Kiev é cercada por forças russas e mísseis atingem cidade; Draghi diz que presidente da Ucrânia “deve estar escondido”

A ação militar russa também seguiu em outros pontos do país e chegou a cerca de 130 quilômetros da fronteira da Polônia.

Equipe InfoMoney

Ucrânia no mapa (Imagem: Getty Images)

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A madrugada desta sexta-feira (25) foi marcada por mais uma forte onda de ataques das forças armadas russas contra a Ucrânia, e a capital do país, Kiev, está cada vez mais cercada.

Diversos mísseis caíram na cidade e muitos cidadãos precisaram passar a noite dentro de estações de metrô, transformadas em abrigos antibombas. A ação militar russa também seguiu em outros pontos do país e chegou a cerca de 130 quilômetros da fronteira da Polônia.

Segundo o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, foram destruídos 14 sistemas antimísseis, derrubados cinco aviões militares, cinco drones e um helicóptero ucranianos durante a operação. Foram destruídos ainda 18 tanques e “outros tipos de veículos de combate”, sete lançadores de mísseis, 41 veículos a motor militares e cinco navios militares.

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Apesar dos riscos, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou na madrugada que “as forças inimigas de sabotagem entraram em Kiev, mas eu vou ficar aqui”. O mandatário já afirmou que sabe que é o “alvo número 1” dos russos, que querem derrubar o seu governo.

Zelensky ainda informou que 137 soldados ucranianos foram mortos no primeiro dia de guerra e 316 ficaram feridos nos combates.

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Sobre as vítimas civis, o presidente não fez uma atualização, mas acusou Moscou de atacar áreas residenciais e que não tem nenhuma ligação com o Exército russo.

O presidente ainda cobrou mais ajuda dos países ocidentais, chegando a dizer que os ucranianos foram deixados sozinhos para lutar contra a Rússia. “Nós precisamos de uma coalizão contra a guerra. Hoje, a Ucrânia tem ainda mais necessidade de apoio dos parceiros. Pedimos uma reação eficaz contra a Federação Russa e as sanções devem ser reforçadas”, afirmou o mandatário.

Em nota, o Ministério da Defesa de Kiev informou que as forças de Moscou “já perderam cerca de 800 homens”, além de “sete aviões, seis helicópteros, 130 veículos de combate e outros 30 tanques”.

Já a Romênia e a Polônia informaram que abriram suas fronteiras para receber “mulheres, crianças e idosos” ucranianos que estão fugindo da guerra.

Após meses de tensão diplomática, a Rússia iniciou um ataque contra a Ucrânia para além das áreas separatistas do Donbass nesta quinta-feira (24), no maior conflito bélico visto na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Já na manhã desta sexta-feira, Mario Draghi, primeiro-ministro da Itália, afirmou ao Parlamento do país que tinha uma conversa marcada com o presidente ucraniano, mas que ele não apareceu.

“Ontem, o presidente Zelensky participou do Conselho europeu. É um momento realmente dramático, ele está escondido em algum lugar de Kiev, e diz que o tempo está acabando para ele e para a Ucrânia. Hoje ele me procurou, marcamos uma conversa telefônica às 9h30 (horário local), mas não foi possível realizar o telefonema porque ele não estava mais disponível”.

Draghi afirmou que a guerra na Ucrânia está levando a Europa a seus “dias mais escuros”.

(com Ansa Brasil)

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