Ultrapar (UGPA3): UBS BB corta recomendação para ação após alta recente, mas segue com visão positiva para empresa

Banco vê potencial da empresa com seu novo foco em otimização de portfólio e com a recuperação contínua do Ipiranga

Felipe Moreira

Posto Ipiranga (Foto: Divulgação)

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O UBS BB rebaixou recomendação das ações da Ultrapar (UGPA3) de compra para neutro após o forte desempenho recente em comparação ao Ibovespa. Os papéis da companhia subiram 5% no acumulado do ano, enquanto o Ibovespa caiu 10%, com a ação sendo negociada a 17-18 vezes Preço/lucro para 2023. O preço-alvo passou de R$ 16 para R$ 15, o que representa potencial de valorização de 11,6% frente a cotação de fechamento de terça-feira (28) de R$ 13,44.

Mesmo depois de cortar a recomendação, o banco diz que mantém uma visão positiva sobre a Ultrapar devido ao potencial de alta com seu novo foco em otimização de portfólio e com a recuperação contínua do Ipiranga – como destacado nos dados da pesquisa do UBS Evidence Lab, que entrevistou mais de 450 proprietários de postos de gasolina.

Além disso, analistas continuam a ver um balanço mais forte (alavancagem financeira de 1,7 vez a dívida líquida sobre o Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, até o final do ano) e o potencial para a Ultrapar avançar ainda mais em seu processo transformacional, agora sob a liderança de Marcos Lutz como CEO recontratado.

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“Isso pode ajudar a desbloquear valor para os acionistas, embora esperemos que essa tese se desenvolva mais claramente no final do ano e até 2024 e, por enquanto, enxergamos upside limitado para a ação no curto prazo”, explicam.

O UBS-BB destaca ainda que a Ultrapar concluiu os desinvestimentos da Oxiteno e da Extrafarma em 2022, proporcionando desalavancagem material e foco nas principais operações de energia.

O banco também ressalta que a Ultrapar concluiu a maior parte de seu plano de sucessão, com a etapa final sendo a nova diretoria a ser eleita na Assembleia Geral de abril, e a confirmação que Lutz permanecerá como CEO. Nesse sentido, o banco acredita que o próximo passo é olhar para frente, com diversificação potencial em operações adjacentes. O banco vê o histórico de Lutz nesse segmento como uma vantagem para o grupo, com uma diretoria comprometida com uma visão estratégica da longo prazo e ao seu CEO.