Ultrapar divulga resultado e Credit eleva recomendação; lucro da Hering salta com efeito tributário, BB e mais balanços

Confira os destaques do noticiário corporativo da sessão desta quinta-feira (5)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A temporada de resultados mais uma vez movimenta o noticiário com destaque para os números de Ultrapar, Banco do Brasil, Hering, entre outras companhias. Ainda em destaque, a Méliuz estreia na B3, enquanto a Vale fecha novo acordo de exclusividade para negociar venda de Nova Caledônia. Confira os destaques:

Ultrapar (UGPA3)

A Ultrapar teve no terceiro trimestre de 2020 lucro líquido atribuível aos acionistas da companhia de R$ 265,4 milhões, 10,9% menor na comparação anual. Já em termos consolidados, o lucro foi de R$ 277 milhões, ante R$ 307 milhões um ano antes.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado de R$ 1,094 bilhão, alta de 6% na base de comparação anual. O Ebitda ficou muito acima da estimativa de R$ 915,0 milhões (+19,6%)  da XP e do consenso de mercado de R$ 914,5 milhões.

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“Tal resultado refletiu uma combinação dos seguintes fatores: (1) fortes resultados da Ipiranga com margens em termos de EBITDA/m3 de R$112/m3 ante nossa estimativa de R$88/m3 , (2) resultados acima do esperado na Oxiteno e (3) resultados em linha com o esperado nas demais subsidiárias. Destacamos que parte do resultado positivo na Ipiranga foi atribuído a uma reversão de provisão, cujo valor não foi divulgado”, apontam os analista da XP.

Já indo para a linha de lucro, o maior resultado no âmbito operacional foi parcialmente compensado por: (1) despesas financeiras líquidas mais altas que nossas estimativas e (2) uma despesa de R$ (66) milhões na Ipiranga relacionada ao programa Renovabio.

Em setembro, a dívida líquida estava em R$ 10,79 bilhões, queda frente a R$ 11,09 bilhões três meses antes. A alavancagem financeira, que é medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, ficou em 3,1 vezes, frente a 3,2 vezes em junho.

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“Destacamos como positiva a recuperação das margens da distribuidora de combustíveis Ipiranga em termos de Ebitda por metro cúbico durante o trimestre, que acreditamos refletir uma combinação de (i) maior alavancagem operacional com a recuperação gradual dos volumes de venda de combustíveis, (ii) ganhos de estoque como resultado dos ajustes de preços promovidos pela Petrobras nas refinarias e (iii) maiores eficiências e controle de custos. Dito isto, a própria empresa afirma que os resultados da Ipiranga no trimestre também foram positivamente influenciados por uma reversão de provisão de um valor não divulgado”, apontam os analistas Gabriel Francisco e Maira Maldonado. A XP tem recomendação neutra para a ação, com preço-alvo de R$ 20.

Já o Credit Suisse elevou a recomendação para as ações UGPA3 por conta do valuation para outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 23, além de destacar a melhora operacional com a surpresa positiva no trimestre.

Os analistas do banco estão com uma visão mais otimista para o setor de distribuição em função de acreditar que existe uma desconexão entre um impacto mais limitado visto até agora no setor versus a forte correção dos papéis.

“O terceiro trimestre nos mostrou que a Ultrapar superou nossas estimativas e do consenso com um Ebitda 8% acima da expectativa e um lucro líquido 2% acima do esperado. A surpresa veio principalmente da Ipiranga com um Ebitda 10% acima. A recorrência desse resultado não está 100% clara, mas vale lembrar que estamos em um ambiente de volumes baixos e ainda assim os resultados vieram bons. Os outros negócios ficaram dentro das expectativas”, apontam os analistas do banco.

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil  registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,482 bilhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 23,3% na comparação com o mesmo intervalo de 2019. O resultado foi impactado pelo aumento de suas provisões para devedores duvidosos (PCLD), que teve crescimento de 40,5% devido, principalmente, “à constituição de provisões prudenciais de forma preventiva”.

“Diante das incertezas econômicas provocadas pela pandemia, o banco constituiu, de forma conservadora, antecipação prudencial de provisões de crédito, em um valor de R$ 2 bilhões neste trimestre, ainda que o índice de inadimplência (operações vencidas há mais de 90 dias) em setembro tenha caído em relação ao trimestre anterior e se situado em 2,43%. No acumulado em 9 meses, as antecipações prudenciais de provisões totalizaram R$ 6,0 bilhões”, disse o banco em relatório.

