Ações de bancos e elétricas caem com proposta de taxação de dividendos; Banco Inter, Vale e só mais 5 ações sobem no Ibovespa

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (25)

Lara Rizério

Fonte: Divulgação

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SÃO PAULO – Após operar em estabilidade durante a manhã, o Ibovespa engatou forte queda na tarde desta sexta-feira (25), com apenas sete das 84 ações que fazem parte do índice registrando alta.

Entre elas estiveram as units do Banco Inter (BIDI11, R$ 70,00, +1,16%), que chegaram a avançar 4,19% na máxima do dia, mas amenizaram a alta. A instituição financeira anunciou ter levantado R$ 5,5 bilhões em oferta de ações.  O preço por unit foi fixado no valor de R$ 57,84  e o preço por ação foi fixado em R$ 19,28.

O follow-on tem a StoneCo como investidor âncora, com o compromisso de subscrever ações ordinárias e/ou units correspondentes à participação acionária de até 4,99% do capital social total do Inter, limitado a um valor do investimento de R$ 2,5 bilhões.

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Também em campo positivo, ficaram as ações de Vale (VALE3, R$ 112,40, +1,23%) e da holding Bradespar (BRAP4, R$ 73,07, +4,28%). A mineradora afirmou que prevê investir de US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões para reduzir emissões até 2030, em um avanço ante estimativa anterior que previa aportes de ao menos US$ 2 bilhões, segundo apresentação publicada pela companhia nesta quinta-feira.

Ainda no radar das commodities, os contratos futuros de referência do minério de ferro negociados na Bolsa de Dalian, na China, fecharam em alta de 1,2%, a 1.185 iuanes por tonelada. O preço “spot” do minério com 62% de teor de ferro recuou US$ 2 na quinta-feira, para US$ 217 a tonelada, mas subiram US$ 3 nesta sexta, de acordo com a consultoria SteelHome.

Porém, com a piora de humor, os principais destaques do pregão ficaram no campo negativo, com os papéis pressionados pela proposta de reforma tributária enviada pelo governo ao Congresso nesta manhã. Apesar de já ser esperado, entre os principais pontos do projeto está a tributação de juros e dividendos em 20%, que ajudará a financiar a redução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) de 15% para 12,5% em 2021 e de 12,5% para 10% em 2022.

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Com isso, empresas conhecidas por pagarem bons dividendos acabam sendo pressionadas na bolsa, caso dos bancos, como Itaú (ITUB4, R$ 30,80, -3,18%), Bradesco (BBDC3, R$ 22,47, -2,56%; BBDC4, R$ 26,39, -3,12%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,90, -3,01%) e Santander Brasil (SANB11, R$ 42,17, -2,36%).

Leia mais: Tributação de dividendos: quais são os possíveis impactos da proposta do governo para as ações?

Analistas também apontam ações de empresas de utilities, como de energia e saneamento, como outras grandes afetadas negativamente pela proposta. Entre os destaques estão papéis de Copel PNB (CPLE6, R$ 6,11, -0,97%), Engie Brasil (EGIE3, R$ 40,13, -1,40%) e AES Brasil (AESB3, R$ 14,11, -1,47%), que estão entre as melhores pagadoras de dividendos da XP e que desde o início da semana já registraram queda com rumores sobre a proposta.

Por fim, sem ligação com a proposta do governo, atenção também para a Petrobras (PETR3, R$ 29,41, -1,61%; PETR4, R$ 29,10, -1,85%), com o presidente da companhia, Joaquim Silva e Luna, afirmando que a empresa está avaliando se a recente alta de preços do petróleo será uma tendência antes de tomar uma decisão sobre reajuste de combustíveis.

“Estamos aguardando tendências para ajustar ou não”, disse Silva e Luna. “Separamos aquilo que é conjuntural do que é estrutural”, completou.

Como um assunto sensível para os investidores, ao indicar que está segurando os preços mesmo com as variações da commodity no exterior, acaba sempre gerando ruídos no mercado.

Enquanto isso, a Equatorial Energia (EQTL3, R$ 25,44, +0,04%) ficou entre as poucas altas do dia após vencer o leilão de privatização da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), responsável pela distribuição de energia no Estado do Norte do país. A CEA opera atualmente por meio de concessão provisória, atendendo cerca de 830 mil habitantes.

