Twitter “segue” Facebook e ações desabam 18% após registrar queda de usuários

Apesar de lucro em linha com o esperado, rede social desapontou em seu balanço e vê ações desabarem

Rodrigo Tolotti

Twitter

Publicidade

SÃO PAULO – Assim como o Facebook, o Twitter também desapontou o mercado com seu resultado divulgado nesta sexta-feira (27), com uma queda na taxa de usuários mensais. Logo após a divulgação dos números, as ações do microblog passaram a desabar 18% no pré-market da bolsa norte-americana.

A companhia reportou um lucro líquido de US$ 0,17, ficando em linha com o esperado pelos analistas, enquanto a receita fechou o segundo trimestre em US$ 711 milhões, acima da projeção de US$ 696,2 milhões do mercado. Porém, o que mais chamou atenção foi o número de usuários ativos mensais, que ficou em 335 milhões, contra expectativa de 338,5 milhões.

A plataforma culpou o fato de não mudar para um sistema de relacionamento pago com operadoras SMS, o que poderia melhorar a “saúde” da rede social, além do impacto do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, que entrou em vigor em maio. Os usuários ativos diários cresceram 11%, mas a empresa não divulgou o número exato.

Continua depois da publicidade

A receita do Twitter cresceu 24% ano a ano, com fortes ganhos de publicidade. A receita de publicidade foi de US$ 601 milhões, um aumento de 23% na comparação ano a ano. A empresa também aumentou seu licenciamento de dados e outros negócios de receita, que aumentaram 29%.

Assim como acontece com Facebook, o cenário é bastante temeroso com o microblog dada a interferência da Rússia durante as eleições de 2016. Desde então, a rede social aprovou padrões de anúncios políticos mais rigorosos e lançará um “centro de transparência” para mostrar todos os anúncios em exibição na plataforma.

A empresa também deletou contas falsas, mas essas mudanças ocorreram após o fechamento do segundo trimestre, então não deve ter tido um reflexo neste balanço.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.