços. O Bradesco espera que o lucro Ebitda cresça 6,3% em 2021. E que a conclusão da venda da TIM Live ocorra no primeiro trimestre de 2021. O banco mantém preço-alvo de R$ 19,5, frente os R$ 14,27 atuais.

O banco avalia que a Vivo mantém um bom crescimento de usuários, que deve impulsionar o faturamento. O Bradesco espera que a base de clientes de celular cresça 5% em 2020 o que, junto ao ao ajuste da inflação e dos preços de pré-pagos, deve impulsionar o faturamento com serviços em 2,2% em 2021, na avaliação do banco. Com a propagação da FTTH em substituição a outras tecnologias, a receita com banda larga deve crescer 13% em 2021, atingindo cerca de 11% da receita total. O Bradesco mantém preço-alvo de R$ 61, frente os R$ 44,31 atuais.

Cedae

Em evento on-line organizado pelo Instituto Trata Brasil, o diretor de Infraestrutura, Concessões de PPPs do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Fábio Abraão, afirmou que o banco está “correndo contra o tempo” para viabilizar leilão de concessão da distribuição da água e coleta e tratamento de esgoto em 47 dos 64 municípios atendidos pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), do Rio de Janeiro.

Na terça, o Ministério de Minas e Energia afirmou que o Brasil deve realizar quatro leilões para contratação de novos projetos de geração de energia em 2021, além de um certame para modernizar usinas térmicas existentes, após ter cancelado licitações previstas para este ano devido a incertezas associadas à pandemia de coronavírus.

(com informações da Agência Estado, Bloomberg e Reuters)

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