Como vencedora, a Equatorial deverá responder por R$ 3 bilhões de investimentos pelo período de 30 anos. Na avaliação do Credit Suisse, a notícia é positiva para a Equatorial, embora a CEA seja um ativo pequeno, com um upside limitado. “O ritmo de reversão e as sinergias potenciais com as distribuidoras de água (a serem leiloadas no segundo semestre) poderiam apoiar um valor presente líquido adicional com a operação”, afirmam os analistas do banco suíço.

Confira os destaques:

B3 (B3SA3, R$ 16,69, -1,77%)

O conselho da B3 aprovou o pagamento de proventos totalizando R$ 1,282 bilhão em referência ao resultado financeiro do 1º trimestre de 2021. O total de pagamento  de juros sobre capital próprio (JCP) é de R$ 280 milhões, ou R$ 0,04607482 por ação; já o valor pago em forma de dividendos é de R$ 1,023538 bilhão, ou R$ 0,16842617 por ação.

Terá direto aos proventos os acionistas que tiverem posição nos papéis em 29 de junho de 2021. Assim, as ações negociam ex-proventos em 30 de junho. O pagamento será realizado em 7 de julho de 2021.

Localiza (RENT3, R$ 63,60, -1,40%)

Já a Localiza pagará R$ 72,4 milhões em JCP, em um montante total que corresponde a cerca de R$ 0,09619 por ação. Terá direto aos proventos os acionistas que tiverem posição nos papéis em 29 de junho de 2021. Assim, as ações negociam ex-juros em 30 de junho. O pagamento ocorrerá no dia 20 de agosto desse ano.

O Conselho de administração da Localiza também aprovou plano de recompra de ações, autorizando a diretoria a adquirir até 50 milhões de ações de emissão da própria companhia, para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento.

Vale (VALE3, R$ 112,40, +1,23%)

A mineradora Vale, por sua vez, prevê investir de US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões para reduzir emissões até 2030, em um avanço ante estimativa anterior que previa aportes de ao menos US$ 2 bilhões, segundo apresentação publicada pela companhia nesta quinta-feira.

No entanto, no documento apresentado a analistas de mercado, a mineradora manteve as metas de redução de emissões previstas. “O aumento dos investimentos deve-se à maior maturidade adquirida no portfólio de iniciativas de redução das emissões diretas da empresa (escopo 1), a serem implementados até 2030”, disse a Vale em nota. As emissões diretas são provenientes de operações próprias.

O Bradesco BBI destaca que a descarbonização será um dos principais temas abrangentes da próxima década para o mercado de Metais e Mineração, desencadeando mudanças fundamentais no lado da demanda e do fornecimento.

“A Vale é uma das líderes do setor que vem assumindo uma postura mais proativa em relação à descarbonização, visando manter a liderança e a competitividade no longo prazo. A empresa já tem algumas vantagens competitivas estruturais em relação aos pares (portfólio de produtos de alta qualidade, exposição a commodities com alto potencial de crescimento em um mundo de baixo carbono) e sua estratégia ESG de longo prazo (que inclui as metas climáticas) deve continuar a contribuir para menor percepção de risco e reclassificação da ação”, avaliam.

O BBI tem recomendação de compra para Vale e preço-alvo de R$ 133 por papel VALE3 para o final do ano de 2021.

O Morgan Stanley avalia que a Vale tem metas de ESG agressivas, e um plano claro sobre como atingi-las, ressaltando os planos de investir entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões na questão. Na avaliação dos analistas, a Vale está bem posicionada para a redução das emissões, dada a qualidade de seus produtos.

Entre as iniciativas, o banco ressalta o plano de utilizar gás natural na redução direta do ferro e de ferro briquetado quente; e o uso de biomassa para obter o “ferro gusa verde” em um método de fundição direta, com base em uma nova tecnologia em desenvolvimento pela Vale, chamada de Tecnored.

No setor de níquel e cobre, o Morgan Stanley ressalta o plano de substituir diesel por outras fontes renováveis de energia na mina de Voysey’s, de níquel, e uso de práticas mais sustentáveis para o cobre. O banco mantém avaliação overweight (exposição acima da média do mercado) para a Vale, com preço-alvo de US$ 27 para os ADRs VALE negociados na Bolsa de Nova York.

Já o China Baowu Group, maior produtor de aço do mundo, anunciou nesta quinta-feira que unirá forças com a mineradora Vale e com a Shandong Xinhai Technology para produzir níquel “pig iron” (NPI), matéria-prima do aço inoxidável, na Indonésia.

