Trump encerra entrevista de forma abrupta após pergunta polêmica sobre Barack Obama

A entrevista foi encerrada com um "já chega", após jornalista questionar sobre uma suposta escuta colocada pelo governo de Barack Obama na Trump Tower

Paula Barra

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SÃO PAULO – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerrou abruptamente uma entrevista à rede de televisão CBS após ser questionado sobre uma de suas declarações feitas via Twitter, em que alegava que o governo de Barack Obama havia colocado escuta na Trump Tower, em Nova York, durante sua campanha à Casa Branca. A conversa, que era conduzida na Salão Oval e foi transmitida nesta segunda-feira, terminou quando o jornalista abordou o assunto.  

Durante a entrevista para o programa “Face The Nation”, Trump foi questionado pelo jornalista John Dickerson sobre os “tweets” que fez em março que falavam que ele havia sido alvo de escutas pelo ex-presidente Barack Obama. 

“Não tem de me fazer essa pergunta”, disse o presidente dos EUA, interrompendo a questão do jornalista

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Ele então retrucou: “Por que não?” 

“Porque eu tenho as minhas opiniões. Você também as pode ter”, respondeu Trump, que, de seguida, deu a conversa por terminada dizendo “Já chega”.

Destaques da entrevista
Antes da questão polêmica que deu fim à entrevista, Trump comentou sobre o conflito os EUA e Coreia do Norte, referindo-se ao líder do país, Kim Jong-un como “um cara muito esperto”. Ele reforçou que “não ficaria contente” caso a Coreia do Norte realizasse um novo teste nuclear. Questionado se isso significava uma ação militar, ele respondeu: “não sei, veremos”. 

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Em relação aos testes de mísseis balísticos do regime da Coreia do Norte, Trump ressaltou que está trabalhando com o presidente chinês, Xi Jiping, um dos poucos interlocutores que Pyongyang escuta, para diminuir as tensões. 

Segundo ele, o chefe de Estado chinês “certamente pressiona a Coreia do Norte”. “E posso dizer isso: acredito que o presidente da China, que é um homem muito respeitado, também não estará feliz”, acrescentou. 

O regime norte-coreano fez no sábado (29) novo tiro de míssil, que fracassou, mas foi simbólico. A ação tem despertado o temor dos Estados Unidos de que o regime de Kim Jong-Un possa desenvolver um míssil balístico intercontinental capaz de alcançar o território americano com uma ogiva nuclear.

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Trump se negou a comentar se os EUA têm algo a ver com o teste que não deu certo. “Isso é um jogo de xadrez. Não quero que saibam o que eu penso. Assim, eventualmente ele terá um sistema de lançamento melhor e, se isso acontecer… nós não podemos permitir que isso aconteça”, disse.