União Europeia confirma novas sanções e fecha espaço aéreo para russos

Medidas também vão afetar mídia e Swift; haverá envio de armas

ANSA Brasil

(Getty Images)

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(ANSA) – A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou neste domingo (27) o novo pacote de sanções contra a Rússia por conta da guerra na Ucrânia e confirmou que os 27 Estados-membros fecharão o espaço aéreo para aviões da Rússia.

Há punições também contra a mídia russa, os bancos e a confirmação do inédito envio de armas, além de medidas contra Belarus por ter apoiado o ataque.

Esse é o terceiro pacote de sanções anunciado pelos europeus desde o reconhecimento dado por Vladimir Putin para as áreas separatistas de Lugansk e Donetsk e o segundo desde o início dos ataques em terra no dia 24 de fevereiro.

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“Primeiro, nós estamos fechando o espaço aéreo da UE para aeronaves de propriedade russa, registradas na Rússia ou controladas pela Rússia. Elas não poderão pousar, decolar ou sobrevoar o território da UE – incluindo os jatos particulares dos oligarcas”, disse Von der Leyen.

A segunda medida adotada é contra as empresas russas de notícias que tem controle do Estado, Russia Today e Sputnik (e suas subsidiárias), que serão impedidas de atuarem no bloco.

“Elas são controladas pelo governo e os jornais a elas ligados não poderão mais publicar as mentiras para justificar a guerra de Putin e criar divisões na União. Estamos desenvolvendo os instrumentos para vetar essa desinformação tóxica e danosa na Europa”, acrescentou a líder do Executivo.

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Von der Leyen afirmou que serão também introduzidas “medidas restritivas aos mais importantes setores” da economia de Belarus. “Proibimos a exportação de produtos como combustíveis minerais, tabaco, madeira, concreto, ferro e aço. E será estendida a proibição de trocas comerciais por seu apoio à Rússia”, acrescentou.

Além do apoio aos russos, Belarus já vinha sofrendo com duras sanções desde a eleição presidencial do ano passado, considerada “uma fraude”.

Lukashenko é chamado de “último ditador da Europa” por estar no poder desde 1994. Neste domingo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que diversos ataques contra cidades do país vieram de Belarus e que, além de facilitar a entrada dos militares russos, o governo de Minsk estava realizando ataques próprios.

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O líder bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, negou as acusações. Os dois tiveram uma longa conversa por telefone após as acusações e ambos concordaram que a negociação de paz deveria ser realizada neste domingo em uma área de fronteira entre as duas nações. Um dos pontos mais importantes do anúncio é o inédito financiamento na compra de armas para envio à Ucrânia.

“Pela primeira vez na história, a União Europeia financiará a compra e a entrega de armas e equipamentos para um país sob ataque. É um momento divisor de águas”, pontuou Von der Leyen.

Conforme havia sido anunciado na noite de sábado (26), a líder da Comissão confirmou a paralisação “das transações com o Banco Central russo e o congelamento de seus ativos no exterior” e a “exclusão de importante bancos russos do sistema Swift” – sem citar os nomes dos removidos. Além disso, os ativos dos oligarcas russos “também serão afetados”.

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Ao fim do pronunciamento, Von der Leyen fez elogios a Zelensky e à população ucraniana. “A liderança do presidente Zelensky, sua bravura e a resiliência do povo ucraniano são uma inspiração para todos nós, são impressionantes e excepcionais.

Acolhemos de braços abertos aqueles que têm que fugir das bombas de Putin e apoiamos os nossos Estados-Membros do Leste no acolhimento e cuidado destes refugiados”, afirmou ainda.

Até o momento, estima-se que cerca de 400 mil ucranianos já fugiram do conflito ucraniano com entradas na Polônia, Hungria, Romênia e Moldávia. Desses países, muitos se dirigiram para outras nações europeias.

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A comissária para Assuntos Internos do bloco, Ylva Johansson, informou que o bloco espera “milhões de refugiados” de acordo com a duração dos conflitos e que vai propor a introdução de uma diretriz temporária para agilizar e facilitar a entrada e a permanência dos ucranianos.

G7

O G7 – grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – anunciou que poderá aplicar novas sanções contra a Rússia caso a invasão na Ucrânia continue. “Não reconheceremos ainda nenhuma conquista militar da Rússia na Ucrânia”, diz o comunicado oficial. (ANSA).

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