Em relação ao segundo trimestre, o lucro avançou 5,2%. Neste caso, o número foi influenciado, principalmente, pela redução de 6,8% da PCLD ampliada, pelo desempenho positivo das receitas com prestação de serviços que cresceram 4,5%, pelo controle de custos, com redução de 0,2% nas despesas administrativas, bem como a redução das despesas com risco legal.

Nos primeiros nove meses, o lucro líquido ajustado do BB foi de R$ 10,189 bilhões, cifra 22,9% menor que a vista um ano antes. A carteira de crédito ampliada cresceu 6,4% nos últimos 12 meses e alcançou R$ 730,9 bilhões, com destaque para desempenhos dos segmentos Pessoa Física, MPME e Rural, que cresceram 6,2%, 17,9% e 5,3% respectivamente, em meio a estratégia do BB de alteração do mix da carteira.

O BB chama a atenção para o desempenho positivo em crédito consignado, que evoluiu 15,2% em 12 meses.

Já a carteira de crédito ampliada PJ cresceu 7,9% na comparação anual e totalizou R$ 274,6 bilhões. Destaque para o crescimento de 17,9% da carteira MPME em 12 meses. A carteira rural aumentou 5,3%, totalizando R$ 173 bilhões. Houve elevação nas linhas de custeio agropecuário (16%) e investimento agropecuário (28,9%).

“[O resultado foi de] neutro a ligeiramente negativo. Enquanto o índice de cobertura aumentou, o grande aumento nos empréstimos reperfilados para R$ 109 bilhões (ante R$ 72 bilhões no segundo trimestre) é pior do que o desempenho dos seus pares”, aponta o Credit Suisse.

Já o Bradesco BBI destaca que, na temporada de resultados do terceiro trimestre de 2020, esperava que os maiores bancos privados de grande capitalização se saíssem melhor do que o Banco do Brasil,
razão pela qual mantiveram recomendação neutra para o papel, enquanto reiterou recomendação outperform para bancos do setor privado.

“Embora o lucro líquido do Banco do Brasil tenha ficado bem em linha com a nossa expectativa, apenas maior devido a menor taxa efetiva de imposto, notamos que o mercado pode ficar desapontado com as tendências de NII [receita líquida de juros] observadas no trimestre. Aqueles mais construtivos sobre o case de investimento esperam que o melhor mix de carteira de crédito favoreça as margens do Banco do Brasil. Obviamente, durante a crise, isso não está acontecendo e o desempenho do banco estatal tem sido semelhante ao registrado por bancos do setor privado (NII com clientes se comportando apenas marginalmente melhor do que os bancos do setor privado)” avaliam os analistas.

Eles prosseguem apontando que, uma vez que acreditam que o Banco do Brasil deva ver seus resultados se recuperando apenas de forma mais gradual em relação aos seus pares, preferem manter a recomendação neutra, apesar dos múltiplos descontados em que as ações estão atualmente sendo negociados.

EcoRodovias (ECOR3)

A EcoRodovias registrou lucro líquido de R$ 71,6 milhões entre julho e setembro, revertendo o prejuízo visto no mesmo período de 2019. No critério recorrente, a companhia teve lucro de R$ 89,2 milhões, crescimento de 53,2% na comparação anual. Segundo a companhia, o indicador foi impulsionado pelo aumento no Ebitda pró-forma em função da redução dos custos caixa, redução da depreciação e amortização e também da provisão para manutenção.

O Ebitda da EcoRodovias entre julho e setembro ficou em R$ 488,8 milhões, revertendo o número negativo de um ano antes. No critério pró-forma, o indicador somou R$ 527,7 milhões, crescimento de 2,4%. Quando se leva em conta os gastos não comparáveis, o Ebitda pró-forma ficou em R$ 532,8 milhões, queda de 2,2%. A margem Ebitda pró-forma foi de 68,4%, crescimento de 2,1 pontos porcentuais.

A receita líquida pró-forma caiu 0,8% no terceiro trimestre, na comparação anual, para R$ 771,2 milhões. Os custos operacionais e despesas administrativas totalizaram R$ 701,5 milhões, aumento de 4,6% ante 2019, devido, principalmente, ao aumento do custo de construção em função das obras iniciais na Ecovias do Cerrado, obras de duplicação na Eco050 e implantação das faixas adicionais na Eco135. Os custos caixa ajustados totalizaram R$ 203,8 milhões, 2,4% acima do ano passado.

O resultado financeiro da EcoRodovias foi negativo em R$ 202,2 milhões no terceiro trimestre, influenciados pela diminuição de juros sobre debêntures, com CDI menor, variação monetária sobre os títulos de dívida, aumento nos juros sobre financiamentos, aumento nos efeitos financeiros sobre direito de outorga e redução de R$ 35,7 milhões em receita de aplicações financeiras.

