Ultrapar (UGPA3): Goldman Sachs rebaixa ação de compra para neutra e papel cai mais de 4%

Papel liderava perdas do Ibovespa; Vibra (VBBR3) passou a ser a preferida do banco no setor

Augusto Diniz

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Falta de catalizadores e valorização acima de seus pares nos últimos anos estão entre os motivos que levaram o Goldman Sachs a rebaixar a recomendação de compra para neutra de Ultrapar (UGPA3). Com isso, a ação fechou em queda de 4,08%, a R$ 18,33, a segunda maior queda do Ibovespa nesta quarta-feira (13).

Desde de maio de 2020, o Goldman Sachs mantinha a Ultrapar com recomendação de compra. Adicionalmente, com o rebaixamento, o preço-alvo do papel foi reduzido de R$ 21,90 para R$ 19,40/ação.

Segundo o banco, o turnaround da companhia, iniciado no final de 2021, foi praticamente concluído.

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UGPA3: Desempenho Ultragaz e Ipiranga

Nas empresas do grupo, o banco afirma que, na Ultragaz (negócio de distribuição de gás da Ultrapar), a rentabilidade tem permanecido estável, mesmo depois de contabilizar uma forte queda nos preços do gás natural, o que implica que as margens podem ter agora estagnado.

Já na subsidiária Ipiranga, o Goldman Sachs aponta que a recuperação da margem já ocorreu e, daqui para frente, não espera que esta tendência persista.

O banco, por outro lado, ressalta que não está otimista em relação ao setor no longo prazo, com leve crescimento de volume de combustível na indústria nos próximos anos. No relatório, a instituição correlaciona o crescimento de volume à expansão do PIB esperada de cerca de 2% ao ano, em média.

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“Em um cenário de crescimento limitado do mercado, acreditamos que isso poderia, potencialmente, intensificar concorrência pela quota de mercado, mantendo assim, possivelmente, as margens sob pressão”, relata o banco.

Vibra (VBBR3) preferida

Nesse quadro, o Goldman Sachs aponta a exposição à Vibra (VBBR3), como uma melhor escolha no setor, para obter resultados do segundo semestre.

A instituição afirma que empresa foi capaz de apresentar margem Ebitda/m3 recorrente semelhante à da Ipiranga no 2T23, mesmo depois de não ter recebido importação de combustível de Rússia, que eram comercializadas com desconto em relação à Costa do Golfo e eram mais rentáveis.

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Ademais, a Vibra anunciou agora que incluirá o diesel russo como opção para o fornecimento daqui para frente, o que poderia servir potencialmente como um vento favorável para as margens da distribuidora.

O preço-alvo da Vibra passou de R$ 21 para R$ 22,50/ação. O preço do ativo subia 0,9%, a R$ 19,10.