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A empresa de tecnologia TOTVS (TOTS3) contratou um banco de investimento para vender sua participação de 62,5% na Dimensa, joint venture formada com a B3, segundo reportagem do jornal Valor Econômico. Às 11h07, a ação da companhia recuava 1,56%, a R$ 41,58.
De acordo com a publicação, players estratégicos como Matera e Topaz e fundos de private equity como Advent e Vinci analisaram o negócio, mas ainda não há negociações em andamento. A ideia da TOTVS seria vender ou reduzir sua participação na empresa para não consolidá-la mais em seu balanço.
O Bradesco BBI avaliou que, caso a transação seja concretizada, a venda da Dimensa tende a melhorar o perfil de crescimento e a margem da TOTVS. Em 2024, a Dimensa registrou receita de R$ 224 milhões — o equivalente a apenas 4% da receita total da TOTVS — e uma queda de 5,6% em relação ao ano anterior.
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Segundo o banco, desconsiderando a Dimensa, o crescimento da receita da TOTVS teria sido de 18,8% no ano, ante os 17,6% reportados. A margem EBITDA da Dimensa em 2023 foi de 19,8%, abaixo da margem consolidada da TOTVS, de cerca de 26%.
Para o BBI, a operação pode ser positiva, dependendo da avaliação final do ativo. A Dimensa reportou lucro líquido de R$ 47,8 milhões em 2024, queda de 39,5% sobre o ano anterior. Com base no múltiplo Preço/Lucro de 27 vezes da TOTVS projetado para 2025, a Dimensa poderia ser avaliada em cerca de R$ 1,3 bilhão, sendo a participação da TOTVS equivalente a 62,5% desse valor. Ainda assim, o banco acredita que o ativo deve ser negociado com desconto em relação à TOTVS, em razão de seu crescimento mais lento.