A dívida líquida da empresa chegou a R$ 6,848 bilhões, avanço de 1,8% em um ano. O caixa disponível da companhia fechou setembro em R$ 2,289 bilhões, crescimento de 44,8% em relação ao valor registrado um ano antes. O nível de alavancagem da companhia, medida pela relação dívida líquida/Ebitda Pró-forma, ficou estável em 3,3 vezes. O total de caixa e equivalentes é 1,5 vez a dívida bruta de curto prazo.

O Credit Suisse afirmou que os resultados da Ecorodovias estão em linhas com suas estimativas. O lucro Ebitda teve alta de 3%, superior em 1% frente suas estimativas. A renda líquida ajustada teve alta de 56%, superior em 6% frente as expectativas do banco. Os resultados indicam forte retomada após os lockdowns, afirma o banco. O Credit Suisse manteve a recomendação da ação em outperform, com preço-alvo de R$ 17, frente os R$ 10,58 atuais.

O Bradesco BBI afirmou que o Ebitda da Ecorodovias está em linha com suas previsões, e 11% acima da expectativa do mercado. A receita está em linha com a expectativa do Bradesco BBI e 10% abaixo da expectativa do mercado. A receita líquida de R$ 72 milhões fica abaixo da expectativa de R$ 149 milhões do Bradesco BBI, que atribui a diferença ao aumento das despesas financeiras líquidas. O banco manteve recomendação das ações em outperform, com preço-alvo de R$ 20.

Cia. Hering (HGTX3)

A Cia Hering registrou lucro líquido de R$ 155,5 milhões, mais do que o dobro de um ano antes, mas o desempenho foi puxado pela contabilização de créditos tributários.

A companhia afirmou no balanço que apurou créditos presumidos de ICMS de R$ 178,3 milhões no período. Enquanto isso, a receita líquida desabou 33,6%, para R$ 257,8 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), caiu quase 79%, para R$ 16,7 milhões.

Apesar dos sinais de retomada da economia, a Cia Hering apurou uma queda de 17 pontos percentuais nas vendas mesmas lojas no trimestre ante mesmo período de 2019.

“É importante ressaltar que as vendas avançaram em sincronia com a retomada gradual das lojas”, afirmou a Cia Hering no balanço. A empresa afirmou que viu em setembro, “movimentos importantes de reposição em todos os canais”, o que sinaliza “perspectiva bastante positiva para o quarto trimestre”.

Para o Credit Suisse, a Hering apresentou deu bons sinais nos seus resultados, apesar da ampla
queda esperada nas vendas devido às restrições da Covid para lojas físicas. “Se, por um lado, a receita ficou ligeiramente abaixo de nossas expectativas (queda de 34% na base anual versus expectativa do Credit de 29%), por outro lado, a rentabilidade foi uma surpresa agradável, em nossa opinião, com recuperação mais rápida do que o esperado na margem bruta”, apontam os analistas.

Eles ainda destacam que, entre as empresas que cobrem de varejo, a Cia Hering tem um dos maiores
potenciais para desbloquear valor e reacender o ritmo de crescimento. A empresa tem um modelo de negócios com bons retornos e geração de fluxo de caixa livre positiva mesmo em tempos mais desafiadores.

“Não significa que seja uma tarefa simples – nos últimos 8 anos, a empresa não entregou nenhum crescimento de receita. Além disso, as incertezas em torno do case de investimento aumentam à medida que as perspectivas de consumo para 2021 no varejo discricionário ainda são turvas. Assim, preferimos esperar um cenário menos incerto e uma melhoria consistente dos resultados e, portanto, nós seguimos com a recomendação neutra em HGTX3”, apontam os analistas, que possuem preço-alvo de R$ 24.

Alpargatas (ALPA4)

O lucro atribuído a controladores da Alpargatas, dona de Havaianas, Osklen e Dupé, recuou 91,9% no terceiro trimestre frente o mesmo período do ano anterior, para R$ 5,4 milhões. Excluindo gastos não recorrentes, o lucro foi de R$ 122,4 milhões, alta de 17,7% na mesma comparação.

O lucro bruto teve alta de 19,5%, para R$ 493,6 milhões. A margem bruta subiu 0,7 ponto percentual, para 52,3%.

O lucro Ebitda atingiu R$ 141,1 milhões, alta de 5,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Com a venda de operação da Mizuno para a Vulcabras Azaleia, a empresa fez um caixa contábil de R$ 42 milhões. A companhia informou gasto não recorrente de R$ 39,5 milhões ligado a ações durante a pandemia, incluindo doações e adaptações. Reportou também gastos de R$ 17,3 milhões com reestruturação.