A Taigang Iron and Steel, subsidiária do grupo Baowu e segunda maior produtora de aço inoxidável da China, assinou um acordo com a PT Vale Indonésia (PTVI) e com a Xinhai –produtora de NPI– para a operação conjunta da unidade de processamento de níquel de Bahodopi, localizada em Morowali, na ilha de Sulawesi, disse a empresa em comunicado.

A Vale terá uma fatia de 49% do projeto, que deve produzir 73 mil toneladas de NPI por ano por meio de oito fornos elétricos rotativos (RKEFs, na sigla em inglês), enquanto Baowu e Xinhai dividirão os demais 51%.

Ainda em destaque, os contratos futuros de aço e minério de ferro negociados na China avançaram nesta sexta-feira, enquanto o carvão metalúrgico e o coque acumularam ganhos de quase 5% na semana frente a um cenário de forte demanda nas usinas e aperto nas ofertas.

Os futuros mais negociados do coque na bolsa de commodities de Dalian DCJcv1, para entrega em setembro, saltaram 1,1%, para 2.827 iuanes (US$ 438,21) por tonelada, apurando alta de 5% na semana. Já os futuros do carvão metalúrgico negociados em Dalian tiveram leve queda de 0,2% nesta sessão, a 2.045 iuanes por tonelada, mas cravaram ganho de 4,6% no acumulado da semana.

Os estoques de carvão coque mantidos por 100 usinas de coque e 110 usinas siderúrgicas, conforme pesquisa da consultoria Mysteel, recuaram em 3,2% na semana até quinta-feira, para 15,7 milhões de toneladas, em comparação com a semana anterior, devido a uma crise de oferta em meio a inspeções ambientais e de segurança na produção.

Os contratos futuros de referência do minério de ferro fecharam em alta de 1,2%, a 1.185 iuanes por tonelada. O preço “spot” do minério com 62% de teor de ferro recuou US$ 2 na quinta-feira, para US$ 217/tonelada, mas subiram US$ 3 nesta sexta, de acordo com a consultoria SteelHome.

Marfrig (MRFG3, R$ 19,09, +0,69%) e Minerva (BEEF3, R$ 9,71, -1,32%)

Em destaque entre os frigoríficos, a Marfrig retomou parcialmente os embarques de carne bovina a partir das operações na Argentina, afirmou a companhia em nota nesta quinta-feira, após uma suspensão temporária do governo para baixar os preços locais.

As vendas externas da concorrente Minerva, maior exportadora de carnes da América do Sul, também foram retomadas na Argentina, após um acordo com o governo, disse à Reuters uma fonte com conhecimento sobre o assunto na condição de anonimato.

BRF (BRFS3, R$ 28,48, -0,59%)

A BRF comunicou que a subsidiária BRF Pet, do segmento de alimentos para animais de estimação, celebrou contrato para compra de Paraguassu Participações e Affinity Petcare Brasil Participaçõe, detentoras de 100% do capital social da Mogiana Alimentos. A empresa diz que informará o valor da compra no fechamento da operação, e ressalta que esta foi aprovada pelo conselho de administração e não depende de aprovação de assembleia geral, já que é realizada por meio de uma subsidiária.

A BRF ressalta que a Mogiana tem sede em Campinas (SP) e forte presença no Sudeste, exportando produtos para países de Caribe, Europa e América do Sul, com duas unidades de produção em Campinas e Bastos (SP). Entre as marcas de seu portfólio Guabi Natural, Gran Plus, Faro, Herói e Cat Meal.

A BRF diz que a compra fortalece sua gestão e diversificação de negócios, e é um “passo concreto” para que a BRF Pet se torne “uma das maiores e mais relevantes players no mercado brasileiro pet food até 2025”, com participação de 10% no mercado com o fechamento do negócio.

Recomendações para o setor de alimentos 

No radar do setor de alimentos, a XP reiterou recomendação de compra para JBS (JBSS3, R$ 28,54, -2,13%) e Marfrig e reduziu BRF para neutra.

“Acreditamos que as empresas de proteínas com operações nos Estados Unidos devem desfrutar de um 2021 particularmente robusto, impulsionadas sobretudo pelo lado da demanda. Já a América do Sul segue enfrentando alguns desafios, principalmente pelo lado da oferta. Entre as opções de proteína animal, continuamos otimistas com a carne bovina, enquanto a carne suína pode perder força no curto prazo, mas a carne de frango segue defasada e pode ensaiar uma recuperação mais estrutural”, avaliam os analistas.