Quando se desconsideram itens não recorrentes, o Ebitda subiu 20,1%, para 158,3 milhões.

As vendas da empresa somaram R$ 943,5 milhões, alta de 17,8% frente o mesmo período de 2019. As vendas no Brasil subiram 13,9%, para R$ 727,4 milhões. No mercado internacional, a alta foi de 33,3%, para R$ 216 milhões.

A receita líquida foi impulsionada pela Havaianas, que teve alta de 24% no terceiro trimestre frente o mesmo período do ano anterior. Em volume, as vendas tiveram alta de 13%. O preço médio subiu 5%.

Apesar dos resultados fortes, o Bradesco BBI avalia que a alta recente das ações deixa pouco espaço para aumento de valor em 2021. Além disso, a Alpargatas corre risco de sofrer com uma “ressaca” no mercado brasileiro com o fim do estímulo oferecido pelo governo. O banco reduziu a recomendação de outperform para neutra, com preço-alvo de 43, frente R$ 42,33 atuais.

d1000 (DMVF3)

A d1000 teve lucro de R$ 1,5 milhão no terceiro trimestre, revertendo assim o prejuízo de R$ 5,9 milhões de 2019.

Já a receita bruta teve queda de 13,5%, a R$ 263 milhões, queda de 13,5%, com o menor fluxo de clientes em shoppings pesando negativamente. A empresa, contudo, destacou: “vale destacar que o terceiro trimestre foi de retomada, com um incremento de 12% da venda média por loja quando comparado com o segundo trimestre”.

O Ebitda foi de R$ 23,6 milhões, 10% superior em relação aos R$ 21,4 milhões do mesmo período de 2019, com margem Ebitda de 9%, alta de 1,9 ponto percentual.

O Ebitda ajustado foi de R$ 4,4 milhões, abaixo da estimativa de R$ 6,4 milhões da XP. “No entanto, acreditamos que isso deve ser revertido daqui para frente, à medida que as vendas se recuperem e a companhia se beneficie de alavancagem operacional, enquanto a margem bruta atingiu um nível sólido. Portanto, mantemos nossa recomendação de compra com um preço-alvo de R$ 20,50 por ação para o final de 2021”, apontam os analistas da XP.

BR Properties (BRPR3)

A BR Properties teve queda de 36% de seu lucro no terceiro trimestre na base de comparação anual, para R$ 16,3 milhões. No mesmo intervalo de 2019, o indicador tinha sido impactado de forma positiva pelo efeito não caixa do imposto diferido na venda de imóveis.

O lucro líquido ajustado (FFO), por sua vez, teve alta de 138%, para R$ 48,7 milhões de julho a setembro. A margem FFO chegou ao patamar recorde de 62%.

A receita líquida teve baixa de 18% no terceiro trimestre na comparação com 2019, totalizando R$ 78,6 milhões. Ao desconsiderar os ativos que não fazem mais parte do portfólio da BR Properties, a receita das mesmas propriedades aumentou 5%.

São Carlos (SCAR3)

A São Carlos, que tem atuação em investimentos e locações de imóveis comerciais, registrou lucro líquido de R$ 50,4 milhões no terceiro trimestre de 2020, quase dez vezes superior ao dado de R$ 5,4 milhões registrado em igual período de 2019.

A receita bruta de locação foi de R$ 63,5 milhões, 2,6% abaixo dos R$ 65,2 milhões em igual período de 2019. O Ebitda recorrente caiu 1,3%, para R$ 46,4 milhões.

O Itaú BBA avaliou que os dados da São Carlos indicam resiliência operacional, mas ficam abaixo de sua expectativa, impactados por uma queda mais acentuada das receitas com aluguel, e resultados financeiros mais pesados.  O banco manteve recomendação market perform (desempenho dentro da média do mercado) para as ações, com preço-alvo de R$ 41,8.

Vale (VALE3)

A mineradora Vale  informou que sua subsidiária Vale Canada Limited fechou um novo acordo de exclusividade de 30 dias para negociar a venda de sua participação na empresa Vale Nova Caledônia (VNC) para um consórcio.

As conversas, que seguem-se a uma tentativa anterior frustrada de venda do ativo, são com um grupo liderado pela atual administração e empregados da própria VNC, que é apoiado pelos governos da Nova Caledônia e da França e ainda tem a Trafigura como acionista minoritário, disse a Vale em comunicado na noite de quarta-feira.

A empresa acrescentou que as negociações incluem questões pendentes que visam apoiar a continuidade das operações da VNC e a transição da empresa para uma nova estrutura proprietária.

A VNC tem operações de níquel e cobalto na ilha de Nova Caledônia, no Pacífico. A Vale vem tentando negociar o ativo e chegou a anunciar em maio um acordo de exclusividade com a australiana New Century Resources (NCZ), mas depois informou em setembro que não houve entendimento final. (Full Story) (Full Story)

No comunicado desta quarta-feira sobre as conversas para venda da VNC, a Vale disse que “reafirma seu compromisso seus acionistas de transformar o negócio de Metais Básicos, simplificando suas operações e permitindo o foco nos ativos core”.

A mineradora não citou valores envolvidos nas conversas pela unidade de Nova Caledônia ou impactos esperados com o eventual fechamento da operação.

Fleury (FLRY3)

Os grupos Fleury e Sabin, conhecidos pela atuação na área de medicina diagnóstica, anunciaram na quarta-feira, 4, a criação do Kortex Ventures, um fundo de investimentos em startups que nasce com R$ 200 milhões em recursos. Segundo as empresas – que, juntas, têm mais de 550 laboratórios no País -, a ideia é realizar entre 15 e 18 investimentos nos próximos quatro anos em companhias que possam trazer novidades na área da saúde e sinergias com seus negócios.

“A inovação é hoje cada vez mais uma cultura colaborativa e esse modelo não pode ficar não só no laboratório. Temos uma afinidade e uma complementaridade com o Sabin”, disse Carlos Marinelli, presidente do Grupo Fleury, ao Estadão. A empresa será responsável por 70% do capital do Kortex, enquanto os outros 30% serão do Sabin.

Para Lidia Abdalla, presidente do Grupo Sabin, a intenção é de atrair startups não só pelo capital, mas também pela conhecimento dos dois grupos. “Acreditamos que a união pode ser um fator de atração para os empreendedores.”

Os investimentos devem se concentrar na área de medicina diagnóstica, medicina personalizada e saúde digital, com uso de tecnologias como inteligência artificial e análise de dados para a construção de diagnósticos focados no paciente.

Mas startups de outros setores também podem ser consideradas para investimentos, afirmam os executivos. “Se encontrarmos uma empresa de educação que tenha sinergia com a saúde e com o que fazemos, pode fazer sentido”, explica Marinelli.

O Morgan Stanley afirmou que encara o movimento como positivo, e avalia que pode trazer “resultados significativos”, caso resulte em uma estrutura que traga mais eficiência para o setor, em especial no cuidado primário. Ainda há, no entanto, informações limitadas quanto a possíveis impactos financeiros, diz o banco, o que reduz a capacidade de comparar com outros atores trabalhando com estruturas similares. O Morgan Stanley manteve avaliação do Fleury como neutra, com preço-alvo das ações em R$ 29.

Mercado Livre (MELI34)

O Mercado Livre reportou volume de vendas de US$ 5,9 bilhões no terceiro trimestre, alta de 62,1%. O Mercado Pago teve alta de 91,7% em volume de pagamentos.

Com isso, a receita líquida da companhia com sede na Argentina evoluiu 85% em dólar e 148,5% em moeda constante, atingindo o recorde de US$ 1,1 bilhão. A operação no Brasil, que representa 55% do total, alcançou US$ 610,7 milhões, alta de 56,6% em dólar e de 112,2% em reais.

A companhia fechou o trimestre com lucro líquido de US$ 15 milhões de dólares, resultando em lucro líquido por ação de 0,28 dólar, segundo o balanço. Analistas, em média, esperavam lucro de US$ 10,5 milhões para o Mercado Livre no período, ou 0,17 dólar por ação, segundo dados da Refinitiv.

Méliuz (CASH3)

A ação da Méliuz (CASH3) estreia na B3 na sessão desta quinta-feira, após ter a sua ação precificada na abertura de capital a R$ 10.

A Méliuz é uma empresa mineira de programas de cashback criada em 2011. O negócio da companhia consiste em devolver ao consumidor uma parte do valor gasto na compra de um determinado produto online.

Gol (GOLL4)

A Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A. informou na quinta-feira que operou em outubro uma média de 363 voos por dia, com alta de 37% na oferta em relação a setembro de 2020. A demanda de voos domésticos subiu 34% no mês em relação a setembro de 2020. A taxa de ocupação foi de 78%. A empresa não realizou voos internacionais.

Além disso, a maior companhia doméstica do Brasil reabriu três bases: Carajás, Cruzeiro do Sul e Fernando de Noronha, e adicionou 1.932 operações nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas, ambos em São Paulo; Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro; Brasília; Fortaleza; e Salvador.

(Com Agência Estado e Reuters)

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