Por ser o mais diversificado em proteínas e também em geografias, os analistas apontam que a JBS deverá ser o player melhor posicionado para capturar essas tendências e, portanto, elegem a companhia como a principal escolha para o setor, reiniciando a cobertura com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 40, oferecendo 37% de potencial de alta frente o fechamento da véspera.

Para a Marfrig, diante do cenário favorável de EUA e perspectiva de menor volatilidade para a carne bovina, a recomendação de compra foi mantida com preço-alvo de R$ 24, com 29% de potencial de alta.

Já a BRF foi rebaixada a neutra mantendo o preço-alvo de R$ 30, com baixo potencial de alta em um ambiente mais volátil. “Embora os fundamentos da empresa permaneçam fortes, acreditamos que outros nomes oferecem uma maior margem de segurança em termos de avaliação”, afirmam os analistas.

Copasa (CSMG3, R$ 16,05, -1,05%)

O governo de Minas Gerais informou nesta quinta-feira que a agência reguladora estadual Arsae aprovou redução de até 15% no valor das faturas de clientes da Copasa no Estado a partir de agosto e unificação da tarifa para serviço de esgoto. O governo mineiro afirmou que, em média, os consumidores de água e esgoto da Copasa terão redução de 1,52% na conta, segundo comunicado enviado à imprensa após reunião extraordinária do colegiado da agência.

Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 21,39, -1,11%)

O Carrefour Brasil informou que concluiu a conversão de todas as 29 lojas adquiridas da rede atacadista Makro, desembolsando R$ 1,96 bilhão no negócio, que ainda inclui 13 postos de combustível. A companhia afirmou que as lojas foram convertidas para sua bandeira de atacarejo Atacadão e que 28 das 29 foram inauguradas em 1 de junho, antes do esperado. Por isso, elevou as projeções de sinergias advindas do negócio.

Gol (GOLL4, R$ 24,00, -3,15%)

O Bradesco BBI acompanhou um encontro virtual na quinta entre GOL e investidores. O banco diz que a empresa apresentou uma perspectiva positiva, prevendo a recuperação total da demanda por viagens aéreas entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro de 2022. Diz também que a empresa tem acesso aos mercados de capital e ações, e um modelo de negócios sólido para lidar com a concorrência.

A empresa também afirmou acreditar que a potencial fusão entre Azul e Latam pode ser aprovada pelos órgãos reguladores sem restrições.

Além disso, o fechamento do capital da Smiles deve ter um impacto positivo na gestão de receitas da empresa dado que agora a companhia tem a partir deste episódio total controle dos preços das passagens aéreas e dos preços
de seu programa de fidelidade. O banco mantém avaliação neutra para a Gol, e o preço-alvo de 2021 de R$ 24 para os papéis GOLL4, que fecharam na quinta a R$ 24,78.

Fleury (FLRY3, R$ 26,05, -2,14%)

O Grupo Fleury  informou em comunicado ao mercado que começou a restabelecer seus sistemas internos em hospitais, após uma tentativa de ataque hacker que afetou as operações e foi comunicada ao mercado na terça-feira.

“Esta foi a prioridade da companhia desde o início do incidente, em face da criticidade na assistência a pacientes internados. Paralelamente, seguimos atendendo nossos pacientes em todas as nossas Unidades de Atendimento por meio de soluções de contingência”, afirmam.

A empresa reiterou que a base de dados está íntegra e que não há quaisquer evidências de vazamento de dados e informações sensíveis.

Leia também: Fleury é o mais recente episódio de ransomware; veja como os ataques cibernéticos têm afetado os mercados

“A companhia segue contando com a atuação de empresas de referência em tecnologia, segurança da informação, bem como de quality assurance, ou seja, de auditoria dedicada a certificar a qualidade do processo de restabelecimento das nossas operações de atendimento. A companhia seguirá informando o mercado acerca da evolução dos trabalhos de restauração integral e normalização dos nossos sistemas”, destacou.

Banco Inter (BIDI11, R$ 70,00, +1,16%)

O Banco Inter comunicou que foram alocadas 143.017.604 ações ordinárias BIDI3 e 142.252.104 papéis preferenciais BIDI4, incluindo as ações subjacentes às units BIDI11 no âmbito de oferta primária com esforços restritos, totalizando R$ 5,5 bilhões.

Após a oferta, coordenada por Bradesco BBI, BTG Pactual, Bank of America, Itaú BBA, JPMorgan e UBS BB, o novo capital social do Inter passará a ser de R$ 8,797 bilhões, dividido em 1.293.373.691 ações ONs e 1.285.229.952 ações PNs.

O preço por unit foi fixado no valor de R$ 57,84  e o preço por ação foi fixado em R$ 19,28.

O follow-on tem a StoneCo como investidor âncora, com o compromisso de subscrever ações ordinárias e/ou units correspondentes à participação acionária de até 4,99% do capital social total do Inter, limitado a um valor do investimento de R$ 2,5 bilhões.

Aura Minerals (AURA33, R$ 67,70, -0,29%)

O Credit Suisse atualizou seu modelo para a Aura Minerals, incorporando novas estimativas para o preço do ouro, que caiu de US$ 2.300 para US$ 1.793 por onça em 2021, de US$ 2.300 em 2022 para US$ 1.793 por onça. E que subiu de US$ 1.800 para 2023 para US$ 1.809 por onça, além do preço real de longo prazo, que subiu de US$ 1.400 para US$ 1.695 por onça.

O preço do cobre foi elevado de US$ 3,59 para US$ 4,18 por libra em 2021, de US$ 3,2 para US$ 3,4 por libra em 2022, e o preço real de longo prazo de US$ 3 para US$ 3,5 por libra. Também incorporou sua nova previsão para a taxa de câmbio em 2021, para R$ 5 por dólar em 2021.

O banco mantém avaliação outperform, e eleva o preço-alvo de R$ 73 para R$ 83 para os papéis AURA33, que fecharam a R$ 67,9 na quinta. O Creditvê potencial de elevação dos dividendos e crescimento da empresa, com a produção avançando de 200 mil onças de ouro equivalente em 2020 para 353 mil onças de ouro equivalente, preservando o fluxo livre de caixa e um rendimento médio de 14% entre 2021 e 2024, considerando o preço atual de compra e venda de ouro. Consequentemente, vê potencial de dividendos médios em 5% entre 2021 e 2024.

A projeção para o lucro Ebitda entre 2021 e 2025 foi elevada em 9%. Entre os riscos, o banco cita a volatilidade dos preços do ouro e do cobre e mudanças na regulação minerária em Brasil, México e Honduras, além de possibilidades de paradas na produção e volatilidade do câmbio nos três países. O Credit mantém avaliação outperform para a Aura.

Dimed (PNVL3, R$ 21,35, +0,47%)

Entre os dias 16 e 17, o Bradesco BBI realizou encontros virtuais com o CFO da Dimed, Antônio Carlos Tocchetto Napp, em que falou sobre temas de curto e médio prazos. O banco diz que entre abril e maio de 2021 a Dimed informou crescimento significativo do faturamento, de 30% na comparação anual, com crescimento de 20% nas vendas em mesmas lojas.

Segundo a gestão, isso se deve principalmente a uma recuperação dos volumes, de 27% no segundo trimestre na comparação anual, depois do impacto da pandemia. Para o banco, deve haver uma volta à abertura de nova lojas, que foi pausada devido a dificuldades causadas pela pandemia. A Dimed espera abrir 20 lojas no segundo trimestre, e 65 até o final de 2021. Para 2022, espera abrir entre 65 e 70 novas lojas.

A estratégia para melhorar lucratividade consiste em elevar a receita por loja, com meta de R$ 650 mil por loja em 2023. Em 2021, a empresa espera que a receita com canais digitais seja de 15% do total, subindo rapidamente a 20%, elevando a receita de serviços, atualmente em 3% do total do varejo.

A promoção à categoria Novo Mercado, de maior governança corporativa na B3, deve ocorrer por volta do final de julho, diz o Bradesco. O banco diz que o termo de troca de 0,8 ação preferencial por uma ação ordinária pelos acionistas controladores e de 1 ação preferencial por uma ordinária pelos minoritários em maio de 2021 abriu o caminho para a transição.

O Bradesco BBI diz que o encontro reforçou sua visão positiva sobre a Panvel quanto a desenvolvimento e expansão do canal digital, que deve continuar a impulsionar o crescimento. O banco mantém avaliação outperform para a empresa, com preço-alvo de 2021 em R$ 36, com perspectiva de valorização atrativa em comparação com aquela da Raia Drogasil.

Sabesp (SBSP3, R$ 37,79, -0,26%)

O Credit Suisse classificou o anúncio da substituição do CFO da Sabesp, Rui Affonso, por Osvaldo Garcia, como neutra, ressaltando que Garcia é um engenheiro que já ocupou posições de gestão na empresa. O banco avalia que, até que o governador de São Paulo anuncie um plano para a empresa, a mudança de gestão tem impacto limitada.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.